Chile. Leigos enviam carta ao Papa devido à nomeação do novo bispo de San Felipe

Gonzalo Bravo, novo bispo de San Felipe. | Foto: Pontificia Universidad Católica de Valparaíso

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01 Julho 2020

Em uma carta dirigida ao padre Jordi Bertomeu, oficial da Congregação para a Doutrina da Fé, leigos e vítimas de abuso sexual de Valparaíso manifestaram preocupação e dor pela nomeação de Gonzalo Bravo como bispo de San Felipe.

A reportagem é de Manuel Stuardo e Nicole Martínez, publicada por Bío Bío, 30-06-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

“Viemos com toda sinceridade – porém não sem medo – a expressar nossa profunda preocupação e dor pela nomeação do presbítero da Igreja de Valparaíso, Gonzalo Bravo, como bispo para a Igreja de San Felipe”, disse na carta intitulada “Pelas feridas de nossa igreja de Valparaíso”, na qual enfatizaram as acusações de encobrimento de abusos sexuais.

Na carta, a qual Bío Bío teve acesso, expressam do “sofrimento e frustração” que gerou a atuação do ex-bispo Gonzalo Duarte, apontado de encobrir esses delitos e maltratar as vítimas.

“Porém, mais estupor sentimos ao saber, pelo testemunho de algumas vítimas, que o presbítero Gonzalo Bravo também participou – sob a autoridade do bispo Duarte – no impedimento de justiça para elas, e inclusive ofereceu dinheiro em troca de seu silenciamento enquanto ocupava o cargo de ecônomo da diocese. Esses fatos nos desconcertam e enfurecem. E nos perguntamos, como é possível que seu nome tenha chegado a Roma sem estes antecedentes?”, diz o texto, que também conta da existência de abuso de poder e consciência por parte de Bravo contra o laicato.

“Pensamos que o processo de avaliação para uma eventual ordenação episcopal do presbítero Gonzalo Bravo requer uma indagação e um discernimento mais profundo. Ao não fazer, os efeitos para a Igreja chilena poderiam significar perpetuar seu sofrimento, que são também o sofrimento do Corpo de Cristo”, finalizam na carta.

A porta-voz da Rede Laical de Valparaíso, Beatriz Mercado, disse que não sabem o que acontecerá, porém, que seria um “sinal de luz” para a Igreja que não se concretize a nomeação de Bravo.

“Obrigado pela vossa sinceridade. Desde minhas limitadas possibilidades, tramitarei o que foi enviado da forma como pode ser feito”, respondeu Bertomeu à carta, que foi enviada também à Nunciatura e à Conferência Episcopal.

 

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