Socialização política das juventudes é marcada mais por identidades e afetos do que por práticas deliberativas e cívicas. Entrevista especial com Patrícia Rocha

Juventude é atraída simbolicamente para a extrema-direita, afirma a cientista política

Foto: Pixabay

Por: Patricia Fachin | 26 Novembro 2025

A adesão dos jovens à extrema-direita é “relativamente discreta”. Predomina, no entanto, “um tipo de acolhimento simbólico” em torno das noções de patriotismo, coragem, liberdade e verdade, diz Patrícia Rocha ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. O modo de expressão direto, performático e emocional deste campo político, pontua a pesquisadora, tem gerado identificação com o público juvenil. “A extrema-direita foi particularmente hábil em explorar os recursos estéticos e miméticos do ambiente digital para se aproximar das juventudes”, avalia na entrevista a seguir concedida por e-mail.

Segundo ela, a atuação da extrema-direita nas redes sociais tem construído “uma ‘estética de resistência invertida’: um discurso que se apresenta como contestador, mas que mobiliza valores conservadores”. “Nesse contexto, observa-se a ascensão de uma mentalidade moralista e autoritária que, muitas vezes, se apresenta sob a aparência de bom senso. São jovens que afirmam defender a liberdade, mas defendem a censura ao que consideram inaceitável; que desconfiam das instituições políticas, mas depositam alto grau de confiança em agentes armados do Estado; que recorrem à retórica meritocrática em um país profundamente desigual. Essa mentalidade é alimentada pela convergência entre revisionismo histórico, discurso religioso e dinâmicas próprias da cultura digital”, contextualiza.

A atuação política nas redes sociais, adverte a pesquisadora, tem contribuído para a formação de jovens “politizados na forma, ativos nas redes, vocalizando posições contundentes, mas despolitizados no conteúdo, na medida em que tendem a rejeitar mediações institucionais e a aceitar soluções de corte autoritário. É uma socialização marcada mais por identidades e afetos do que por práticas deliberativas e cívicas”.

A socialização política da juventude está sendo forjada num contexto sociopolítico de desconfiança, insatisfação, sensação de abandono e ineficácia do Estado. Neste caldo sociocultural, a extrema-direita não só capitaliza os sentimentos da população para si como também é uma “expressão sintomática da falência de mediações políticas tradicionais”, destaca.

A desconfiança estatal, sintoma observado tanto entre eleitores à esquerda quanto à direita, explica a pesquisadora, tem origem no “descompasso entre a democracia formal e a democracia substantiva”. A institucionalização da democracia, observa, “não se converteu plenamente em melhorias concretas na vida das pessoas, sobretudo no que diz respeito a bem-estar, igualdade e acesso a direitos”.

Patrícia Rocha (Foto: Arquivo Pessoal)

Patrícia Rocha é graduada em Ciências Sociais e mestra em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisa a cultura juvenil e a ascensão da extrema-direita brasileira.

Confira a entrevista.

IHU – Você já afirmou que a extrema-direita “não surgiu do nada. Ela se alimentou de décadas de insatisfação com o sistema político”. A emergência da extrema-direita no Brasil é uma reação ao sistema político? A quais insatisfações ela reage?

Patrícia Rocha – Apesar de a maior parte da população declarar apoio à democracia de maneira geral, a cultura política brasileira continua marcada por um traço persistente: a desconfiança nas instituições políticas. Pesquisas realizadas na década de 1990 e replicadas na primeira década dos anos 2000 revelaram que a percepção negativa e a desconfiança nessas instituições políticas não se restringem a um grupo específico; ela atravessa diferentes classes sociais, níveis educacionais e faixas etárias, indicando um padrão amplo e enraizado de distanciamento em relação ao sistema político.

