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15 Abril 2024

"O esgoto a céu aberto já não representa nenhuma novidade na maior parte de Manaus. Reclamações de falta ou má qualidade de água ecoam em todas as zonas, inclusive em regiões bem consolidadas da cidade", escreve Sandoval Alves Rocha.

Sandoval Alves Rocha é doutor em Ciências Sociais pela PUC-Rio, mestre em Ciências Sociais pela Unisinos, bacharel em Teologia e bacharel em Filosofia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE). Membro da Companhia de Jesus (jesuíta), ele trabalha no Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares), em Manaus.

Eis o artigo.

Manaus nasceu de costas para o rio e avessa à maioria da população. Nos seus momentos mais gloriosos, somente um círculo restrito dos cidadãos usufruía dos benefícios urbanos. O povo foi expulso dos centros da cidade e excluído dos serviços disponíveis. Desde o seu inicio, indígenas, caboclos e imigrantes eram considerados raças inferiores e desprezados publicamente. Naqueles tempos, também a natureza já não era bem tratada. Há 500 anos, o território amazônico sofre intervenções devastadoras, que dizimaram povos, culturas, espécies animais e vegetais.

Hoje, a vida em Manaus continua difícil para a maioria das famílias que se estabelece na cidade. Esta conclusão não é resultado somente de pesquisas recentes, mas baseia-se principalmente na observação da vida cotidiana das ruas, praças e periferias. Não é difícil encontrarmos pessoas vagando pelas ruas sem destino, apresentando sinais de pobreza e vulnerabilidade. Infelizmente já é comum percebermos pessoas catando lixo, tentando encontrar comida ou algo aproveitável para satisfazer uma necessidade básica.

É fácil encontrarmos pessoas, inclusive crianças, pedindo um trocado nos semáforos das principais avenidas. A visita de pedintes nas casas ocorre com cada vez mais constância. Pessoas dormindo nas calçadas enroladas com mantas sujas e lençóis surrados é uma cena cada vez mais frequente. Residências instaladas em áreas de risco, colocando famílias inteiras em situação de grande vulnerabilidade são vistas em muitas partes da cidade.

Pesquisas recentes confirmam este diagnóstico, mostrando o baixo desempenho dos serviços públicos. Segundo a organização Agenda Pública, a cidade de Manaus aparece na 22ª posição entre as 26 capitais do Brasil no tocante a qualidade dos serviços públicos. Alcançando a nota 3,67 a capital amazonense ficou a frente somente de Maceió (AL), Salvador (BA), Macapá (AP) e Belém (PA). Com este desempenho, Manaus perde para a maioria das capitais do Brasil e da região norte: Palmas (TO), Boa Vista (RR), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO).

Esta gestão sinistra da cidade é evidenciada também pela expansão das áreas irregulares onde, por falta de opções, as populações mais pobres são obrigadas a construir as suas moradias. Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que 53,3% das residências manauenses estão situadas em aglomerados subnormais, ou seja, palafitas, ocupações e loteamentos, locais com difícil acesso a saneamento básico e serviços essenciais (IBGE 2020). De acordo com a plataforma MapBiomas (2022), nos últimos 36 anos a área ocupada por favelas aumentou em 95 km².

O esgoto a céu aberto já não representa nenhuma novidade na maior parte de Manaus. Reclamações de falta ou má qualidade de água ecoam em todas as zonas, inclusive em regiões bem consolidadas da cidade. A precariedade dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário é vivida há décadas, desencadeando denúncias, processos judiciais e inquéritos na câmara dos vereadores do município e em outros órgãos de fiscalização. Tarifas elevadas excluem grandes segmentos da população destes serviços essenciais. A empresa de saneamento expande seus rendimentos a cada ano à custa do sofrimento da população.

Isso explica porque a capital amazonense é a terceira pior metrópole do Brasil na incidência de doenças causadas por saneamento básico inadequado com 7,1 pacientes por 100 mil habitantes. Pior do que Manaus somente está Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR). Dessa forma, Manaus apresenta as maiores taxas de internação hospitalar por 100 mil habitantes por doenças ligadas às más condições sanitárias.

O Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) também confirma a lastimável trajetória de Manaus. O Mapa da Desigualdade, que é produzido por esta organização, mostra que Manaus é a segunda pior capital do país em desigualdade social, ficando na 23ª posição no ranking nacional. Ainda segundo o ICS, a cidade também teve a terceira pior taxa de desocupação entre as capitais. Manaus também é a terceira pior do país em taxa de homicídios, por 100 mil habitantes. Para finalizar, em Manaus, a idade média ao morrer é de 59 anos, a mesma de Palmas (TO). A melhor taxa é em Belo Horizonte e Porto Alegre: 72 anos.

Todas estas informações demonstram que a capital amazonense possui um problema crônico de gestão. A governança não visa elevar a qualidade de vida do conjunto da população, mas trabalha para o bem privado de pequenos grupos, que dominam a cidade. A política tem sido sequestrada para beneficiar os poderosos e humilhar cada vem mais o povo. Hoje, assim como nos tempos de suas origens coloniais, Manaus ainda não encontrou o caminho certo. Manaus ainda continua em um caminho errante!

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  • Conflitos hídricos na Amazônia. Artigo de Sandoval Alves Rocha
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