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Mulheres sobreviventes de abusos afirmam que estrutura de autoridade da Igreja facilitou crimes

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01 Dezembro 2018

Três mulheres sobreviventes de abusos sexuais de clérigos compartilharam histórias profundamente pessoais durante um evento no dia 27 de novembro, em que cada uma revelou camadas de dor, tristeza e mágoa exacerbadas pela percepção de estarem presas dentro em uma estrutura dominada por homens que ignoravam suas histórias e exigiam silêncio.

A reportagem é de Joshua J. McElwee, publicada em Global Sisters Report, 28-11-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A peruana Rocío Figueroa Alvear, que já foi chefe do ramo feminino de um florescente movimento religioso leigo, relatou ter sido proibida de falar sobre seus abusos pelo segundo homem no comando e ter recebido ameaças de publicação de falsas denúncias contra sua própria conduta, caso ela desobedecesse.

A estadunidense Barbara Dorris, conhecida há muito tempo como líder da Rede de Sobreviventes dos Abusados por Padres (SNAP, na sigla em inglês), falou publicamente pela primeira vez sobre seu estupro por um padre quando era uma menina de 6 anos e sobre como isso continuou por muitos anos depois.

Dizendo ter feito “tudo o que estava em meu alcance” para esconder sua dor de seus dedicados pais e familiares, Dorris só se manifestou como mãe quando reconheceu sinais de alerta no comportamento de outro padre com as crianças em uma praça de brinquedos.

E a alemã Doris Wagner falou do calamitoso quinto ano na sua ordem religiosa feminina e masculina, quando um superior masculino entrou em seu quarto à noite e a estuprou.

“Instantaneamente, eu sabia (...) que se eu falasse sobre isso, a comunidade me culparia, e não a ele”, disse ela. “E então eu fiquei em silêncio.”

Os três relatos angustiantes fizeram parte de um painel de debate e de partilha de testemunhos no dia 27 de novembro em Roma, realizado a menos de dois quilômetros a leste do Vaticano, destinado a elevar as vozes das mulheres na revivida discussão sobre os abusos sexuais do clero após uma série de revelações em nível global neste ano.

Convidadas pelo Voices of Faith, um grupo que realizou painéis de discussão no Vaticano no passado, as sobreviventes examinaram a natureza profundamente enraizada e institucional dos abusos dentro da Igreja Católica.

Cada uma mencionou o modo como sua dor poderia ter sido evitada se as autoridades da Igreja – especificamente homens – tivessem assumido a tarefa de proteger as crianças e as pessoas vulneráveis.

Wagner, que abandonou sua comunidade, chamada “The Work”, em 2011, citou um estudo de 1998 da revista Review of Religious Research que estimou que 30% das freiras católicas dos Estados Unidos  sofreram abusos sexuais.

Ela também se referiu às notícias do início dos anos 2000 sobre cartas enviadas ao Vaticano pela irmã beneditina Esther Fangman e outros sobre a natureza disseminada de tais abusos.

“Acho insustentável a ideia de que, se a Cúria Romana tivesse reagido adequadamente a esses casos, que já eram conhecidos por eles nos anos 1990 e, provavelmente, muito antes, eu poderia nunca ter sido estuprada em 2008”, disse Wagner.

Figueroa era membro do Sodalitium Christianae Vitae, um grupo de leigos consagrados cujo fundador, Luis Figari, é acusado de abusar de vários jovens e foi ordenado pelo Vaticano em 2017 a interromper todo o contato com a sociedade.

Figueroa, agora uma teóloga que vive na Nova Zelândia, lembrou-se de ter se encontrado com Figari em 2008 para falar sobre como ela havia ficado sabendo que seu abusador estava agora abusando de outros e sendo ameaçado.

“É muito difícil ser uma vítima e uma mulher”, disse. “Porque se é um abuso de um homem contra uma menina, ah, eles não chamam isso de abuso sexual. ‘Foi ela que o seduziu. Ah, eles eram amantes.’ Eles não entendem o que é o abuso sexual.”

Dorris, que segurava seu pequeno vestido branco que ela usava quando foi estuprada pela primeira vez, disse ter percebido, quando adulta, que muitos outros deviam saber do seu abuso, mas decidiu não o denunciar.

“Aquela casa paroquial tinha uma empregada, uma secretária, uma cozinheira, outros padres”, contou. “O que eles achavam que ele estava fazendo com uma criança no seu quarto? Por que eles ficavam em silêncio?”

Em um painel de discussão no fim do evento, as sobreviventes falaram sobre suas esperanças em relação a uma reunião de cúpula que o Papa Francisco convocou em fevereiro, durante a qual os presidentes das Conferências Episcopais do mundo inteiro discutirão a questão dos abusos clericais.

As três sobreviventes estavam acompanhadas no painel por Mary Hallay-Witte, chefe do escritório de proteção infantil da Arquidiocese de Hamburgo, na Alemanha; e por Virginia Saldanha, secretária do Fórum das Teólogas Indianas e ex-funcionária da Federação das Conferências Episcopais da Ásia.

Saldanha criticou a escolha pelo papa do cardeal indiano Oswald Gracias como um dos membros do comitê organizador da cúpula, alegando que ele demorou demais para lidar com o caso de um padre abusador que ela denunciou.

Hallay-Witte aconselhou os bispos: “Ouçam as histórias dos sobreviventes e deixem que seu coração seja tocado por elas. E então vocês saberão como devem agir”.

Dorris, que deixou a SNAP no ano passado, apontou para ações específicas que Francisco poderia tomar imediatamente para proteger as crianças.

“O papa é um monarca absoluto”, afirmou. “Ele não precisa de uma legislação, ele não precisa de tribunais para fazer mudanças. Ele poderia começar hoje revelando o nome dos bispos cúmplices e explicando o papel que eles desempenharam no encobrimento. Ele poderia tirar os seus cargos, os seus títulos, os seus salários e, depois, poderia entregar os documentos à polícia local.”

Wagner também fez referência à estrutura monárquica da Igreja, em que o papa atua como legislador supremo e juiz.

“Não é apenas o fato de as mulheres serem excluídas da hierarquia”, disse. “É o fato de que não há nenhuma separação de poderes adequada dentro da Igreja. Não há nenhum sistema de justiça independente. Não há ninguém a quem você possa apelar.”

Wagner disse que estava contando a sua história para que “nenhuma irmã mais jovem, que passou pelo que eu passei, pense que é a única, pense que ela é a culpada”.

Oferecendo o conselho que ela daria a uma irmã abusada que quisesse se pronunciar, ela disse que lhe diria: “Não foi isso que Deus quis para você. Deus não quer isso. Deus queria que você fosse livre, desenvolvesse seus talentos, vivesse uma vida feliz”.

E, se alguém dissesse à pessoa que ela deveria continuar sofrendo em silêncio, Wagner disse que responderia: “Não acredite neles. Isso não é verdade”.

Leia mais

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