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10 anos após o Acordo de Paris: “O que falta às COPs é poder vinculativo”. Entrevista com Jean Jouzel

Fonte: Pixabay

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11 Novembro 2025

Por ocasião da COP30 em Belém, Brasil, Usbek & Rica conversou com o paleoclimatologista Jean Jouzel para fazer um balanço do Acordo de Paris, que celebra seu 10º aniversário este ano.

A entrevista é de Emilie Echaroux, publicada por Usbek & Rica, 10-11-2025. A tradução é do Cepat.

Foi uma reunião que se mostrou decisiva, para dizer o mínimo. Poucos meses após a publicação do primeiro volume do Quinto Relatório de Avaliação do IPCC, no final de 2013, Jean Jouzel foi convidado ao Palácio do Eliseu pelo presidente François Hollande para apresentar as principais conclusões. Acompanhado por vários colegas, o paleoclimatologista — na época vice-presidente do Grupo de Trabalho Científico do IPCC — confirmou a trajetória anormal do aquecimento global e avaliou o “orçamento de carbono” restante para limitar esse aquecimento a menos de 2°C até o final do século. “Naquela época, a França ainda não havia decidido se candidatar para sediar a Conferência das Partes (COP) de 2015, que já sabíamos que seria crucial”, recorda Jean Jouzel. “Mas aquela reunião no Palácio do Eliseu, sem dúvida, desempenhou um papel importante na decisão”.

Dois anos após esse encontro de pequena escala, Paris finalmente recebeu delegações de 195 países para a COP21 e, ao seu término, consagrou a adoção de um tratado histórico: o Acordo de Paris. O objetivo era claro e ambicioso: manter o aumento da temperatura média do planeta bem abaixo de 2°C em comparação com os níveis pré-industriais e, de preferência, não ultrapassar 1,5°C.

Mas o que realmente resta desse tratado e de suas ambições, dez anos após sua assinatura por 196 partes? Com a abertura da 30ª COP nesta segunda-feira em Belém, Jean Jouzel faz um balanço das últimas dez reuniões entre os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e projeta a próxima década para delinear o futuro da governança climática global.

Eis a entrevista.

Vamos recapitular. A partir do outono de 2014, você se reuniu a cada três semanas com o comitê organizador da COP21 para monitorar o andamento dos preparativos. Quais eram suas expectativas à medida que a 21ª Conferência das Partes se aproximava?

Na época, eu esperava principalmente que, à medida que as mudanças climáticas se tornassem realmente perceptíveis — e se tornaram, especialmente pelo aumento da frequência de eventos climáticos extremos —, a conscientização se intensificaria. Hoje, são poucos os que ainda podem negar que o clima está mudando.

Eu pensava então que a própria realidade do aquecimento global impulsionaria as sociedades à ação e que o mecanismo do Acordo de Paris, baseado em uma revisão regular dos compromissos a cada cinco anos, sem a possibilidade de reduzi-los, era particularmente bem concebido. Mas, infelizmente, vemos que poucos países estão de fato cumprindo suas obrigações.

Você já viu um antes e um depois do Acordo de Paris?

Em termos de um antes e um depois, o mais marcante para mim remonta a bem antes de 2015. Eu me lembro da minha primeira COP, em 2001: as discussões ainda estavam focadas na necessidade de limitar o aquecimento global e estavam apenas começando a mencionar, timidamente, a meta de não ultrapassar 2°C de aquecimento global. Na véspera do Acordo de Paris, todos estavam extremamente conscientes da urgência. Os negociadores já me faziam muito menos perguntas do que quando comecei sobre a relevância das medidas de mitigação para limitar os efeitos das mudanças climáticas – um sinal de que a ciência climática já havia se consolidado no centro das negociações internacionais.

Quanto ao efeito pré e pós-Acordo de Paris, infelizmente, ele é muito pequeno em termos numéricos. O relatório mais recente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) estima que podemos estar caminhando para um aquecimento de 2,3 a 2,5 °C até o final do século. Isso representa uma ligeira melhora em comparação com as estimativas anteriores, mas estamos longe da meta de não ultrapassar o limite de aquecimento de 2 °C. Meu receio é que os países produtores de petróleo continuem a promover a produção de combustíveis fósseis. Nesse cenário, o aquecimento muito provavelmente ultrapassará os 3,2 °C.

Você participa anualmente das Conferências das Partes (COPs) como representante da comunidade científica e do IPCC, na delegação francesa. Qual é a sua avaliação dos últimos dez anos? O Acordo de Paris e as COPs fracassaram em sua missão?

As COPs não fracassaram em suas promessas. O Acordo de Paris sempre foi claro nesse ponto: nunca garantiu que o planeta um dia retornaria a +1,5°C, mas afirmou esse objetivo como uma meta legítima, dadas as consequências do aquecimento global. Pessoalmente, continuo acreditando que o Acordo de Paris é um sucesso, pois consagrou objetivos ambiciosos: limitar o aquecimento a bem menos de 2°C e, se possível, a 1,5°C.

Mas, por outro lado, os compromissos assumidos pelos países signatários não são proporcionais aos desafios climáticos. Acordos anteriores, como o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Copenhague, tentaram estabelecer metas específicas para os países desenvolvidos, mas essa abordagem se mostrou inadequada.

