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"A solidariedade é subversiva. Somos desobedientes? Não, praticamos obediência civil." Entrevista com Mattia Ferrari

Foto: AP | Free Malaysia Today

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24 Outubro 2025

O padre a bordo dos navios Mediterranea: "Nós os socorremos, eles nos salvam. As pessoas que praticam o acolhimento se sentem salvas por esses encontros; restituem o sentido profundo da vida." "Perguntei ao primeiro náufrago que encontrei no mar: de onde você é? Ele respondeu: do inferno." "O Papa Francisco nos ajudou; o Papa Leão XIV já está tomando decisões importantes em relação aos migrantes que sofrem fortes injustiças."

"O quinto encontro mundial dos movimentos populares é um processo iniciado com o Papa Francisco. Em muitas partes do mundo, esses movimentos começaram a caminhar juntos. Entre essas partes do mundo estava Buenos Aires, onde dom Mário Bergoglio havia vivido esse acompanhamento pessoalmente. Ao se tornar Papa, decidiu iniciar um processo onde esses caminhos pudessem convergir, numa dinâmica contínua entre local e universal”.

O padre Mattia Ferrari é o coordenador do encontro. Ele fala do edifício ocupado Spin Time, em Roma, onde coordena uma maravilhosa convergência — das Américas, Ásia, África e Europa — de ativistas, comunidades organizadas e trabalhadores que lutam por Terra, Teto, Trabalho. Quatro dias de debates. Na tarde de quinta-feira, 23, eles convergirão em uma peregrinação jubilar, do Spin Time ao Vaticano. Onde serão recebidos pela primeira vez pelo Papa Leão XIV.

Mattia também é o padre que vai ao mar com a plataforma Mediterranea Saving Humans. "Já estive no mar duas vezes, a última no ano passado, em 2024. Recentemente, com Luca Casarini, estivemos lá para inaugurar o novo navio".

A entrevista é de Daniela Preziosi e Tommaso D'Elia, publicada por Domani, 23-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Quando encontram náufragos, qual é o seu papel?

Em missões, as operações de resgate são extremamente delicadas, somos divididos em equipes. No primeiro momento deve intervir a equipe de resgate, dos primeiros socorros. Depois, assume o trabalho a equipe médica e, em seguida, a equipe de coordenação de hospedagem, que acolhe as pessoas a bordo. E é aí que entra o nosso trabalho, depois que as pessoas resgatadas receberam o primeiro exame médico de urgência e aqueles com ferimentos mais graves foram atendidas. As informações iniciais são coletadas e começam a ser construídas relações.

Os resgatados são sempre, ou quase sempre, de uma religião diferente da sua. Qual é o propósito de um padre católico no mar?

Nas missões de resgate no mar, encontramos muitas religiões: cristãos católicos, cristãos protestantes, ortodoxos, muçulmanos. Muitas dessas pessoas vêm de países onde as diferenças são vividas. Muitos, assim que começam a conversar, nos contam de relações de fraternidade que existem entre eles, cristãos e muçulmanos. A presença de um padre, isto é, da Igreja, não é vista em sentido ideológico. Um muçulmano não pergunta por que há um padre ali e não um imã, porque quando na base tem fraternidade, não se sentem excluídos por isso. Nosso mundo ocidental se perde em debates ideológicos, mas a vida vem primeiro, e depois as ideias. O valor político das relações vem primeiro. Minha primeira missão foi em 2019; eu estava presente quando o segundo resgate aconteceu. Na época, havia um clima cultural difícil; o nosso navio era chamado o navio dos centros sociais.

Não era?

Claro que não, é também o navio dos centros sociais, mas não só. Eu estava preocupado. Até com medo; eu nunca tinha estado em um mar assim. Mas imediatamente percebemos que a nossa força está nas relações. Em um contexto muito difícil, no meio do mar, com companheiros de viagem muito diferentes, mas unidos por relações fortes.

Seu trabalho de resgatar pessoas é essencialmente um crime pela nossa lei. No mínimo, é favorecimento, como a acusação que Luca Casarini e outros estão enfrentando em Ragusa agora. Por quê?

Vários planos se sobrepõem. Por um lado, há uma criminalização da solidariedade, que hoje se tornou um fenômeno cultural mais que político, e não apenas para os migrantes. Um mundo individualista, fascinado pelos autoritarismos, está se delineando cada vez mais. A solidariedade é a coisa mais subversiva que existe. Os autoritarismos sempre se basearam no lema "eu não me importo", a solidariedade se baseia no lema "eu me importo". Que é o seu inverso. Mas outros planos se sobrepõem: as pessoas frequentemente têm medo da imigração, porque em uma sociedade individualista, outras pessoas, especialmente se forem diferentes de você, assustam. É aqui que a política deve se colocar: deve guiar e acompanhar o povo em seu desenvolvimento humano integral, não fomentar o medo em busca de consenso. Foram propostas falsas associações, como imigração-segurança. Qualquer estudo mostra que a associação é, na verdade, exclusão social-segurança. Trabalhar pela segurança é importante. Portanto, devemos trabalhar pela inclusão, porque uma sociedade na qual as pessoas não são marginalizadas também é muito mais segura.

