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Argentina. Padre Carlos Mugica, mártir da ditadura

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12 Mai 2023

Na Argentina, estão em andamento os preparativos para lembrar a nobre e corajosa figura de Padre Carlos Mugica, nascido em 7 de outubro de 1930 e morto pela ditadura em 11 de maio de 1974.

A reportagem é de Francesco Strazzari, publicada por Settimana News, 11-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Dezesseis padres católicos foram assassinados ou desapareceram. Talvez dezessete, segundo outra fonte confiável, entre 1974 e 1983. A eles devem ser somados os bispos Enrique Ángel Angelelli, bispo de La Rioja, e Carlos Ponce de León, bispo de San Nicolas de los Arroyos, vítimas de acidentes planejados pelas forças armadas, respectivamente em 4 de agosto de 1976 e 11 de julho de 1977.

Os "Montoneros"

Em 1º de maio de 1974, o general Perón rompeu com os Montoneros, os expulsou da Plaza de Mayo. Depois da morte de Perón, os Montoneros passaram à clandestinidade em contraste com um governo peronista, que apontava para a direita com Isabelita, esposa de Perón, e seu secretário e ministro, José López Rega. Este armou as milícias para combater os Montoneros: a triple A: AAA (Aliança Argentina Anticomunista).

Foram eles que também mataram o padre Carlos Mugica do Movimento dos sacerdotes para o terceiro mundo, falsamente acusado de ser montonero e guerrilheiro.

Carlos Mugica foi assassinado por Rodolfo Eduardo Almirón Sena, chefe de operações da triple A. Começou uma época de terror, tanto por parte dos Montoneros como dos militares.

Os Montoneros eram a principal agregação guerrilheira, que surgiu nos anos 1960, como integrantes da juventude peronista, dizia-se, jovens católicos pós-conciliares.

O nome vem das “Montoneras” (grupos militares irregulares) dos caudilhos do século XIX, que combatiam por um governo nacionalista, anti-imperialista e federal. Seu líder, Mario Firmenich, vinha de setores da juventude católica de esquerda que havia aderido ao peronismo revolucionário. Durante a ditadura do general Juan Carlos Onganía, influenciados pela revolução cubana e pela experiência do padre Camilo Torres, esses grupos peronistas de esquerda iniciaram a estratégia de guerrilha.

Uma das primeiras ações dos Montoneros foi o sequestro, condenação e execução em 1970 do general Pedro Eugenio Aramburu, ex-presidente do país e um dos que derrubaram Perón em 1955.

Em 1973, assassinaram José Rucci, secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e amigo de Perón. A partir de então começou o distanciamento de Perón que, a princípio, os havia apoiado.

Os Montoneros haviam lutado pelo retorno de Perón. Eram nacionalistas, não marxistas, lutavam por um socialismo autóctone com alguns elementos do marxismo latino-americano de Fidel Castro e Che Guevara.

A ditadura

Após a morte de Perón (12 de junho de 1974), eles passaram à clandestinidade. Com a chegada dos militares ao governo (24 de março de 1976), os Montoneros, sem expressão política, com as forças reduzidas à metade por uma repressão feroz, encerraram sua experiência no início dos anos 1980.

O Exército do Povo (ERP) foi o outro grupo guerrilheiro mais relevante, que surgiu na década de 1970. Em 1973, assassinou Oberdan Sallustro, um empresário italiano, que havia sequestrado. Ele se inspirava no trotskismo, não tinha nenhuma ligação com o peronismo, que desprezava por suas ideias burguesas.

Em 24 de março de 1976, os três comandantes das forças armadas argentinas decidiram destituir Maria Estela Martínez de Perón, chamada de Isabelita, de cujo governo repressor e corrupto haviam participado. Os partidos políticos foram banidos, muitos sindicatos foram suprimidos e desapareceram todas as liberdades democráticas. 30 mil (segundo algumas fontes, 50 mil) os desaparecidos, presos, mortos por um regime que "lutava para além do bem e do mal", segundo o Cardeal Paulo Evaristo Arns, então Arcebispo de São Paulo, Brasil.

