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Uma caravana de migrantes que lutam e sonham. Artigo de Eduardo Febbro

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11 Abril 2018

“A caravana é uma amostra de todos os horrores humanos sofridos pelos povos da América Central em face da indiferença global do resto dos países do Continente. O objetivo é cruzar a fronteira e entrar em território estadunidense”. A análise é de Eduardo Febbro, em artigo publicado por Página/12, 08-04-2018. A tradução é de André Langer.

Eis o artigo.

As dóceis colinas de Oaxaca encerram o segredo do último ataque de nervos do patético presidente de peruca artificial que dirige a maior democracia do mundo. O rosto de María Colindres Ortega traz as marcas do vazio e do cansaço. Essa deputada hondurenha, do Partido Livre do ex-presidente Manuel Zelaya, é uma das integrantes da caravana de 1.500 migrantes vindos de Honduras, El Salvador e Guatemala que tinha a intenção de chegar à fronteira norte e entrar nos Estados Unidos. Donald Trump ficou sabendo da intenção desses migrantes e deslocou a Guarda Nacional para a região.

Cada vez que Mister Twitt se levanta iracundo, transfere seu mau humor para o México. Desta vez, Donald Trump atravessou a fronteira com um tuite em que anunciou o deslocamento da Guarda Nacional para vários pontos da fronteira entre os Estados Unidos e o México. Com isso, retirou os alicerces da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 1º de julho próximo, em que os candidatos da situação, pelo menos até agora, não conseguem fazer sombra ao favorito nas pesquisas, Manuel López Obrador, à frente do movimento Morena.

O “corrido” trumpista é uma mistura de notas improvisadas que indignaram os mexicanos e, mais uma vez, obrigou a presidência a se posicionar contra o vandalismo do vizinho. Na falta de verba pública para a construção do muro entre os dois países que Trump prometeu durante a campanha presidencial, o chefe de Estado dos Estados Unidos militarizou a fronteira. As primeiras unidades das tropas da Guarda Nacional dos Estados Unidos começaram a ser mobilizadas neste fim de semana no Arizona e no Texas.

Ao mesmo tempo, todo o aparato trumpista voltou-se para culpar o México e hasteou a bandeira de maior sucesso da extrema direita dos Estados Unidos: a imigração. O procurador-geral Jeff Sessions ordenou a implementação de uma política de “tolerância zero” com a entrada de imigrantes ilegais através da fronteira nos distritos do sul da Califórnia, Arizona, Novo México, do oeste e sul do Texas. Essas gesticulações parecem ineficazes contra os apenas 90 segundos que são necessários para que um ilegal salte a cerca de seis metros que divide o território entre os dois países em pontos como Ciudad Juárez.

A raiva tuiteira contra o México tem sua origem nestas colinas de Oaxaca, capital do Mezcal e uma das mais belas regiões do México. Parte da caravana de 1.500 centro-americanos continuou sua rota, outra parou no município de Matías Romero, em Oaxaca, alguns de seus integrantes também foram para a cidade de Puebla para consultas legais e há migrantes que decidiram viajar para a capital e ver como ficam no país que, antes e depois das fanfarronadas trumpistas, lhes oferecia “um abraço de reconciliação e muita solidariedade”, segundo disse María Colindres Ortega. A história que a levou ao México com a intenção de migrar para os Estados Unidos é uma das faces mais cruéis desta região da América Latina.

A ex-deputada empreendeu a travessia mais perigosa depois que o candidato presidencial Juan Orlando Hernández venceu as eleições em um clima marcado por suspeitas e fraudes tão evidentes que até mesmo a Organização dos Estados Americanos (OEA) considerou-as irregulares. A manchada vitória de Juan Orlando Hernández provocou a morte de pelo menos 30 pessoas e depois uma repressão sistemática dos líderes sociais e políticos de Honduras. A perseguição colocou a ex-deputada a caminho do exílio. “É um abismo para mim. Eu tive que fugir de Honduras e deixar meus sete filhos lá. Pensei que cruzaria a fronteira com os Estados Unidos e ali pediria asilo político. Agora eu não sei como tudo isso vai acabar”.

A caravana é uma amostra de todos os horrores humanos sofridos pelos povos da América Central em face da indiferença global do resto dos países do Continente. Cegados pela Venezuela, os governos liberais não dizem uma única palavra sobre os crimes contra a humanidade cometidos aos povos da América Central. Pablo, um salvadorenho que fugiu com toda a sua família, escapou da chantagem, dos assassinatos e roubos das gangues criminosas que pululam no país. Todos parecem ter saído do inferno.

