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A “inteligência ritual” em confronto com a “inteligência espiritual”

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13 Mai 2020

"É urgente que uma educação ao rito, à vivência litúrgica e sacramental na sua plenitude, não seja uma máquina de eventos, espetáculos, uniformização das consciências, ideologias e publicidades. Neste caminho, temos de renunciar a toda a possibilidade de publicidade de uma espiritualidade, que na riqueza da sua “inteligência” e “autorreferencialidade”, dita receitas frágeis, comportamentos inconsistentes e até ritos, tendo a pretensão de ser a última novidade, correndo o risco de ser perigosa e inautêntica", escreve Luis Felipe C. Marques, franciscano conventual, doutorando em Teologia Sacramental no Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma.

Eis o artigo.

Não é de há pouco que a questão do rito ocupa diversos ângulos da reflexão e do saber. Da sociologia à antropologia, da teologia à liturgia, da mitologia à história, da formação humana à vivência da fé, da comunicação à psicologia. Questiona-se a sua utilidade, inutilidade, necessidade, repetição, função, essência e inteligência. O rito é um ato em cuja simplicidade, contemplamos sua complexidade.

Uns afirmam “não precisamos de ritos”, outros chegam a dizer “sem o rito não podemos viver”. Joga-se sempre dos dois lados, o da remoção e o da sobreposição.

As “novas inteligências” e sensibilidades nascentes no correr da história, na liquidez do tempo, na necessária novidade dos dias, têm o objetivo de superar ou de integrar as divergências. Entretanto, essas tentativas correm o risco de equivocar-se, pois na fragilidade da nossa formação, marginalizada por muitos outros aspectos, tendemos a nos agarrar a soluções simplistas e com caminhos mais curtos, não acolhendo a amplitude da nossa tradição.

Dessa forma, o rito torna-se vítima de uma cultura que quer combatê-lo, buscando estruturar um saber que gere uma experiência de fé a-ritual. Por outro lado, existem também caminhos curtos mensuráveis sempre e a partir das fórmulas quantitativas, da argumentação da disciplina, da definição essencial e de respostas falaciosas.

Por essa razão, em nossos dias líquidos, enquanto o rito for também de dimensão teológica, não podemos nos cansar de aprofundar a sua riqueza e educar-nos para vivenciar a total integridade da sua beleza nobre e simples. Aprofundar a riqueza do rito, tendo em vista que, por causa de muitas categorias fundamentais esquecidas, hoje se observa a remoção do que ele tem de consciência eclesial, de reflexão teológica, de um estilo de vida mais espiritual e do coração da eucaristia.

É urgente que uma educação ao rito, à vivência litúrgica e sacramental na sua plenitude, não seja uma máquina de eventos, espetáculos, uniformização das consciências, ideologias e publicidades. Neste caminho, temos de renunciar a toda a possibilidade de publicidade de uma espiritualidade, que na riqueza da sua “inteligência” e “autorreferencialidade”, dita receitas frágeis, comportamentos inconsistentes e até ritos, tendo a pretensão de ser a última novidade, correndo o risco de ser perigosa e inautêntica.

É o futuro do cristianismo no Ocidente que está em jogo! Hoje, não podemos somente perguntar sobre como os fiéis vivem a ação ritual e litúrgica, ou sobre como viver uma espiritualidade, mas se de fato vivem da ação ritual-litúrgica que celebram e se sabem intuir a sua verdade mais pura. Por isso, hoje mais do que nunca, precisamos não só de educação ao rito, mas de voltarmos a ser educados pelo rito, pela sua verdade e inteligência.

Já ouvimos dizer e temos dito, quanto mais demorarmo-nos a acreditar nessa espiritualidade genuína dos Padres da Igreja, recordada pelo Movimento Litúrgico, movimento de re-descoberta e re-leitura, e pelo Concílio Vaticano II, mais tempo perderemos e deixaremos sempre um espaço aberto para alternativas que não formam ou que não dão forma àquilo que somos por força do nosso batismo.

Partamos com S. Paulo VI: “a Liturgia, fonte primeira da vida divina que nos é comunicada, é a primeira escola da nossa vida espiritual, primeiro dom que podemos oferecer ao povo cristão que junto a nós crê e ora, e primeiro convite dirigido ao mundo para que solte a sua língua muda em oração feliz e autêntica e sinta a inefável força regeneradora”.

Assim, é na fonte primeira da vida divina, na celebração ritualizada, que começamos a fazer experiência espiritual, continuada e cultivada, intensa e constante, em comunhão com os outros batizados, todo o povo sacerdotal.

Desse modo, na escola da liturgia, dom e convite, aprendemos a dar graças, sempre e em todos os lugares, e não só em determinas ocasiões, quando tudo corre bem (gratidão sempre: escola – verdade); fazemos da nossa vida um dom de amor, livre e gratuito (relação sadia e saudável sempre: dom – transcendência); fazemos comunhão concreta, na Igreja e com todos (caridade sempre consigo e com os outros: convite – sentido). É digno de notar que tais elementos servem como chave para encontrar uma plenitude de vida interior.

É nessa escola que os cristãos, homens e mulheres batizados, se deixam alargar pela força do Espírito Santo. É na liturgia que recebemos do Espírito um constante convite para sermos plenos, abandonando toda forma de dever ser. Sim, de fato, é o Espírito, enquanto plenamente de Deus mesmo, que trabalha para subverter em nós toda tentativa idólatra de manipular Deus, seja no nível conceitual, comercial, ético, relacional, espiritual e ritual.