Suas missões são um fator de impulso para a imigração?

Mais um ponto desmentido por todos os dados. A verdade é que o número de partidas costuma ser maior quando há navios no mar. E, de qualquer forma, é como dizer que as pessoas dirigem de forma imprudente porque há ambulâncias. O verdadeiro fator de impulso é a desumanidade que os migrantes vivem na Líbia e, agora, também na Tunísia. Essas pessoas foram para lá para trabalhar; a Europa não era seu destino principal.

Piantedosi está correto, vocês chegam perto das águas líbias?

No mar, operamos em total conformidade com a legalidade, como muitas investigações reconheceram. Não entramos em águas líbias; entramos na zona SAR da Líbia, que são águas internacionais. Quando nos disseram para sermos coordenados pela chamada Guarda Costeira da Líbia, recusamos. Fomos investigados e, em seguida, o próprio Ministério Público pediu o arquivamento do caso por reconhecer que a ordem que nos foi dada violava o direito internacional. Se alguém dá uma ordem errada, nós desobedecemos. É por isso que dizemos que "realizamos uma obra de obediência civil", não de desobediência. Também usamos outra expressão: "Praticamos obediência civil e desobediência moral". Não a moral da Igreja, mas aquela do "eu não me importo". Afirmamos a moral da solidariedade.

O Papa Francisco ajudou a Mediterrânea. Hoje, com Leão XIV, alguma coisa mudará?

O Papa Francisco nos ajudou muito, mas, pelo bem da verdade, depois. Foi a Igreja que começou a nos ajudar. Quando começamos a ter relações com o Papa Francisco, já tínhamos relações com cerca de 70 bispos do Mediterrâneo. Paróquias, escoteiros. Quando Francisco chegou, toda a Igreja já estava se movendo conosco. Tanto que, quando Francisco morreu, não ficamos sozinhos. Conhecemos a história do Papa Leão. Nestes primeiros meses de seu pontificado, ele já deu sinais claros. É importante como está atuando nos EUA, onde toda a Igreja está realizando uma maravilhosa ação de solidariedade e fraternidade para com os migrantes que estão sofrendo graves injustiças.

O que é o mar para o senhor hoje?

Quando nos encontramos no meio do mar, após as operações de resgate, a humanidade é uma espécie de condição primordial. O elemento profundo é a fraternidade: você se encontra com pessoas do mundo inteiro unidas, que se abraçam. Você se pergunta como é possível que existam tantas guerras no mundo, um sistema econômico tão injusto, com alguns enriquecendo à custa de outros. Nós os resgatamos, eles nos salvam. Pessoas que praticam o acolhimento se sentem salvas por esses encontros que restituem o profundo sentido da vida. No mar, você não tem nada, mas entende que, para nós, seres humanos, a enorme e profunda riqueza são as relações.

Qual foi a primeira pessoa que o senhor viu no mar?

No meu primeiro resgate, vimos um barco. Ao longe, com o binóculo. Chegamos perto com o veleiro, aquele de apoio do Mare Ionio, porque aproximar-se com o navio grande seria perigoso. Um de nós perguntou: "De onde vocês são?". Um deles respondeu: "Do inferno".

O senhor é um dos "ativistas" que sofreram interceptação telefônica. Tem alguma ideia de quem autorizou?

Tenho poucas respostas, mas muitas perguntas. Sabemos quem fez isso com Luca Casarini, Beppe Caccia e David Yambio; foram os serviços secretos, o Copasir disse isso. Mas por quê? David foi espionado no celular registrado em meu nome, que eu dei a ele porque esse telefone é uma ferramenta de solidariedade, de transmissão das vozes e histórias de migrantes para a Europa, para movimentos e instituições. Por que a solidariedade está sendo espionada? Porque a solidariedade se tornou subversiva. No entanto, o relatório do Copasir diz que não foram os serviços secretos que fizeram isso no telefone de Francesco Cancellato e no meu. Então, quem? Não estamos interessados no conflito político, mas na reconciliação, mas o pré-requisito para a reconciliação é a verdade. Estamos interessados em um encontro com as instituições. Até o momento, isso não aconteceu. Desde quando a solidariedade se tornou subversiva? O mundo está em chamas: ou nos unimos e redescobrimos um significado profundo para a nossa existência, ou todos queimaremos com o mundo. Os sinais são importantes, das guerras às mudanças climáticas. Se quisermos nos salvar, devemos dar as mãos. E apagar o incêndio.

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