11 Março 2023
No Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas (16-03), Instituto Akatu convida a todos para serem protagonistas em defesa do clima e da humanidade.
A informação é de Assessoria de Comunicação do Instituto Akatu.
O planeta está esquentando e não existe plano B. Todos podem e precisam contribuir no combate à crise climática. Esse é o apelo do Instituto Akatu, ONG pioneira na sensibilização e mobilização de todo o país para o consumo consciente, no Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas (16 de março), data criada em 2011 para chamar a atenção da sociedade brasileira sobre esse desafio cada vez mais urgente.
As temperaturas da Terra estão aumentando a cada ano que passa, como consequência do aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Segundo o Instituto Akatu, precisamos de esforços conjuntos —governos, empresas e sociedade — para cumprirmos o compromisso do Acordo de Paris e limitarmos o aquecimento global a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais. “Se nada ou muito pouco for feito, veremos o aumento ainda mais acelerado dos impactos negativos para o meio ambiente e para as pessoas”, destaca Beatriz Pacheco, diretora-geral do Instituto Akatu.
Temos observado eventos climáticos extremos, como: altas temperaturas, derretimento de geleiras e aumento do nível dos oceanos, tempestades severas que vêm causando enchentes e deslizamentos de terras, aumento da seca e dos períodos de estiagem, além do aumento do volume e frequência de chuvas.
Como consequência adversa desses eventos climáticos, a humanidade está presenciando, cada vez mais, desequilíbrio de ecossistemas e perda da biodiversidade, aumento de pestes, doenças e pandemias, destruição e perdas de safras e lavouras, aumento da fome e das desigualdades sociais, alagamento de cidades e comunidades em ilhas e à beira-mar e o aumento dos custos de energia e acesso à água potável.
No relatório de 2022, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afirmou que para termos uma chance maior do que 50% de manter o aquecimento da Terra no limite de 1,5ºC é preciso que as emissões globais não aumentem nos próximos três anos e caiam 43% até 2030. Além disso, a crise climática pode causar prejuízos de US$7,9 trilhões à economia global até 2030, de acordo com o WRI Brasil.
A boa notícia é que existem soluções para lidar com a questão climática e que todos nós podemos contribuir para isso.
“O Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas é uma data importante para refletirmos sobre a urgência desse desafio. Governos, empresas e nós, indivíduos, precisamos entender o nosso papel, mapear os caminhos possíveis e agir efetivamente para enfrentar essa crise”, afirma Beatriz.
O Brasil está de volta ao debate climático internacional, disposto a reassumir seu papel de protagonista ambiental. Depois de anos seguidos de negação do aquecimento global e de recordes ambientais negativos, de acordo com o cálculo do Observatório do Clima com dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que indicam um aumento de 59,5% na taxa de desmatamento na Amazônia em relação aos últimos quatro anos — , o atual governo assumiu o poder executivo tendo a questão climática como uma de suas prioridades.
O compromisso público da nova gestão é de desmatamento zero da Amazônia, proteção dos biomas e combate a atividades prejudiciais ao meio ambiente e ao clima, como garimpo, mineração, extração de madeira e ocupação agropecuária indevida.
“O Brasil é um país importantíssimo nessa luta e o novo governo precisará mostrar na prática que a questão climática é uma prioridade por meio de políticas públicas, ações concretas e fiscalização efetiva, além de um diálogo permanente que estimule a sociedade social nesse debate”, comenta Beatriz Pacheco.
Ainda que um único indivíduo tenha uma parcela menor de influência na questão climática em relação a um país ou a uma empresa, a soma das ações coletivas faz a diferença. Mudar padrões de consumo, particularmente entre os mais ricos, poderia reduzir as emissões de GEE de 40% a 70% até 2050 em comparação às políticas climáticas atuais, segundo o IPCC.
Conheça abaixo o passo a passo que especialistas do Instituto Akatu, prepararam para que consumidores e empresas possam contribuir em defesa às questões climáticas:
As empresas, por sua vez, possuem grande responsabilidade e um grande poder de impacto no desafio de reduzir as emissões. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), realizada com 104 conselheiros de empresas, aponta que há muito a ser feito, pois para 40,4% dos respondentes não há clareza sobre a responsabilidade do conselho e da equipe executiva pelas decisões de redução de emissões de GEE.
Para saber mais sobre consumo consciente e mudanças climáticas, acesse o guia Primeiros Passos, do Instituto Akatu.
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