Essa desconfiança se explica, em grande medida, pelo descompasso entre democracia formal e democracia substantiva. Do ponto de vista institucional, o país consolidou regras, eleições e procedimentos democráticos. No entanto, essa dimensão formal não se converteu plenamente em melhorias concretas na vida das pessoas, sobretudo no que diz respeito a bem-estar, igualdade e acesso a direitos. Esse descompasso alimenta a percepção de que a democracia funciona, mas não entrega o que promete.

Expressão sintomática

A extrema-direita brasileira é uma expressão sintomática da falência de mediações políticas tradicionais. Ela capitaliza décadas de insatisfação e desconfiança em relação à política institucional, reforçadas pelos escândalos de corrupção (Mensalão, Lava Jato) altamente mediatizados, que corroeram a legitimidade dos partidos. Somam-se as crises econômicas e a sensação de abandono e de ineficácia do Estado em atender necessidades básicas dos cidadãos. Esses elementos conformam um reservatório de ressentimentos que a extrema-direita converteu em narrativa moralizadora, antipolítica e salvacionista. Assim, foi conveniente oferecer líderes e soluções autoritárias como resposta a essa “falência” do sistema. Ela aparece como quem vai “arrumar a casa”, “falar a verdade” e “acabar com tudo que está aí”. Quando o sistema político deixa de ser percebido como meio de transformação da vida das pessoas, ele se torna o alvo.

Então, pode-se dizer que é uma espécie de reação ao sistema, sim, mas também ao modo como a democracia brasileira foi se tornando distante das pessoas. O discurso da extrema-direita, nesse sentido, não inventa a crise de representação: ele a coloniza, e a transforma em energia mobilizadora. A antipolítica virou o grande motor político da extrema-direita. Isso ajuda a entender como lideranças autoritário-populistas convertem desconfiança e polarização em base eleitoral, deslocando o centro do espectro político e influenciando comportamentos e valores.

IHU – Para compreender o fenômeno da extrema-direita no Brasil, precisamos separar a extrema-direita, seus discursos e propostas políticas, da população que vota na extrema-direita como reação à esquerda e ao sistema político?

Patrícia Rocha – Sim, essa distinção é analítica e importante. A extrema-direita organizada tem programas, estratégias e um projeto ideológico (autoritarismo, antipluralismo, moralismo, neoliberalismo, entre outros). O eleitorado que a apoia, entretanto, é heterogêneo. Muitos votam por rejeição ao establishment, antipetismo, anticorrupção ou por apelos morais, e não por adesão integral a todo o repertório ideológico.

Alinhamento ideológico consistente

Há uma distinção importante quanto analisamos o comportamento eleitoral: a escolha dos eleitores não segue necessariamente um alinhamento ideológico consistente. Os principais modelos explicativos (sociológico, psicossociológico e de escolha racional) mostram que fatores como contexto social, vínculos afetivos e percepções de curto prazo pesam muito mais do que convicções ideológicas estruturadas. Estudos sobre sofisticação política no Brasil já evidenciavam, desde os anos 1980, que grande parte do eleitorado possui baixo nível de informação sobre política e pouco repertório para organizar preferências ideológicas de forma coerente. Isso contribui para escolhas marcadas pelo personalismo, pela receptividade a discursos moralizados e pela vulnerabilidade aos discursos populistas.

Em outras palavras, o eleitorado que hoje vota na extrema-direita não é homogêneo e, na maioria das vezes, não adere integralmente ao projeto ideológico desse campo. A motivação costuma ser afetiva ou conjuntural e, em alguns casos, marcada por frustração ou busca por respostas simples diante de crises. Por isso, é fundamental distinguir a extrema-direita organizada, que tem um projeto claro, do eleitor que a apoia. Confundir esses dois níveis empobrece a análise e dificulta a compreensão das possibilidades de desmobilização, diálogo e educação política.

IHU – Que ideologias definem a extrema-direita brasileira?

