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20 Janeiro 2023

"Armeni descobre um protagonismo feminino desconhecido, uma autonomia discreta, uma profundidade espiritual ora sofisticada ora ingênua, mas nunca superficial. Explora uma relação articulada e difícil com a renúncia à maternidade, com a fé de um lado e a hierarquia masculina da Igreja do outro. Conta a história de Roma em seu momento mais sombrio e, ao mesmo tempo, a história ignorada ou esquecida das mulheres de hábito do século XX", escreve Andrea Colombo, em artigo publicado por Il Manifesto, 19-01-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

“Il secondo piano” (O segundo andar, em tradução livre) de Ritanna Armeni para a Ponte alle Grazie. No centro do livro, um protagonismo feminino desconhecido, no clima ambíguo que viu também o silêncio de Pio XII.

Il secondo piano

Numa manhã particularmente inclemente do outubro em Roma, sete pessoas batem à porta de um pequeno convento de periferia. A noviça que as recebe hesita, pensa nas regras rígidas que regulam a vida das freiras, pede que aguardem à porta. São as freiras mais idosas que desafiam, deixando as pessoas entrarem sem nem mesmo consultar a madre superiora. É 17 de outubro de 1943. Mesmo que as freiras ainda não o saibam, um dia antes os nazistas fizeram uma incursão no gueto e deportarem cerca de mil pessoas, cujo destino ainda é incerto para todos.

Sobre os campos de concentração e de extermínio, ainda se sabia muito pouco em Roma, mas sentia-se na pele que o perigo era extremo. A perseguição acontecia à luz do sol. Assim começa Il secondo piano (Ponte alle Grazie, pp. 278, 16,90 euros), o novo livro de Ritanna Armeni, talvez o melhor da história secreta das mulheres do século XX que, título após título, sem seguir um percurso preciso mas guiada por uma estrela polar fixa, a escritora está compondo há cerca de dez anos.

A história é verdadeira, mas o livro merece a definição de romance: o enredo cativa e envolve como só os romances sabem fazer. Os judeus serão escondidos no segundo andar do convento e logo a patrulha dos perseguidos se tornará ainda mais numerosa. No andar térreo, porém, os alemães irão pedir para instalar uma enfermaria para seus soldados. As freiras se encontrarão assim em uma situação de alto risco e altíssima tensão: dentro dos muros de seu convento estão tanto os perseguidores quanto os perseguidos e se estes últimos fossem descobertos, a punição dos ocupantes recairia sobre elas. Nem mesmo o Vaticano seria capaz de protegê-las.

E o que dizer do faz-tudo fascista que espia as janelas trancadas do segundo andar e suspeita, ansioso para ajudar o aliado nazista? Ou das crianças judias que, por mais que as freiras tentem controlá-las, fogem do controle e correm o risco de provocar um desastre todos os dias?

Il secondo piano é um romance histórico que teria levado Alfred Hitchcock à loucura. Ao redor está Roma em sua estação mais trágica, os nove meses da ocupação nazista. Poucas obras, escritas ou filmadas, conseguiram transmitir com tamanha presença o terror e a ameaça pesadíssima que paira naqueles meses intermináveis, com os aliados às portas que nunca chegavam, a guerrilha da Resistência, o aperto nazista cada vez mais feroz, as execuções, as Fossas Ardeatinas.

A autora não precisa descrever em detalhes a tragédia de Roma, cidade aberta e esmagada. Ela apenas acrescenta, com parcimônia, breves notas históricas para ilustrar o que estava acontecendo mês a mês no contexto, no front e na cidade ocupada. De resto, observa os eventos com os olhos de freiras que vivem longe do centro, quase sem saber nada, mas não ingênuas.

As irmãs aguardam ansiosamente as notícias minguadas dos padres que ocasionalmente as visitam, mas em seu isolamento se encontram no centro da tempestade. São espectadoras atônitas e ao mesmo tempo protagonistas que convivem com o perigo a cada instante de seus dias. Talvez esse duplo registro permita à escritora restituir com tanta força toda a angústia daqueles meses terríveis.

No coração do convento estão as vítimas, os judeus que os alemães estão caçando. Muitas vezes esquecemos que os judeus italianos não sabiam realmente o que os esperava, mesmo após a blitz de 16 de outubro. Antes daquele dia, eles se iludiam de que os nazistas cumpririam sua promessa de não os perseguir em troca de um pagamento em ouro: "Os alemães respeitam a palavra dada". Encontram-se assim caçados de uma hora para a outra, ameaçados por um perigo extremo de que, no entanto, desconhecem as reais dimensões, escondidos numa cidade que se tornou cenário de um pesadelo.

Ritanna Armeni não expressa juízos sobre o silêncio do papa. Sinaliza-o, como sinaliza o obsceno artigo do Osservatore Romano que atribuía a responsabilidade das Fossas Ardeatinas à Resistência. Mas não se abandona a julgamentos fáceis, não esquece que cerca de quatro mil pessoas, quase metade da comunidade romana, se salvaram nos conventos da capital. Nem mesmo sobre a questão irresolvida do papel de Pio XII no abrigo oferecido aos judeus, a autora se expressa.

Foi uma ordem dada aos conventos ou um consenso tácito? Certamente o papa não poderia deixar de saber o que acontecia nos conventos. Mas as irmãs desse livro não aguardam por instruções, não seguem ordens. Aliás, são atormentadas pela dúvida de que estão pecando por quebrar as regras. Imaginam, pelo menos inicialmente, que incorrerão na desaprovação das hierarquias eclesiásticas. Respondem ao seu coração.

As protagonistas absolutas do livro são elas e é evidente o fascínio de uma autora leiga, de esquerda, feminista, por esse universo desconhecido que se revela muito mais complexo e rico do que se imagina de fora daqueles muros. Armeni descobre um protagonismo feminino desconhecido, uma autonomia discreta, uma profundidade espiritual ora sofisticada ora ingênua, mas nunca superficial. Explora uma relação articulada e difícil com a renúncia à maternidade, com a fé de um lado e a hierarquia masculina da Igreja do outro. Conta a história de Roma em seu momento mais sombrio e, ao mesmo tempo, a história ignorada ou esquecida das mulheres de hábito do século XX.

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