Com o Acordo de Paris, a lógica se inverte: o objetivo não é mais impor metas, mas perguntar a cada país o que ele está disposto a fazer para reduzir suas emissões e se adaptar às mudanças climáticas. Essa mudança de perspectiva representa um desenvolvimento importante. A desvantagem é que os compromissos assumidos nem sempre são suficientes para atingir os objetivos estabelecidos.

Acima de tudo, a concretização dos objetivos do Acordo de Paris continua profundamente dependente da dinâmica do poder geopolítico. Isso já era evidente com o fracasso do Protocolo de Kyoto, quando George W. Bush se recusou a ratificá-lo. Observando o papel dos Estados Unidos na luta contra as mudanças climáticas, fica claro que ele tem sido frequentemente negativo, e a história comprovará isso.

Em 2015, eu não teria imaginado Donald Trump chegando ao poder no ano seguinte. Sua retirada do Acordo de Paris representou um duro golpe para a dinâmica internacional. Se os Estados Unidos tivessem demonstrado a mesma abordagem proativa que a China demonstra hoje, sem dúvida poderíamos ter ido muito mais longe.

A atitude estadunidense é, em muitos aspectos, destrutiva para os objetivos do Acordo de Paris. Donald Trump desafia diretamente o princípio sem precedentes da universalidade, que é precisamente a sua maior força para unir todos os países. Pior ainda, ele está tentando atrair outros países para a sua órbita — especialmente alguns produtores de petróleo e a Argentina, liderada por um governo populista politicamente alinhado a ele. A Europa está relativamente pouco afetada, com exceção da Hungria, cujo primeiro-ministro, Viktor Orbán, fez de tudo para enfraquecer as suas ambições a nível europeu.

Quais são as suas expectativas para a COP30, que começa nesta segunda-feira em Belém, Brasil?

Para mim, seria um sucesso se todos os principais países declarassem claramente que é preciso agir e apresentassem novos compromissos. Ainda não é bem o caso: existem promessas, mas falta ambição. Se uma frente unida de nações se opusesse coletivamente às políticas de Donald Trump, isso já seria uma vitória.

A China assumiu compromissos reais, mas ainda são insuficientes para serem compatíveis com a meta de 1,5°C. A Europa, por sua vez, também não demonstra muita ousadia. Seria, portanto, um sinal forte se os países reafirmassem sua vontade de avançar, em vez de ceder à dúvida ou à tentação de recuar. Alguns levantam a possibilidade de um enfraquecimento, ou mesmo do desaparecimento, do Acordo de Paris ou da Convenção sobre o Clima. Pelo contrário, gostaria que este período fosse uma oportunidade para reafirmar seu alcance e importância na luta contra as mudanças climáticas.

Como podemos dar mais peso às COPs na governança climática global?

O que falta às COPs é poder vinculativo. Atualmente, a vinculação é praticamente inexistente no âmbito das COPs. As obrigações legais dos Estados em relação à luta contra as mudanças climáticas, reconhecidas pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) e outros órgãos judiciais, baseiam-se em parte em instrumentos internacionais como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), o Protocolo de Kioto e o Acordo de Paris, mas vão além do âmbito estrito das COPs.

Poderíamos ir mais longe e seguir a proposta de Jacques Chirac de criar uma espécie de Organização Mundial do Meio Ambiente — uma estrutura comparável à OMC em seu auge, ou seja, dotada de direitos e obrigações verdadeiramente vinculativos. Mas, além da coerção, o que realmente precisamos é de genuína solidariedade internacional. Acredito mais nesse caminho do que em sanções.

Quais são suas expectativas para os próximos 10 anos?

Espero que estejamos caminhando para melhorias, porque o movimento climático já está firmemente estabelecido. Espero que o bom senso prevaleça, porque os próximos quinze anos serão decisivos: eles determinarão em grande parte o clima da segunda metade deste século.

Hoje, muito se fala em mitigação e adaptação — e isso é absolutamente essencial. Devemos tanto reduzir as emissões quanto nos adaptar às mudanças que já são inevitáveis. Mas meu receio é que um terceiro pilar se imponha gradualmente: a geoengenharia. Essa perspectiva me preocupa profundamente. Na minha opinião, devemos continuar no caminho da mitigação e da adaptação, rejeitando os excessos da geoengenharia.

Algumas técnicas, como a captura de CO₂, podem ser úteis, até mesmo essenciais, porque sempre haverá emissões residuais. Por outro lado, outras abordagens, como a engenharia solar ou a semeadura de nuvens, apresentam riscos e efeitos colaterais consideráveis, cuja extensão ainda é desconhecida. É melhor limitar nossas emissões de gases de efeito estufa desde o início, em vez de continuar poluindo e depois buscar soluções mirabolantes para absorver essas emissões.

Para alcançar isso, devemos nos concentrar na sobriedade energética?

Acredito que a sobriedade energética, a solidariedade e uma certa forma de equidade são essenciais. Não podemos impedir que os países em desenvolvimento se desenvolvam. Portanto, é fundamental apoiá-los, ajudando-os a construir seu crescimento em torno de uma economia amplamente baseada em energias renováveis. Sem essa solidariedade, as metas climáticas permanecerão inatingíveis.

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