A eliminação tenaz e diabólica dos líderes da oposição deu início a uma ditadura militar, que encarnava os piores defeitos. Alguns números impressionantes. Desde o golpe de março de 1976 até dezembro, os militares mataram 31 detentos na prisão de Córdoba. 5 mil mortos só em 1976, talvez até mais. A tortura era praticada em todos os lugares de forma sistemática.

O fenômeno dos desaparecidos, denunciado insistentemente pelas Mães da Plaza de Mayo, foi um crime contra a humanidade, segundo alegou a Comissão Internacional dos Juristas, por atentar contra múltiplos direitos: o direito à vida, a ser protegido contra as torturas e a detenção arbitrária.

Apesar disso, houve bispos que acreditaram na honestidade da hierarquia militar e, de alguma forma, apoiaram a ditadura.

Vamos citar apenas alguns: Mons. Adolfo Tortolo, à época do gen. Videla arcebispo de Paraná, vigário das Forças Armadas e presidente da Conferência Episcopal Argentina. Ele tinha conhecimento, apesar de suas desmentidas, do golpe de estado de 24 de março de 1976, antes de ser executado por Videla, um personagem que ele conhecia muito bem. Dizia desconhecer as violações dos direitos humanos e, nas assembleias da Conferência Episcopal, defendia a tortura com argumentos tirados de teólogos e pontífices medievais. Ele morreu em 1º de abril de 1986.

O vigário militar, D. Victorio Bonamin, continuamente louvava as forças armadas colocadas em defesa da civilização ocidental e cristã e considerava legítimo qualquer recurso a meios que pudessem combater o inimigo.

O bispo José Miguel Medina, também vigário militar, era obcecado pelo marxismo. Ele defendia a legitimidade da tortura. Em abril de 1982, ele disse: "Às vezes a repressão física é necessária, é obrigatória e, como tal, lícita".

Outros membros do episcopado argentino devem ser lembrados, como D. Antonio José Plaza, arcebispo de La Plata até 1986; D. Ildefonso Maria Sansierra, arcebispo de San Juan, o bispo mais reacionário de todo o episcopado argentino. Ele afirmava que "os direitos humanos são respeitados na Argentina" e que, em caso de guerra, "é legítimo torturar, assassinar prisioneiros, roubar, estuprar mulheres".

Vozes contra que não foram ouvidas

Outros bispos levantaram suas vozes contra a ditadura militar. Alguns deles encontraram a morte em acidentes planejados pelas forças armadas.

Em 9 de agosto de 1976, Pe. Leonardo Cappelluti, dehoniano, presidente da Conferência dos Religiosos, e o secretário pe. Victor Rubio, jesuíta, enviaram ao card. Primatesta, presidente da Conferência Episcopal Argentina, uma carta bem documentada e dramática. “Constatamos – escreveram – que torturas, desaparecimentos e mortes respondem a uma filosofia que nada tem a ver com a visão cristã da vida e do mundo”. O Card. Primatesta respondeu: “Há um tempus loquendi e um tempus tacendi”. Um tempo para falar e um tempo para calar.

O núncio Pio Laghi orgulhava-se de ter como amigo o almirante Massera, comandante da marinha militar e um dos generais da junta. Frequentava a família, jogava tênis com o almirante. "Sempre tive o hábito de jogar tênis. Também o fazia na Argentina, em uma quadra não muito longe da nunciatura, duas vezes por semana. Às vezes também jogava aos Padreingos em um centro esportivo frequentado também por outros diplomatas. Aqui joguei também com o almirante Massera. Mas não mais do que três ou quatro vezes em quatro anos”.

A sua admissão foi tardia e, por isso, ainda mais inquietante: “Teria sido possível fazer mais? Eu poderia ter feito mais? Eu me perguntei isso milhares de vezes, mesmo depois de minha saída da Argentina”.

Leia mais

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