Bolívia. Companhia de Jesus diz que não serão mais feitas investigações internas, tudo irá para a justiça

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17 Mai 2023

O provincial Bernardo Mercado reafirmou que espera que a justiça esclareça as denúncias de pedofilia.

A informação é publicada pela Agência Fides - ANF, 15-05-2023.

O Superior Provincial da Companhia de Jesus, Bernardo Mercado, informou que, após revelar casos de pedofilia, a ordem religiosa decidiu que as investigações internas não serão mais realizadas e todas as denúncias irão para a justiça comum.

O padre informou que a Companhia de Jesus, por meio da Delegação para Ambientes Saudáveis ​​e Seguros, realizou investigações internas para apurar os fatos denunciados; foi o que aconteceu, por exemplo, com o caso de Luis María Roma, porém, reconheceu que nem todos os sistemas projetados são adequados.

Por isso, “é preciso seguir outro caminho. A Companhia de Jesus adotou uma nova orientação, de que não há mais investigações internas, a partir de agora, e tudo vai para os tribunais comuns”, disse Mercado em entrevista à rádio Erbol.

Ele enfatizou que todos os casos serão encaminhados ao Ministério Público e esta é a instância de investigação no âmbito das leis bolivianas para que as denúncias sejam esclarecidas.

No entanto, sustentou que não podem ignorar o envio das denúncias para a esfera jurisdicional, mas que a Companhia decidiu reformular o espaço de acolhimento a cargo de um especialista para acolher as vítimas com “empatia, delicadeza e humanidade”.

As vítimas decidirão o tipo de apoio que desejam receber, por um lado, apoio psicológico, ou se desejam orientação jurídica. Elas também decidirão se querem ou não ter contato com a imprensa, uma decisão privada e não da Companhia de Jesus.

Mercado observou que tenta “entender de ambas as partes a dimensão deste crime, na vida das vítimas e aí me supera humanamente, me supera cristãmente e nem digo como provincial. (…) Reafirmo-me na justiça para esclarecer essas questões”, comentou.

A máxima autoridade da Província da Bolívia sustentou que, com tudo o que estão vivendo na Companhia de Jesus, “temos que nos repensar em nossa presença. Estamos a falar de padres já falecidos e temos de pensar no presente e no futuro para que estes crimes não se repitam, para isso temos de nos repensar e dar garantias às pessoas que continuam a confiar em nós”.

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