EUA dizem que os movimentos de Israel para anexar a Cisjordânia colocam em perigo o plano de Trump para Gaza

Foto: Anadolu Ajansi

Mais Lidos

  • Legalidade, solidariedade: justiça. 'Uma cristologia que não é cruzada pelas cruzes da história torna-se retórica'. Discurso de Dom Domenico Battaglia

    LER MAIS
  • Carta aberta à sociedade brasileira. Em defesa do Prof. Dr. Francisco Carlos Teixeira - UFRJ

    LER MAIS
  • O triunfo póstumo de Hannah Arendt. Artigo de Andrea Aguilar

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

23 Outubro 2025

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, viaja a Israel, onde se reunirá com o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu. Trump envia Marco Rubio para se reunir com Netanyahu enquanto JD Vance está em Israel tentando salvar o precário cessar-fogo com o Hamas.

A informação é publicada por El Diario, 23-10-2025. 

O secretário de Estado, Marco Rubio, advertiu nesta quinta-feira contra a anexação da Cisjordânia, afirmando que a medida votada pelo Parlamento israelense ameaça o acordo sobre Gaza.

Na quarta-feira, o Knesset (Parlamento de Israel) aprovou, em leitura preliminar, por 25 votos a favor e 24 contra, uma proposta para anexar o território palestino ocupado da Cisjordânia. Este primeiro passo antecede outras três votações necessárias para transformar o projeto em lei, que diz: “O Estado de Israel aplicará suas leis e soberania às áreas de assentamento na Judeia e Samaria, a fim de estabelecer o status dessas regiões como parte inseparável do Estado soberano de Israel”.

“É uma votação no Knesset, mas acredito que o presidente deixou claro que não é algo que apoiamos neste momento, e achamos que isso pode colocar em risco o acordo de paz”, declarou Rubio a jornalistas antes de partir para Israel, segundo a agência Reuters.

“Eles são uma democracia, vão realizar suas votações e as pessoas adotarão essas posições. Mas, neste momento, achamos que isso pode ser contraproducente”, acrescentou, segundo a AFP. Questionado sobre o aumento da violência de colonos israelenses radicais contra palestinos na Cisjordânia, respondeu: “Estamos preocupados com qualquer coisa que possa desestabilizar o que construímos”.

Viagem de Rubio a Israel

Rubio viaja a Israel, onde ficará até o próximo sábado, para dar continuidade à implementação do plano do presidente Donald Trump para Gaza, conforme confirmou o Departamento de Estado em comunicado.

A porta-voz do governo israelense, Shosh Bedrosian, informou que o chefe da diplomacia americana se reunirá com o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu nesta sexta-feira.

Esta visita, a terceira de Rubio a Israel desde meados de setembro, segue-se às viagens do vice-presidente dos EUA, JD Vance, do enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e de Jared Kushner, genro de Donald Trump.

No dia 10 de outubro entrou em vigor um precário cessar-fogo entre Hamas e Israel, após mais de dois anos de genocídio que deixaram 68.200 palestinos mortos — entre eles cerca de 20.000 crianças, e a Faixa de Gaza devastada.

No entanto, no último domingo, Israel voltou a bombardear o enclave após a morte de dois soldados, matando 45 palestinos e pondo em risco a continuidade da trégua.

Novo ataque israelense

Nesta quinta-feira, segundo a agência EFE, tanques israelenses bombardearam nas primeiras horas a área de Sheikh Nasser, ao sul de Khan Yunis, “com potentes explosões ouvidas em toda a região”, segundo fontes locais, apesar do cessar-fogo. Até o momento, não há informações sobre vítimas.

A área de Sheikh Nasser fica próxima da recém-designada “linha amarela”, ponto até onde as tropas israelenses recuaram dentro do território de Gaza como parte do acordo, e onde a população gazense tem proibido se aproximar.

Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em 10 de outubro, o exército tem aberto fogo constantemente a partir de posições nessa “linha amarela” contra civis palestinos que tentam retornar às suas casas para verificar seu estado, muitos dos quais desconheciam estar em “zona militarizada”.

O exército informou esta semana que começou a sinalizar essa “linha amarela” com postes de concreto de 3,5 metros de altura pintados de amarelo, colocados a cada 200 metros.

Em 13 dias de trégua, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza registrou pelo menos 88 mortos e 315 feridos palestinos em ataques israelenses.

Leiam mais