Patrícia Rocha – O avanço da extrema-direita atual no Brasil acompanha uma tendência global, mas possui especificidades importantes. Enquanto na Europa esse fenômeno costuma emergir em torno de pautas estruturais e pós-materialistas, com partidos definidos como nacionalistas, populistas e autoritários, orientados, sobretudo, por disputas culturais, no Brasil, o campo da extrema-direita é mais heterogêneo. Ele reúne grupos muito distintos: saudosistas do regime militar, conservadores morais, neoliberais radicais, anticomunistas e até defensores da monarquia. Por isso, alguns autores têm descrito esse fenômeno como um “novo conservadorismo” articulado a partir de influências internacionais, mas adaptado à realidade socio-histórica brasileira. Apesar dessa diversidade, é possível organizar a extrema-direita brasileira em três eixos centrais.

O primeiro é o neoliberalismo econômico, sustentado pela ideia de que o Estado atrapalha e de que o mercado seria capaz de resolver todos os problemas. Trata-se de uma visão que promove o Estado mínimo, exalta a meritocracia e transforma o indivíduo em “empreendedor de si”.

O segundo eixo é o conservadorismo moral, fortemente enraizado em valores cristãos e na defesa da chamada “família tradicional”. Eventos como a eleição de 2018 e o fortalecimento da bancada evangélica ilustram essa força cultural. É um discurso que encontra grande ressonância social, já que a religiosidade cristã permanece profundamente incorporada ao tecido social brasileiro.

O terceiro eixo é o autoritarismo institucional, expresso no apelo explícito e contínuo às Forças Armadas como solução política, na nostalgia da ditadura e na valorização de figuras de autoridade forte. Curiosamente, embora grande parte da população desconfie das instituições políticas, as Forças Armadas e as polícias ainda gozam de alto prestígio.

A tudo isso se somam o populismo digital, que opera por meio de redes sociais e influenciadores, e o anticomunismo reatualizado, que retoma a lógica binária da Guerra Fria. A polarização extrema, transformando adversários em inimigos, funciona como elemento agregador entre grupos distintos e ajuda a dar coesão a esse campo político tão fragmentado.

IHU – Que posições políticas e valores políticos os jovens em idade de 13 a 24 estão manifestando, segundo suas pesquisas? Percebe nuances e variações de pensamento entre os jovens de escolas públicas e privadas?

Patrícia Rocha – As pesquisas com juventudes não revelam grandes rupturas em relação à população em geral. Muitos jovens hoje se identificam como “de centro”, mas, na prática, essa autodeclaração costuma expressar mais uma recusa ao posicionamento do que uma posição ideológica propriamente dita. É uma neutralidade que soa prudente, mas que frequentemente reflete desinteresse, cansaço e até certo nível de alienação política. Eles afirmam valorizar a democracia, mas, quando confrontados com cenários de crise, aceitam soluções autoritárias se acreditarem que isso vai “colocar as coisas no lugar”. A literatura chama essa combinação de “apoio difuso”: um apego abstrato à democracia, mas sem compromisso consistente com seus princípios.

Entre os jovens de escolas particulares e classes mais altas tende a ter maior capital político (conhecimento, eficácia percebida, redes), mais repertório democrático prático, observamos discursos mais articulados e, por vezes, mais conservadores. Já entre os de escolas públicas, aparece com mais força a apatia, a descrença e um sentimento profundo de frustração com a política. Ainda assim, há um ponto de convergência entre todos eles: a percepção de que a política é algo distante, sujo e ineficaz. Esse imaginário reforça uma cultura política marcada pela desconfiança e pelo desencantamento com o sistema político, o que dificulta a construção de participação e engajamento mais consistentes.

IHU – O que explica a adesão dos jovens à extrema-direita? Ela é consequência de uma identificação com um conjunto de valores ou uma reação aos governos de esquerda?

