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Na viagem do papa à Ásia, a tensão doutrinal é o “cão que não ladra”

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21 Novembro 2019

Como os fãs de Sherlock Holmes muito bem sabem, às vezes a chave para desvendar um mistério é o cão que não ladra. É uma metáfora para algo que se esperaria que acontecesse e que não acontece, e, portanto, requer explicação.

O comentário é de John L. Allen Jr., publicado em Crux, 20-11-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Enquanto o Papa Francisco inicia a sua terceira viagem à Ásia, visitando a Tailândia e o Japão, há um grande cão doutrinal que não deu um pio – os debates sobre a teologia do pluralismo religioso, que há pouco tempo parecia ser a questão definidora no catolicismo asiático, marcando uma profunda brecha cultural e intelectual entre o Oriente e o Ocidente.

Aqui estão duas palavras que, em outras circunstâncias, teriam sido bastante ouvidas ao longo da viagem do papa entre os dias 19 e 26 de novembro, mas que agora parecem mais evidentes pela sua ausência: Dominus Iesus. Literalmente: “Senhor Jesus”.

Esse é o título de um documento de setembro de 2000 emitido pela Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, presidida pelo então cardeal Joseph Ratzinger, futuro Papa Bento XVI. Seu tema era a unicidade de Jesus Cristo e, por extensão, os limites da validade e do poder salvífico das religiões não cristãs.

Os pontos-chave do documento incluem:

- A revelação em Cristo é completa e não pode ser complementada por outras religiões, mesmo que o mistério divino em si mesmo permaneça “inesgotável”.

- Os escritos sagrados de outras religiões podem ter elementos que “manter a sua relação religiosa com Deus”, mas apenas o Antigo e o Novo Testamentos são “textos inspirados”.

- Tudo o que o Espírito Santo traz à tona em outras religiões “assume um papel de preparação evangélica e não pode deixar de referir-se a Cristo”.

- As Igrejas cristãs não católicas têm “falhas”, e as comunidades protestantes absolutamente não são “Igrejas” no seu sentido apropriado. Mesmo que as comunidades não católicas levem as pessoas à salvação, ela deriva da “plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja Católica”.

- Orações e rituais de outras religiões não têm uma “origem divina”, e algumas “superstições ou outros erros” são “um obstáculo à salvação”.

- Os católicos devem se comprometer a “proclamar a necessidade da conversão a Jesus Cristo”.

Embora essas questões representem temas perenes na teologia católica, a razão pela qual o documento foi publicado naquele momento foi amplamente entendida como a ascensão daquela que é conhecida como “teologia do pluralismo religioso”, um movimento que postula que as religiões não cristãs podem ser veículos de revelação e de salvação por direito próprio.

Ela está especialmente associada a figuras ligadas à Ásia, incluindo o falecido padre jesuíta Jacques Dupuis, o padre jesuíta indiano Michael Amaladoss, o falecido padre espanhol e indiano Raimon Panikkar e o jesuíta cingalês Aloysius Pieris.

Todas essas figuras, em um momento ou outro, se encontraram na mira da agência doutrinal do Vaticano, e a Dominus Iesus era efetivamente a síntese desses procedimentos e investigações disciplinares individuais. Em uma coletiva de imprensa que apresentou o documento, Ratzinger disse que ele havia sido motivado por “uma influência preocupante” da “teologia negativa da Ásia” no Ocidente.

Em grande parte, a preocupação era, e continua sendo, o impacto desse pensamento teológico na missão. O cristianismo, na sua essência, é uma religião missionária, e o mandamento final de Cristo na terra foi “ir e fazer discípulos de todas as nações”. Se o catolicismo tivesse que ceder e aceitar que é perfeitamente bom aos olhos de Deus seguir outra religião, portanto, muitos se preocupariam com o incentivo que a Igreja teria para convidar outras pessoas à fé.

De muitas maneiras, o pluralismo religioso é para a Ásia aquilo que a teologia da libertação é para a América Latina, isto é, o seu impulso teológico católico mais conhecido e mais polêmica. Assim como os latino-americanos costumam argumentar que a “opção pelos pobres” é uma resposta natural à sua situação social, marcada pela pobreza e pela exclusão crônicas, os católicos asiáticos frequentemente insistem que o pluralismo religioso é uma resposta orgânica ao fato de serem uma ínfima minoria em comparação com as grandes tradições religiosas da Ásia.

Durante um tempo, parecia que as batalhas titânicas travadas nos anos 1970 e 1980 em torno da teologia da libertação se repetiriam com tensões igualmente prolongadas nos anos 2000 em torno do pluralismo religioso. Carreiras pareciam estar em risco, artigos eram publicados, congressos eram organizados, e linhas de batalha eram traçadas.

A agitação refletia aquilo que alguns asiáticos viam como uma surdez cultural em Roma.

“O pluralismo religioso é uma realidade existencial para muitos de nós, e não apenas uma teoria ou um conceito teológico”, disse Edmund Chia, então secretário da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas, em seu escritório em Bangcoc, na Tailândia, quando a Dominus Jesus apareceu.

“Alguns de nós têm parentes, pais, cônjuges ou filhos que são adeptos de outras religiões. Vemos que essas pessoas são boas e santas, não apesar, mas por causa do Deus e das religiões em que acreditam. Portanto, seria uma violação da nossa consciência até mesmo sugerir que o batismo é necessário para a salvação delas.”

No início, parecia que essas tensões também poderiam se estender à era do Papa Francisco. No início de 2014, a Congregação para a Fé, dirigida pelo então prefeito, o cardeal alemão Gerhard Müller, lançou uma investigação contra Amaladoss, cujo livro mais conhecido é “O Jesus asiático”. A censura eclesiástica formal parecia uma possibilidade viva.

No entanto, quando Amaladoss foi convocado a Roma para um interrogatório por Müller, o papa acolheu o teólogo indiano em sua missa matinal no dia seguinte e brincou: “Você se encontrou com o leão na sua cova!”.

Desde então, Müller foi substituído, não se ouviu mais nada sobre qualquer processo disciplinar, e Francisco disse a vários visitantes da Índia que ele considera Amaladoss um “bom teólogo”.

Francisco deu prioridade ao encontro com as outras religiões, vendo-as claramente como parceiras no seu esforço pela paz e por outros bens sociais, e ele não parece querer que disputas doutrinais minuciosas o atrapalhem. Como resultado, ninguém está falando sobre um confronto teológico de alto risco na Ásia enquanto o papa está por lá.

Mesmo assim, o fato de as tensões terem diminuído não significa que elas desapareceram. Continua sendo uma questão em aberto na teologia católica saber exatamente qual status salvífico deve ser atribuído às religiões não cristãs e como conciliar uma prática de diálogo e respeito com uma doutrina de exclusividade soteriológica.

Hoje, é possível que ninguém esteja brigando por essas questões, mas quem sabe o que o futuro trará?

Portanto, o “cão que não ladra” nos movimentos asiáticos talvez esteja criando uma cesura, um intermezzo, nas polêmicas doutrinais. Quando a cortina voltar a se abrir, talvez o próximo ato possa ser um pouco mais reflexivo e mais calmo – refletindo, em última análise, aquilo que Bento XVI uma vez definiu como sendo o papel do catolicismo, isto é, “a religião do grande et et”.

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