Casamento homossexual divide a Igreja Protestante. O Arcebispo Welby pronto para lutar para conter a ruptura

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04 Fevereiro 2023

casamento é apenas entre um homem e uma mulher. Os protestantes não têm dúvidas a respeito: o arcebispo de Canterbury disse que preferiria "que a Igreja da Inglaterra perdesse seu status privilegiado de Igreja instituída do país, em vez de arriscar que a Igreja global se dividisse por divergências sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo".

A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada por Il Messaggero, 02-02-2023. A tradução de Luisa Rabolini.

O Guardian voltou ao assunto divulgando um comentário feito por Welby durante uma reunião privada com uma dúzia de parlamentares em Westminster, que manifestaram preocupação por uma possível abertura aos casais homossexuais por parte dos pastores protestantes. Pouco depois, o porta-voz do arcebispo declarou não reconhecer os comentários atribuídos a Welby, tentando minimizar o caso.

A questão que também está dividindo a Igreja Católica e o Vaticano será abordada pelos protestantes na próxima semana no Sínodo Geral, onde será discutida uma recomendação dos bispos para permitir que o clero conceda uma bênção às uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, embora os casamentos na igreja para casais do mesmo sexo continuarão a ser proibidos.

A dissolução da Igreja Anglicana seria uma ruptura radical em uma história que remonta ao século 16 e levaria a Igreja a perder seus assentos reservados na Câmara dos Lordes.

O tema da igualdade matrimonial e dos direitos das pessoas LGBTQ+ causou profundas divergências entre os protestantes desde que a lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi aprovada na Inglaterra e no País de Gales em 2013. A Igreja Protestante continuou a se recusar a permitir que casais do mesmo sexo se casassem na igreja.

Agora está sendo trabalhado um compromisso para evitar que progressistas e tradicionalistas se dividam ainda mais. Mas ambos os lados reagiram violentamente à proposta. Os progressistas afirmam que a manobra significaria que os cristãos homossexuais ainda são cidadãos de segunda classe na Igreja; os tradicionalistas defendem que que se trata de uma ruptura com o ensinamento bíblico segundo o qual o casamento é entre um homem e uma mulher.

No Vaticano, a família é apenas aquela tradicional, mas na Alemanha um bispo prega: "É aquela em que as pessoas vivem com os filhos".

Alguns parlamentares ameaçaram com intervenção parlamentar se a Igreja não se alinhar com a lei. Um grupo multipartidário de cerca de uma dúzia de parlamentares se reuniu em Westminster na quarta-feira para discutir os possíveis próximos passos.

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