Esta é a vida cotidiana da população palestina durante a temporada de colheita de azeitonas na Cisjordânia

Foto: Susi50 | pixabay

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22 Outubro 2025

Esta está se mostrando uma campanha particularmente difícil para os palestinos, já que os ataques dos colonos se intensificaram em comparação aos anos anteriores.

A reportagem é de Ricardo Esteves Ribeiro, publicada por El Salto, 22-10-2025.

Enquanto em Gaza o que a comunidade internacional chama de "paz" está por um fio, na Cisjordânia, em plena época de colheita da azeitona, os ataques dos colonos israelenses, com a aprovação do exército sionista, não dão trégua à população palestina.

Em Beita, no norte do território, em 11 de outubro, o exército israelense tentou impedir famílias palestinas de trabalhar nos campos. Quando os moradores desafiaram as ordens militares e continuaram trabalhando, juntamente com cerca de cinco jornalistas e ativistas que estavam na área, os soldados dispararam bombas de gás lacrimogêneo contra o grupo, forçando-os a recuar temporariamente. Um homem ficou caído no chão, ferido, e um menino de 13 anos sofreu convulsões e teve que ser levado ao hospital. No mesmo dia, o exército atacou com balas de borracha e chumbo, e os colonos incendiaram vários veículos. Pouco depois, as famílias retomaram o trabalho, resistindo às ações militares. No fim do dia, conseguiram colher mais de 400 quilos de azeitonas.

Nos dias seguintes, em Idna, mais ao sul, cerca de 200 pessoas foram forçadas a abandonar os olivais onde trabalhavam devido à perseguição de colonos armados protegidos por soldados israelenses. Em Kafr Qaddum, perto de Nablus, soldados e colonos também assediaram a população local, cerca de 100 pessoas que estavam nos campos, por várias horas e ameaçaram prender jornalistas na área. Mesmo assim, a colheita continuou, ao som de cânticos como "Bella Ciao". Vários ativistas e jornalistas internacionais foram identificados pelo exército e ameaçados de prisão.

Conflitos também eclodiram em Al-Nazla Al-Sharquyia (Tulkarem) e Kufr Rai (Jenin) nos últimos dias, e o exército sionista atacou a população local com gás lacrimogêneo. No entanto, os agricultores da região, que resistem aos ataques sionistas há anos, insistem que não vão embora: "Não abandonarei minha terra", e são claros sobre isso.

Quando os colonos atacam, eles não se limitam a assediar a população: eles filmam os presentes, tiram fotos, ameaçam, roubam seus celulares e ferramentas agrícolas, e os empurram ou espancam. Esta tem sido uma campanha particularmente difícil para os palestinos, já que os ataques dos colonos se intensificaram em comparação aos anos anteriores. Apesar disso, a população local está determinada a resistir e continuar a colheita da azeitona.

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