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Declaração de guerra: as palavras repugnantes e as coisas a repudiar. Artigo de Andrea Grillo

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22 Março 2022

 

Repudiar o que é repugnante. Esse é o imperativo categórico que pede que todos saiam do vórtice de ódio que o ato irresponsável da invasão levou à sua forma bélica mais cruel e mais desumana, na qual não devemos permanecer.

 

O comentário é do teólogo italiano Andrea Grillo, professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em artigo publicado em Come Se Non, 21-03-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Segundo ele, "a única ética de guerra possível hoje está contida em duas palavras. No verbo que a Constituição italiana usa: repudiar. E no adjetivo usado nesse domingo pelo Papa Francisco: repugnante".

 

Eis o texto.

 

Entre os aspectos mais singulares a respeito da guerra que nos afeta ao vivo há 25 dias, há uma questão aparentemente apenas “retórica” sobre a definição do que ocorre: uma operação militar especial é diferente de uma guerra.

 

E aqui, obviamente, a questão diria respeito simplesmente ao uso mais ou menos verdadeiro das palavras. Seria apenas uma questão de “honestidade”: chamar as coisas pelo seu nome é o primeiro modo de respeitá-las.

 

O problema, porém, é mais complexo, porque a guerra não é simplesmente uma “coisa”. Ou, melhor, ao definir a guerra, devemos levar em conta que, sendo uma “ação humana complexa”, ela não pode ser definida sem que façamos referência à função da palavra e do pensamento. Pois não se trata simplesmente de encontrar o terreno de fronteira entre as definições (a diferença decisiva entre uma cadeira e um banco é mais complicada do que parece), mas sim de descobrir de que serve falar quando se trata de guerra.

 

A tradição clássica “de bello” sabe que a “declaração de guerra” é o ato que inaugura uma guerra. Faz parte da “deontologia militar” de “entrar em guerra” com um ato formal, que passa por uma palavra de autoridade entregue a quem se torna, a partir daquele momento, o inimigo. É uma formalidade que fala de um certo modo de “fazer a guerra”.

 

Uma recordação de família da qual eu tenho uma vívida memória: a minha mãe contava que, quando Mussolini proferiu o famoso discurso de entrada na guerra da Itália, em 10 de junho de 1940, “a hora das decisões irrevogáveis” dentro de quatro dias, chegaram em Savona os primeiros tiros de canhão da marinha francesa, que disparava do mar em frente à cidade. E uma bala de canhão atingiu as “destilarias” que estavam em frente à nossa casa.

 

A declaração de guerra, ainda em 1940, havia aberto as hostilidades. Mas a guerra, já então, não é mais a clássica. Os primeiros golpes ameaçavam diretamente a população civil. Que, de fato, depois, foi “deslocada” (meus pais se refugiaram em Pianfei, no Piemonte).

 

Há, então, duas questões que se entrelaçam: por um lado, a “incontrolabilidade” das ações quando não são definidas. Uma “operação militar especial” é uma livre iniciativa de um Estado, que não deve prestar contas a ninguém. Uma “declaração de guerra” institui, também em nível internacional, uma relação entre fronts opostos, que ao mesmo tempo se submetem às regras do jogo. Uma declaração de guerra “reconhece o inimigo”, algo que uma “operação especial” não faz. Esse primeiro ponto, porém, está ligado ao segundo.

 

A “declaração de guerra” do passado instituía um “campo de batalha”. Mas as declarações posteriores à Primeira Guerra Mundial, devido às mudanças tecnológicas e às novas possibilidades oferecidas pela globalização (das quais as guerras mundiais foram efeito e causa), transformaram a guerra em outra coisa.

E, nas guerras que se desenvolveram após a Segunda Guerra Mundial, as mortes foram 25.000.000, das quais os militares são uma porcentagem irrisória. As guerras, a partir da Segunda Guerra Mundial, produzem a morte de milhões de civis indefesos.

 

E esse é o segundo aspecto que hoje deve ser cuidadosamente considerado. As declarações não são mais necessárias, e as guerras não são mais guerras, mas sim enormes massacres de pessoas indefesas: nas quais os “efeitos colaterais” são muito maiores e mais poderosos do que o alvo primário.

 

No nosso tempo, portanto, vemos um duplo nível de questões, ligadas entre si duplamente, que nesta guerra travada pelos russos contra a Ucrânia aparecem com uma evidência particular:

 

a) por um lado, a “declaração” de guerra tornou-se supérflua. A possibilidade de uma “declaração” que redimensione o fenômeno e o delimite parece incongruente em relação às formas que a guerra assumiu há muitas décadas já. Se o “campo de batalha” se estende ao planeta inteiro, e se de qualquer ponto da terra eu posso acertar friamente qualquer outro ponto, a declaração de guerra se identifica com o fato brutal do ato agressivo.

 

b) por outro lado, a “guerra” – ou seja, o objeto da declaração – mudou radicalmente. O saber técnico e ético que o mundo clássico nos entregou dizia respeito a outra experiência: uma acurada separação entre o “fato bélico” e a “vida da cidade” havia tornado possível uma “ética da guerra”, e assim Agostinho e São Tomás de Aquino podiam falar. Naquele mundo, era possível dizer:

“nocendi cupiditas, ulciscendi crudelitas, implacatus et implacabilis animus, feritas rebellandi, libido dominandi, et si qua sunt similia, haec sunt quae in bellis iure culpantur” (Agostinho).

 

A única ética de guerra possível hoje está contida em duas palavras. No verbo que a Constituição italiana usa: repudiar. E no adjetivo usado nesse domingo pelo Papa Francisco: repugnante.

 

Repudiar o que é repugnante. Esse é o imperativo categórico que pede que todos saiam do vórtice de ódio que o ato irresponsável da invasão levou à sua forma bélica mais cruel e mais desumana, na qual não devemos permanecer.

 

É preciso sair dela, chamando as coisas pelo seu nome e não estilizando os conceitos sobre modelos que não têm mais confirmação na realidade.

 

As nossas hesitações permitem o massacre cotidiano dos indefesos.

 

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