Chegaram a Roma os 33 refugiados trazidos pelo corredor humanitário de Lesbos. O valor do acolhimento

Os 33 refugiados da ilha grega de Lesbos chegaram ao aeroporto de Fiumicino. | Foto: santegidio.org

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

05 Dezembro 2019

“Dirijo-me aos cardeais, aos bispos, aos presbíteros e aos religiosos: vamos abrir, começando por mim, as nossas canônicas, conventos, mosteiros para que cada um acomode pelo menos uma família dos campos de refugiados de Lesbos. Os recursos estão disponíveis." Esse é o apelo lançado na conferência de imprensa pelo esmoleiro pontifício, o cardeal Konrad Krajewski, que acompanhou os 33 refugiados que chegaram nesta quarta-feira a Fiumicino da ilha grega de Lesbos. A operação foi possível graças a um corredor humanitário organizado pela Comunidade de Santo Egídio, em acordo com os governos italiano e grego.

A informação é publicada por L'Osservatore Romano, 04 e 05-12-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

O Papa Francisco "é quem cria pontes e hoje lançamos essa ponte que se chama de corredor humanitário. Algo totalmente evangélico", disse o cardeal Krajewski. "Hoje - ele lembrou - em todo o mundo está sendo lida a passagem da multiplicação dos pães e peixes. Com as pessoas de boa vontade, podemos multiplicar os corredores. Esse é o milagre, porque Jesus tinha compaixão”. Em maio passado, havia 7.000 pessoas nos campos; hoje existem mais de 15.000, incluindo 800 crianças desacompanhadas. "A esperança deles estanca na Grécia", acrescentou o esmoleiro, apontando que "o advento é o tempo que diz: acordem! Este primeiro corredor na Europa significa para todos nós: acordem!”.

Os refugiados foram acolhidos pelo fundador da Comunidade de Santo Egídio, Andrea Riccardi, que os chamou de "hóspedes em família e em casa". Os refugiados que chegam a Fiumicino são de várias nacionalidades: jovens e famílias com menores e idosos no Afeganistão, mulheres de Camarões e Togo. Eles viveram muitos meses no campo de Moria em condições precárias. "Os corredores humanitários são o começo de um processo, que queremos seja compartilhado por todos os países europeus", afirmou ainda Riccardi.

Leia mais