A liturgia é a escola da gratidão, da relação, do propósito e da caridade. A liturgia é escola da verdade, da transcendência e do sentido da vida. Então, é o rito litúrgico, como forma de vida batismal, a nossa fonte de sensibilidade e emoção. É o rito litúrgico, na sua total inteireza, nobre e simples, que sustenta o intelecto e a razão no campo do encontro/desencontro do espaço e do tempo, dando total plenitude e forma ao espírito. O rito nos impulsiona, nada mais é do que a eficaz visibilidade da palavra do Evangelho. É no rito litúrgico que encontramos uma vida realmente inesgotável e disposta à contínua conversão, porque nele existe a presença da graça de modo privilegiado.

Assim, se os ritos litúrgicos são formas de vida, as práticas mais centrais da vida espiritual cristã – eucaristia dominical, batismo, liturgia das horas, sacramentos, exéquias, festas – não podem ser reduzidas ao seu conteúdo, nem ao puramente exterior e estético, nem ao infantil liturgismo ou a um ritualismo barato e depauperado de vida.

Por isso, diante do racionalismo sem forma e do sentimentalismo sem conteúdo, precisamos re-agir. Uma reação saudável que não quer negar possibilidades de transformações, mas quer re-cordar que muitos dos elementos que são ditos, pelas “novas inteligências”, já nos foram dados.

A nossa necessidade primeira era de uma abertura cognitiva e corporal na nossa participação e vivência ritual, para assim, re-dizer de que modo a liturgia pode ser fonte da espiritualidade, re-descobrindo e re-lendo toda a sua sacramentalidade, fazendo síntese, tornando-nos mais efetivos, colocando-nos contra todo o processo de sacramentalização racional e de sacramentalismos emocionais.

Sendo assim, gostaria de ressaltar quatro palavras chaves das “novas inteligências” – equilíbrio, intensidade, constância e acompanhamento – colocá-las em consonância com a liturgia a partir da Sacrosanctum concilium e lançar quatro perguntas que podem nos ajudar a fazer um saudável e pessoal processo de discernimento.

É a liturgia ritual que dá equilíbrio a nossa vida. “É simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação, presente no mundo” (SC 2). Ao mesmo tempo que santifica os homens, rende culto perfeito a Deus (cf. SC 5.7). De que outro equilíbrio precisamos?

É a liturgia ritual que torna intensa a nossa vida. Nela somos libertos do poder do mal e da morte; somos introduzidos no Reino do Pai; mediante os sacramentos, vemos a obra da salvação, e somos enxertados no mistério pascal de Cristo, mortos com Ele, sepultados com Ele, com Ele ressuscitados; somos alimentados; vivemos a vida do Espírito que nos faz clamar: Abba, Pai; somos transformados em verdadeiros adoradores que o Pai procura (cf. SC 6); e participamos, saboreando-a já, da Liturgia celeste (cf. SC 8). Pode existir oferta mais intensa que essa?

É a liturgia ritual que faz a nossa espiritualidade ser constante, na retidão de espírito, por isso, precisamos unir a nossa mente às palavras que pronunciamos para também cooperar com a graça de Deus (cf. SC 11). Aliás, é nessa cooperação que a graça acontece. A nossa estafa do rito litúrgico tem uma causa. Entramos nele, muitas vezes, como espectadores mudos e estranhos (cf. SC 48), ou por demais falantes, barulhentos e estereotipados. A única coisa que isso pode produzir é cansaço e distância, jamais constância.

A Igreja, ao distribuir “o mistério de Cristo pelo correr do ano, da Encarnação e Nascimento à Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor” (SC 102), evoca uma constância. É no domingo, primeiro e oitavo dia, que celebramos com intensidade o mistério pascal (cf. SC 106), páscoa de Cristo na páscoa da gente. Constância, totalidade, plenitude (cf. SC 108). Assim, além do convite e compromisso com a celebração dominical, onde melhor podemos encontrar constância?

As “novas inteligências” sugerem, ainda, um acompanhador – “treinador” – aquele que te segue no caminho da plenitude do Espírito. Ser “acompanhador”, na riqueza dos Padres da Igreja, recordada pelo Movimento Litúrgico e pela reforma do Concílio Vaticano II, é ser mistagogo. Uma sublime e plena mediação. Fazer mistagogia é o processo de conduzir alguém para dentro do mistério da fé (Mist de mistério e agogia de condução). Então, quem será nosso melhor “acompanhador”, senão o próprio Cristo? É Ele mesmo que nos conduz para dentro do mistério ao se revelar como presença atualizada no pão partido. É Ele, que, destruindo a morte, garantiu-nos a vida em plenitude.

Enfim, é sempre admirável a desarmante novidade da liturgia e da ação ritual, que mesmo na sua sempre igual “repetição”, faz os nossos dias serem sempre novos e diferentes, na santificação das horas, na comunhão com as palavras, na relação com a presença de Deus e do outro na nossa vida, no perdão mútuo, na conversão contínua, no seu equilíbrio penetrante, na sua intensa e transparente beleza, na sua constante e plena sublimidade. Além de toda esta riqueza ser “de graça”, ela é, ainda, a fonte e o cume de toda a Graça.

Referências:

CONCÍLIO VATICANO II, Sacrosanctum Concilium, 04-12-1963.

PAULO VI, Discurso de conclusão do Concílio Vaticano II, 04-12-1963.

Â. CARDITA, A experiência ritual cristã. Por uma prática teológica contextualizada e aberta, Círculo Universitário, Porto 2014.

A. GRILLO, Ritos que educam, CNBB, Brasília 2017.

A. GRILLO, Eucaristia, Queriniana, Brescia 2019.

G. BOSELLI, O sentido espiritual da liturgia, CNBB, Brasília 2013.

J. PEREIRA, A ação ritual como fonte de vida espiritual, Disponível neste link. 

VV.AA. Liturgia e terapia. A sacramentalidade a serviço do homem na sua totalidade, Paulinas, São Paulo 1998.

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