É preciso coragem para escolher o caminho da paz, diz líder ecumênico

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17 Setembro 2023

“No mundo complexo de hoje, alcançar e manter a paz é talvez um dos atos mais audaciosos que se possa imaginar”, disse o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Jerry Pillay, no evento Audácia da Paz, reunido em Berlim dias 10 a 12 de setembro.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

Este foi o 37º encontro no “espírito de Assis”, depois da primeira oração das religiões mundiais convocadas pelo Papa João Paulo II, organizado pela Comunidade de SantEgídio, em colaboração com as Igreja Católica e Evangélica de Berlim.

Na verdade, disse o líder ecumênico, “é preciso coragem para escolher a paz, pois ela muitas vezes implica correr riscos, ultrapassar limites e ousar ser diferentes, ser odiado, ser criticado e até condenado”.

Mas, acrescentou, “essa é a nossa vocação e a nossa missão como líderes religiosos. Estamos no meio de desafios globais – alterações climáticas, desigualdades sociais, crises sanitárias, divisões ideológicas, guerras, conflitos, ocupação e destruição. Essas questões não podem ser resolvidas isoladamente e, com certeza, não podem ser superadas se escolhermos o confronto em vez da colaboração”.

No seu discurso, Pillay pediu que ouvintes imaginassem um mundo onde as nações priorizem o diálogo em vez da discórdia, onde as comunidades abracem a diversidade em vez de sublinhar as divisões, e onde os indivíduos pratiquem a compaixão e a solidariedade em vez do julgamento e da ganância.

“A maioria dos ensinamentos religiosos promove esses valores em sua essência. A paz audaciosa é inspirara na nossa fé e tem dois elementos-chave: a reconciliação baseada na justiça e a unidade que engloba nossas diferenças”, lembrou Pillay.

Três ações são importantes, arrolou: educação, diálogo e construção da paz. A alfabetização inter-religiosa é uma competência fundamental para os líderes religiosos. “Ao procurar estabelecer, de modo ativo, espaços seguros para encontros e diálogo, incluindo aqueles de quem discordamos, acreditamos que escolhemos o caminho certo para uma paz audaciosa”, frisou. “Acreditamos em conversas corajosas que desafiam nossas perspectivas e expandem nossos horizontes”, agregou.

Pillay lembrou, ainda, que a audácia da paz não é uma busca passiva, pois ela exige coragem, resiliência e, acima de tudo, esperança. Num contexto de violência racial, étnica, de gênero, religiosa e sociopolítica, “ousamos proclamar e demonstrar audácia pela paz. Expressamos tanta audácia por causa da nossa fé, esperança e confiança num Deus que luta pela paz, justiça, reconciliação e unidade no mundo”, enfatizou Pillay.

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