EUA: paróquia de Biden diz que não negará Comunhão a ninguém

Foto: Pixabay

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01 Julho 2021

 

A paróquia católica que o presidente Joe Biden costuma frequentar para a missa dominical, em Washington, nos EUA, disse em um comunicado após a controversa reunião dos bispos dos EUA que não tem planos de negar a Comunhão aos participantes de suas celebrações litúrgicas.

A reportagem é de National Catholic Reporter, 29-06-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Referindo-se à decisão majoritária dos bispos no dia 18 de junho de começarem a redigir um documento originalmente concebido para abordar se políticos católicos pró-escolha como Biden devem receber a Comunhão, o conselho paroquial da Igreja da Santíssima Trindade disse que a paróquia tem “uma longa história de acolhida a todos” para as suas missas.

“A Igreja Católica da Santíssima Trindade não negará a Eucaristia às pessoas que se apresentam para recebê-la”, disse o conselho em uma postagem no site da paróquia.

“Como o Papa Francisco reafirmou recentemente, a Comunhão deve ser vista ‘não como um prêmio para os perfeitos, mas como um poderoso remédio e alimento para os fracos’”, continuou a postagem. “Nenhum de nós, quer estejamos nos bancos ou atrás do altar, é digno de recebê-la. O grande dom da Sagrada Eucaristia é sagrado demais para ser transformado em uma questão política.”

A Igreja da Santíssima Trindade é uma paróquia administrada pelos jesuítas no bairro de Georgetown, em Washington. Biden frequentava a igreja enquanto atuava como vice-presidente e tem participado dos ritos novamente desde que foi empossado como presidente em janeiro de 2020.

A Conferência dos Bispos dos Estados Unidos se reuniu remotamente de 16 a 18 de junho e concentrou grande parte das suas discussões na proposta de um plano para que sua comissão de doutrina redija um documento sobre a Comunhão. Depois de horas de discussões abertamente polêmicas, os bispos votaram para seguir em frente, com uma margem de votos de 168 a 55, com seis abstenções.

Nos dias que se seguiram à votação, a Conferência insistiu que o documento não terá como alvo políticos católicos.

Mas, conforme delineado por um memorando do dia 19 de janeiro pelo presidente da Conferência, o arcebispo José Gomez, de Los Angeles, a inspiração original para o documento pendente veio de um grupo de trabalho estabelecido para tratar dos “problemas” levantados pelo fato de Biden ser um católico pró-escolha.

A Igreja da Santíssima Trindade se referiu em sua declaração ao cardeal de Washington, Wilton Gregory, que disse que não planeja negar a Comunhão a Biden.

Durante a reunião dos bispos, Gregory reiterou novamente sua posição. Ele disse aos prelados reunidos que era bispo nos EUA há 38 anos e não conseguia se lembrar de um tempo em que a Conferência estivesse tão dividida sobre um assunto. Ele disse que o plano de emitir um documento “enfraqueceu seriamente” a Conferência.

A declaração da paróquia disse: “Como Conselho Paroquial da Santíssima Trindade, apoiamos o nosso arcebispo, cardeal Wilton Gregory, sobre as questões que envolvem a oferta da Eucaristia a políticos estadunidenses”.

“A recente votação causou uma desolação considerável entre os nossos paroquianos, assim como entre os católicos romanos em toda a nação”, continuou.

 

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