07 Março 2024
"Hoje a primeira página do Avvenire trata sobre isto: 240 bilhões de dólares foram gastos em 2023 para comprar novas armas. Estamos falando de 2,2% do PIB mundial. Um escândalo, uma verdadeira derrota para as políticas dos governos que recai sobre os mais pobres", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 19-02-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
Lendo atentamente o relatório Finanças de paz. Finanças de guerra, encomendado pelo Fundação Finanza Etica (Grupo Banco Etica) e pela Aliança Global de Bancos por Valores (GABV) e apresentado na 16ª reunião anual de 71 bancos, realizada pela primeira vez na Itália, ficamos desconcertados e amargurados, quase derrotados pela imagem de um mundo inteiro que investe (e, portanto, acredita) muito mais na guerra do que na paz. Hoje a primeira página do Avvenire trata sobre isto: 240 bilhões de dólares foram gastos em 2023 para comprar novas armas. Estamos falando de 2,2% do PIB mundial.
Um escândalo, uma verdadeira derrota para as políticas dos governos que recai - como sempre - sobre os mais pobres. Fazendo uma comparação, um F35 custa como 3.244 leitos de UTI e um submarino equivale a 9.180 ambulâncias. E o que é pior é que não há governo no mundo que possa investir em ambas as despesas e, portanto, é uma questão de escolher entre armas ou saúde, armas ou social, morte ou vida.
"Há pressões vindas de todos os lados para aumentar os gastos militares", afirma Anna Fasano, presidenta do Banco Etica, "enquanto consultores financeiros em todo o mundo exultam com os aumentos nos lucros e nos rendimentos registados nos últimos meses pelo setor bélico". Como costuma acontecer: mors tua, vita mea. Mas temos certeza de que não se trata de uma morte para todos?
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Mors tua vita mea. Artigo de Tonio Dell’Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU