O diário do jesuíta espanhol Pedrajas, em que relatava as agressões sexuais contra 85 meninos antes de morrer, estava nos arquivos do Vaticano. Uma cópia foi enviada à justiça boliviana

Alfonso Pedrajas, quando jovem. (Foto: Reprodução)

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22 Junho 2023

Há alguns dias, a Companhia de Jesus da Bolívia revelou que, como "gesto de transparência e clara vontade de cooperar com a justiça", havia entregado ao Ministério Público de Cochabamba o diário notório de jesuíta Alfonso Pedrajas (10-06-1943, Valência, Espanha - 5-09-2009, Cochabamba, Bolívia), onde relata o relacionamento ou abuso sexual de 85 menores durante os anos em que trabalhou em vários colégios jesuítas bolivianos.

A informação é publicada por Il Sismógrafo, 22-06-2023. 

O caminho percorrido pelo livro antes de buscar a justiça na Bolívia é bastante indicativo: o livro, não está claro se é o original ou um fac-símile autenticado, está no Vaticano e de lá, como lembrete, o Dicastério para a Doutrina da Fé enviou à cúria geral da Companhia de Jesus, na Bolívia, nas últimas semanas. O pacote foi recebido pelo destinatário, o padre provincial León Mercado Vargas, com instruções para entrega ao Ministério Público.

O Pe. Mercado Vargas entregou o documento à justiça de Cochabamba na tarde da última terça-feira, 20 de junho. Era um envelope grosso estragado e arranhado.

Os jesuítas bolivianos disseram que enviarão uma cópia do documento ao Ministério Público.

O jornal espanhol El País, que desencadeou um dos escândalos mais horríveis da história da pedofilia clerical, publicou alguns trechos do diário de Pedrajas.

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