Patrícia Rocha – Os dados trazidos pela pesquisa entre 2002 e 2019 apontam uma adesão relativamente discreta dos jovens à extrema-direita. Ainda assim, a dinâmica política dos últimos anos exige atenção, porque processos de radicalização podem se intensificar rapidamente, sobretudo em um ambiente comunicacional profundamente transformado pelas redes sociais. Embora o simples acesso à internet não tenha se convertido em participação política institucional, como se esperava, a digitalização ampliou outras formas de engajamento que também são políticas, ainda que não tradicionais de representação e mediação política, como a participação em grupos religiosos, comunidades identitárias ou influenciadores de cunho moralista, por exemplo.

Nesse contexto, a extrema-direita foi particularmente hábil em explorar os recursos estéticos e miméticos do ambiente digital para se aproximar das juventudes. Mais do que uma adesão ideológica consistente, o que se observa é um tipo de acolhimento simbólico. A extrema-direita oferece elementos que ressoam entre os jovens: pertencimento, comunidade, emoção. Enquanto a política tradicional continua marcada por discursos técnicos, siglas e burocracias, esse campo político fala em “patriotismo”, “coragem”, “liberdade” e “verdade”, de forma direta, performática e emocional, sobretudo por meio de memes, humor e narrativas heroicas.

Isso gera identificação. Há, claro, um componente reativo: rejeição à esquerda, à política institucional, ao que se convencionou chamar de “politicamente correto”. Mas há também uma busca por sentido. Muitos jovens querem fazer parte de algo maior, sentir-se reconhecidos e integrados a uma comunidade. A extrema-direita soube ocupar esse espaço de forma rápida, afetiva e altamente eficaz do ponto de vista comunicacional.

IHU – Quais discursos da extrema-direita mais ressoam entre os jovens? Com quais pautas as juventudes se identificam?

Patrícia Rocha – Os dados levantados indicam, de forma consistente, a prevalência de uma retórica antipolítica e antiestablishment entre os jovens, com a corrupção sendo apontada como o principal problema do país. Observa-se também uma forte adesão a discursos de ordem e segurança, evidenciada pelos elevados índices de confiança e valorização atribuídos à polícia e às Forças Armadas. Soma-se a isso o conservadorismo moral-religioso e a centralidade de narrativas de pertencimento, reforçadas pelo aumento da participação em atividades religiosas, especialmente em igrejas neopentecostais e em comunidades digitais.

Estética de resistência invertida

Há, ainda, um componente estético decisivo. A extrema-direita soube apropriar-se de linguagens contemporâneas, dominando formatos como memes, vídeos curtos, humor transgressor e performances digitais. Esse repertório contribuiu para construir o que chamo de uma “estética de resistência invertida”: um discurso que se apresenta como contestador, mas que mobiliza valores conservadores. Elementos como o revisionismo histórico, difundido por plataformas de streaming, como no caso do Brasil Paralelo, as campanhas do movimento “Escola sem Partido” e a reconfiguração das próprias igrejas neopentecostais também têm exercido papel relevante na formação política desses jovens.

O discurso de “não ser manipulado”, de “dizer o que se pensa”, de “combater a corrupção” e de “restaurar a ordem” encontra grande ressonância entre eles. Trata-se, muitas vezes, de uma rebeldia que serve a pautas conservadoras. Há certo fascínio pela ideia de “ser contra tudo”, uma identidade política construída pela negação. Além disso, a estética adotada pela extrema-direita, moderna, ágil, emocionalmente mobilizadora, transmite um forte sentimento de autenticidade. Em alguma medida, o apelo reside justamente nisso: na percepção de que “eles falam o que eu penso, sem medo”.

IHU – Quais os efeitos da ascensão da extrema-direita na formação sociocultural e política dos jovens? Que mentalidade está sendo forjada nas juventudes?

Patrícia Rocha – Costumamos associar a juventude a uma postura naturalmente contestadora. No entanto, as pesquisas sobre socialização política no Brasil mostram um cenário distinto. Historicamente, esses estudos revelam dificuldade na internalização de valores democráticos entre os jovens, que tendem a apresentar baixo interesse por política, reduzidos níveis de participação e limitada confiança nas instituições democráticas. Esses padrões contrastam com os elevados índices de confiança nas Forças Armadas, na polícia e nas instituições religiosas, evidenciando traços persistentes da herança autoritária brasileira.

