Em Gaza, o frio e a chuva continuam a matar. E a ajuda humanitária não chega aos refugiados

Foto: Khames Alrefi/Anadolu Ajansi

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16 Dezembro 2025

Na Faixa de Gaza, o número de mortos devido ao frio intenso e à tempestade Byron, que assolam a região há vários dias, está aumentando. Esta manhã, a Defesa Civil Palestina informou que o número de mortos chegou a 16, entre os quais dois recém-nascidos e a menina de nove anos que morreu ontem de hipotermia. O frio é, portanto, um pesadelo que assola todos os campos de refugiados, onde milhares de pessoas vivem amontoadas em abrigos improvisados, sem qualquer proteção, inclusive contra a fúria das águas.

A informação é publicada por L'Osservatore Romano, 13-12-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Além das inúmeras mortes, há também dezenas de feridos que estão encontrando extrema dificuldade para receber atendimento nos hospitais locais, muitos dos quais estão superlotados: a Organização Mundial da Saúde informou que, em toda a Faixa de Gaza, apenas 18 dos 36 hospitais estão funcionando.

E enquanto as organizações humanitárias denunciam a não chegada de comboios com suprimentos básicos de socorro, incluindo cobertores e roupas quentes, bloqueados nos pontos de acesso à Faixa de Gaza por razões aparentemente espúrias, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou ontem, por ampla maioria, uma resolução que pede a Israel permitir "acesso humanitário irrestrito à Faixa de Gaza, respeitar a inviolabilidade das instalações da ONU e a cumprir suas obrigações em conformidade com o direito internacional".

Mas o frio e a chuva não são os únicos a matar. Um jovem palestino da cidade de Jabalia, a quatro quilômetros da Cidade de Gaza, foi morto a tiros esta manhã em uma operação militar conduzida pelas Forças de Defesa de Israel, apesar do cessar-fogo em vigor.

Segundo fontes locais, relatadas pela imprensa palestina, incursões militares semelhantes estão em curso no bairro de Al Tuffah, a leste de Gaza, e ao norte de Rafah, simultaneamente com as demolições das moradias civis a leste de Khan Yunis.

No âmbito diplomático internacional, houve um passo tímido. Algumas autoridades do governo dos EUA informaram a veículos de imprensa internacionais que, em 16 de dezembro, os Estados Unidos sediarão "uma conferência com países parceiros em Doha para planejar a força internacional de estabilização que será implantada na Faixa de Gaza como parte do plano de paz mediado pelos EUA".

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