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A água e o alto preço de uma má economia

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20 Dezembro 2023

“Os vínculos entre as crises climática, da biodiversidade e hídrica apontam para uma questão fundamental: as nossas economias baseiam-se numa economia defeituosa. Estamos sempre reagindo às imperfeições do mercado e lutando para preencher as lacunas financeiras, quando deveríamos buscar estratégias proativas para moldar a economia para o bem comum”. E reflexão é de Mariana Mazzucato, Partha Dasgupta, Johan Rockström e Nicholas Stern, em artigo publicado por El Economista/Project Syndicate, 18-12-2023. A tradução é do Cepat.

Mariana Mazzucato, diretora fundadora do UCL Institute for Innovation and Public Purpose, é presidente do Conselho de Economia da Saúde para Todos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nicholas Stern, presidente do Instituto Grantham de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas e Meio Ambiente da Escola de Economia e Ciência Política de Londres, é ex-presidente do Relatório Stern sobre a economia das mudanças climáticas.

Partha Dasgupta, professor emérito de Economia na Universidade de Cambridge, é presidente da Revista Dasgupta sobre a economia da biodiversidade.

Johan Rockström, copresidente da Comissão Global sobre a Economia da Água, também contribuiu para este artigo.

Eis o artigo.

Quase 30 anos após o início das negociações globais para abordar as mudanças climáticas, os esforços para controlar o problema estão atrasados, o que reflete uma estagnação no progresso da criação de uma trajetória sustentável mais ampla. Cada ano de atraso aumenta a urgência do problema e a necessidade de manter a resiliência da Terra contra os efeitos mais graves do aquecimento global.

Já se passaram 17 anos desde que o Relatório Stern alertou o mundo para os custos da falta de ação em relação às mudanças climáticas, e dois anos desde que o Relatório Dasgupta fez o mesmo em relação à biodiversidade e aos fundamentos ecológicos das nossas economias. Agora emerge um consenso semelhante entre especialistas em torno da segurança hídrica. Mas a maioria dos países ainda não parece compreender que negligenciar a questão da água poderá anular os progressos alcançados em outras frentes. Enfrentamos uma crise hídrica global que merece o mesmo nível de atenção, ambição e ação que as crises climática e da biodiversidade.

Os vínculos entre as crises climática, da biodiversidade e hídrica apontam para uma questão fundamental: as nossas economias baseiam-se numa economia defeituosa. O pensamento econômico atual leva-nos a considerar apenas os benefícios da pilhagem do planeta e ignora externalidades como os danos ambientais. Esta má contabilidade faz-nos parecer mais ricos quando, na realidade, estamos ficando mais pobres, esgotando as fontes do nosso bem-estar à custa das gerações futuras.

Pior ainda, o mesmo pensamento desemboca em políticas inadequadas. Estamos sempre reagindo às imperfeições do mercado e lutando para preencher as lacunas financeiras, quando deveríamos buscar estratégias proativas para moldar a economia para o bem comum.

A visão míope do mundo refletida no pensamento econômico atual – e na nossa superexploração dos recursos naturais na escala global – corre agora o risco de desestabilizar todo o planeta. Já interferimos seriamente em seis dos “nove processos que são críticos para manter a estabilidade e a resiliência do sistema Terra como um todo”. Os limites que estamos prestes a ultrapassar – incluindo as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade e a mudança da água doce – definem um espaço operacional seguro para a humanidade. Ao ignorá-los, aumentamos o risco de mudanças ambientais abruptas ou irreversíveis em grande escala que ameaçariam seriamente a civilização humana.

O Relatório Dasgupta apelou a uma mudança fundamental no pensamento econômico com base em princípios sólidos de sustentabilidade, imaginando uma economia que funcione – em todas as escalas – dentro de limites cientificamente definidos. Temos um orçamento finito quando se trata de sistemas ambientais como a água, a biodiversidade, o carbono, o nitrogênio, o fósforo, os poluentes e os solos. Precisamos de uma economia que funcione dentro destes orçamentos de uma forma eficiente e socialmente responsável.

Sem uma atenção urgente, sistêmica e coletiva aos vínculos inextricáveis entre as mudanças climáticas, as crises hídricas e a perda de biodiversidade, não poderá haver um futuro sustentável, porque a inação em uma área invariavelmente afeta outras. As zonas úmidas e as florestas são as maiores reservas de carbono do mundo e dependem de um ciclo hídrico estável e de uma biodiversidade próspera. Os sumidouros de carbono terrestres absorvem cerca de 25% das nossas emissões de dióxido de carbono. Sem eles, o CO2 atmosférico seria de 500 partes por milhão, em vez dos atuais 420 ppm.

A eliminação gradual e urgente dos combustíveis fósseis é necessária, mas não suficiente. Mesmo que pudéssemos descarbonizar a economia amanhã, ainda não teríamos um futuro sustentável até tomarmos medidas para manter os sistemas hídricos e os habitats naturais. A ciência mostra agora que a perda da natureza, por si só, pode levar-nos ao fracasso do objetivo do acordo climático de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, inaugurando um mundo em que milhões de pessoas em ambientes vulneráveis já não conseguiriam se adaptar.

A proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade deve ser uma prioridade juntamente com a descarbonização à medida que fazemos a transição para uma economia que opere dentro de limites planetários seguros. Seguindo os passos do Relatório Stern sobre a economia das mudanças climáticas e do Relatório Dasgupta sobre a economia da biodiversidade, a Comissão Mundial sobre a Economia da Água apela a uma mudança semelhante na questão da água.

Este novo pensamento baseia-se em três pilares. Em primeiro lugar, devemos tratar o ciclo global da água como um bem comum que é administrado coletivamente e no interesse de todos. A água não está somente cada vez mais interligada com as mudanças climáticas e o esgotamento do capital natural do planeta; é também uma fonte importante, embora subestimada, de interdependência entre países.

Em segundo lugar, devemos ir além de uma abordagem reativa de definição de mercado e rumo a uma abordagem proativa de configuração do mercado que catalise os investimentos na água e fixe adequadamente os preços das externalidades negativas. Somente com uma nova mentalidade econômica é que os governos serão capazes de valorizar, governar e financiar a água de uma forma que impulsione a transformação de que necessitamos.

Em terceiro lugar, enfrentar os nossos desafios inter-relacionados requer “combinações de políticas” holísticas, intersetoriais e orientadas para os resultados, em vez das intervenções isoladas que têm caracterizado a elaboração das políticas econômicas até agora. As estratégias econômicas orientadas para missões podem mobilizar todos os ministérios, setores e partes interessadas relevantes em torno de objetivos específicos relacionados com a água, e instrumentos e instituições orientados para resultados podem ajudar-nos a alcançá-los.

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28) de Dubai oferece uma oportunidade para alcançar progressos significativos. A crescente evidência científica de que desestabilizamos o ciclo global da água, do qual todos dependemos, é uma indicação clara de que os nossos esforços coletivos têm sido insuficientes, mesmo depois de três décadas de negociações climáticas da ONU e uma década após a fundação da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. As questões hídricas não podem mais ser ignoradas. Se não as abordarmos urgentemente, juntamente com os nossos outros desafios inter-relacionados, os progressos que fizermos em outras áreas serão em vão.

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