A hora é agora. Artigo de Luiz Werneck Vianna

Lula participa de caminhada no Complexo do Alemão. (Foto: Ricardo Stuckert | Fotos Públicas)

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

13 Outubro 2022

 

"Derrotar no segundo turno as hostes fascistas é a missão sagrada que recebemos do que há de melhor em nossa história, obstando a conquista do Poder Executivo por elas", escreve Luiz Werneck Vianna, sociólogo, PUC-Rio.

 

Eis o texto.

 

Estamos em situação de risco, tenta-se fechar o cerco contra a nossa democracia e suas instituições, seus inimigos já detém posições fortes no Legislativo com que pretendem alvejar no que sempre foi seu inimigo principal, a Constituição, ferindo de morte o Poder Judiciário que a garante. Derrotar no segundo turno as hostes fascistas é a missão sagrada que recebemos do que há de melhor em nossa história, obstando a conquista do Poder Executivo por elas. Contamos para esse combate com a liderança de Lula, que heroicamente, com sabedoria, coragem e prudência, nos conduz nessa luta contra o dragão da maldade que intenta desviar nossa sociedade dos ideais civilizatórios que a animam a fim de nos liberar das nefastas heranças que recebemos da escravidão e do latifúndio.

 

Sabemos pelas pesquisas dos centros especializados que do nosso lado marcham os humilhados e os ofendidos, os que sobrevivem na pobreza extrema, as mulheres, vítimas do nosso patriacarlismo secular, e a imensa legião de brasileiros mantidos à margem da nossa sociedade. Sabemos, ainda, que conosco estão nossos cientistas, nossos intelectuais e melhores artistas, nossos juristas de escol, e grandes personalidades da vida pública, como Fernando Henrique e tantas outras.

 

A vitória não nos pode escapar das mãos se mantivermos seguros o leme que nos trouxe até aqui, ampliando a cada dia nossas alianças, com atenção redobrada para que não nos falte nenhum voto no dia das eleições, a abstenção é o último recurso de que dispõe os inimigos da democracia. Não foram pequenas as vitórias que temos colhido ao longo da nossa resistência à escalada do fascismo, uma das principais foi o das eleições seguras e confiáveis pelo sistema das urnas eletrônicas, e será nelas que sepultaremos o fim dos nossos infortúnios. Tudo pela conquista do voto, vencer o desafio das ruas com manifestações massivas, pois falta pouco para libertar a sociedade dos seus algozes.

 

É preciso estar consciente de que o drama que aqui vivemos não diz respeito somente a nós, ele tem alcance mundial nessa hora de ameaças de uma guerra entre todos em que já se cogita de uma hecatombe pelo uso do arsenal nuclear. Derrotar o fascismo aqui importa a retomada das nossas tradições diplomáticas em defesa da paz, mais uma trincheira de defesa para os organismos mundiais que atuam em favor de um mundo governado por direitos.

 

Leia mais