Nesse contexto, observa-se a ascensão de uma mentalidade moralista e autoritária que, muitas vezes, se apresenta sob a aparência de bom senso. São jovens que afirmam defender a liberdade, mas defendem a censura ao que consideram inaceitável; que desconfiam das instituições políticas, mas depositam alto grau de confiança em agentes armados do Estado; que recorrem à retórica meritocrática em um país profundamente desigual. Essa mentalidade é alimentada pela convergência entre revisionismo histórico, discurso religioso e dinâmicas próprias da cultura digital. Plataformas como o Brasil Paralelo substituem, em certa medida, o espaço escolar; igrejas passam a cumprir o papel de mediadoras normativas; e os algoritmos organizam o fluxo de informação, pautando percepções e afetos.

O resultado é um processo de socialização política fortemente emocionalizado, no qual sentir se sobrepõe a refletir, fé se confunde com argumento, e autoridade se converte em verdade. O risco maior não está apenas no extremismo explícito, mas na normalização cotidiana de posições autoritárias.

Ao final, formam-se jovens politizados na forma, ativos nas redes, vocalizando posições contundentes, mas despolitizados no conteúdo, na medida em que tendem a rejeitar mediações institucionais e a aceitar soluções de corte autoritário. É uma socialização marcada mais por identidades e afetos do que por práticas deliberativas e cívicas.

IHU – Segundo sua pesquisa, observa-se “um padrão de desengajamento persistente por parte dos jovens em relação a atividades políticas e comunitárias”. A que atribui esse fenômeno e como seria possível revertê-lo?

Patrícia Rocha – Há vários fatores, como já mencionado, a política institucional perdeu credibilidade. Diversos elementos contribuem para o distanciamento juvenil em relação à política institucional. Em primeiro lugar, há uma crise persistente de credibilidade das estruturas tradicionais. Partidos envelhecidos, lideranças pouco responsivas e um histórico de promessas não cumpridas produzem desconfiança crônica. Além disso, o cotidiano dos jovens é marcado por temporalidades aceleradas, práticas altamente individualizadas e sociabilidades digitais, dinâmicas que contrastam com os ritmos burocraticamente mediados da política convencional. Nesse cenário, a política passa a ser percebida menos como prática cidadã e mais como espetáculo. Soma-se a isso uma sensação difusa de impotência: a percepção de que a participação não gera resultados tangíveis e de que “nada muda”, independentemente do engajamento.

Para enfrentar esse quadro, não basta transmitir conteúdos sobre democracia; é necessário criar condições concretas para que ela seja experienciada. A participação só se torna significativa quando o jovem percebe que sua ação produz efeitos, e isso requer reconstruir confiança, um processo gradativo, que não se impõe por decreto, mas se produz por meio de práticas institucionais consistentes.

Entre as estratégias mais promissoras para reverter o desengajamento juvenil destacam-se:

• educação política robusta e educação midiática crítica, incorporando competências deliberativas, literacia digital, mecanismos de checagem e análise de desinformação, e compreensão sobre processos decisórios;

• criação de espaços institucionais de participação com impacto real;

• políticas de inclusão social e econômica, que enfrentem a insegurança material imediata, elemento central para permitir que jovens tenham condições efetivas de participação;

• articulação entre ativismo digital e organização territorial, de modo a traduzir o engajamento online em ações coletivas concretas nas comunidades;

• transparência e accountability ampliados, reforçando mecanismos de controle social e comunicação institucional para recompor a confiança pública;

• fomento a espaços culturais, redes de pensamento crítico e iniciativas de debate plural.

A combinação dessas medidas cria condições para reintegrar a juventude aos processos democráticos, transformando a participação em experiência significativa e não em mera formalidade cívica.

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