“É mais seguro atravessar o México do que ficar no nosso país”, revelou Jorge Vinedos, guatemalteco que saiu com sua família e algumas tralhas nas costas. Outros migrantes escaparam da perseguição sexual. Na caravana há cerca de uma dúzia de hondurenhos ligados à comunidade LGBT. Ninguém quer dar o seu nome e não há necessidade de perguntar sobre as agressões ou os espancamentos que sofreram. No corpo estão gravadas as profundas cicatrizes das torturas e dos espancamentos com que foram punidos.

Os integrantes da caravana não esperavam nem a reação de Trump, nem a solidariedade dos oaxaquenhos. “Quando vimos as primeiras mulheres chegarem com pratos de arroz, feijão e muitos outros alimentos, não conseguimos acreditar. Não vinham ao nosso encontro para nos chutar ou maltratar. Elas nos traziam a vida”, conta Marta, uma salvadorenha que começou nas estradas com seus dois filhos e sua sogra e parou na cidade de Matías Romero junto com os outros.

O México é apertado por três nós: sua própria migração para o norte, a chegada dos migrantes vindos de Cuba ou da América Central com o único objetivo de atravessar a fronteira com os Estados Unidos e as iracundas e grosseiras mensagens de Donald Trump. O tuite de Trump com a decisão de mobilizar a Guarda Nacional para impedir a entrada desses migrantes acabou por lhes fazer um favor: destapou uma onda de solidariedade nacional e, mais uma vez, colocou Trump como um fantoche sem inspiração ou senso político para nada.

O presidente dos Estados Unidos acusa o México de não mover as peças para impedir a imigração ilegal, mas os números contradizem seus ataques de baixo nível patriótico. De acordo com dados de ambos os lados, enquanto as deportações de mexicanos e centro-americanos atingiram porcentagens históricas nos Estados Unidos, a travessia de ilegais atingiu igualmente mínimos históricos. “São gesticulações de política interna que acabam atingindo o México”, diz Rodrigo Abeja, um dos responsáveis pela organização Povos sem Fronteiras, que agora apoia legalmente a caravana de migrantes em seus esforços junto às autoridades do México e dos Estados Unidos.

Não é a primeira vez que Washington militariza sua fronteira com o México, mas Donald Trump faz isso com a única metodologia que sabe usar: a agressão, a ofensa, a mentira e a humilhação do país vizinho. No sábado, no exato momento em que a Guarda Nacional estava se instalando na fronteira em apoio à Patrulha de Fronteira, Trump tuitou outra de suas malvadezas: “Estamos selando a nossa fronteira sul. As pessoas do nosso grande país querem segurança e proteção”. Tudo está dito nos pontos suspensivos que se seguem. Para o Mister Tweet, o México é a insegurança. Para o presidente, essas tropas são “o início do muro”.

Na última quinta-feira, o presidente mexicano Peña Nieto respondeu a Trump através das redes sociais. Com uma mistura de tato político e ironia, o presidente mexicano disse: “Presidente Trump, se você quiser chegar a acordos com o México, estamos prontos. Como demonstramos até agora, estamos sempre dispostos a dialogar com seriedade, com boa fé e com um espírito construtivo. Se suas recentes declarações derivam de frustrações decorrentes de questões de política interna, de suas leis ou do seu Congresso, dirija-se a eles e não aos mexicanos. Não vamos permitir que a retórica negativa defina nossas ações. Nós só vamos agir no melhor interesse dos mexicanos”.

Com o argumento da caravana dos migrantes centro-americanos, Trump conseguiu colocar algumas pedras militares em seu sonhado muro. O problema, no entanto, continua a ser do México, em plena campanha eleitoral, e dos migrantes. A caravana foi se dispersando sem que muitos de seus integrantes desistissem de seu projeto de chegar à fronteira para pedir asilo político. As possibilidades são remotas.

Os membros das ONGs norte-americanas que se transferiram para o México para assessorar os imigrantes adiantam números impressionantes. Um deles, Alex Mensing, recorda que em 2017, “do grupo de cerca de 200 pessoas que pediram asilo, apenas três conseguiram. O resto segue esperando até hoje”. Estão agora ali, divididos entre Oaxaca, Puebla e algumas cidades perto da Cidade do México. Eles são as vítimas e os heróis desse desastre humano: o ogro do norte usa os migrantes para alimentar os seus eleitores e seus furibundos aliados da extrema direita. O México sofre de ambos os lados, e eles param onde podem, ali onde uma mão mexicana lhes oferece água, teto, arroz e feijão com os quais saciarão a fome, a solidão e o desamparo até que volte a amanhecer, e saberá Deus como será o seu destino nesse novo dia desta infinita noite do migrante.

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