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Leão XIV e o retorno do "Vigário de Cristo": entre humildade evangélica e tentação de poder

Foto: Vatican Media

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09 Outubro 2025

O recente gesto de Leão XIV de repropor o título de "Vigário de Cristo" durante seu discurso aos Cavaleiros de Colombo, desencadeou um forte debate na Igreja Católica: pode uma instituição nascida do Evangelho da humildade continuar a medir sua grandeza em títulos e honrarias?

A informação é de José Carlos Enríquez Díaz, publicada por Ataque al poder, de 08-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini. 

O título "Vicarius Christi", que significa "representante de Cristo", foi utilizado pelos papas por séculos como expressão de sua autoridade espiritual. No entanto, durante o pontificado de Francisco, foi relegado a um papel secundário, como sinal de uma Igreja mais simples e menos autorreferencial. O papa argentino quis lembrar que o Bispo de Roma não está acima dos demais fiéis, mas sim que ele é, acima de tudo, "o servo dos servos de Deus".

Leão XIV, restaurando solenidade a esse título, parece optar por um modelo eclesial mais institucional e hierárquico, mas também mais distante do espírito evangélico que inspirou Francisco.

Pois o Evangelho não deixa margem para dúvidas. Na passagem de Marcos (9,33-35), os discípulos discutiam ao longo do caminho sobre quem era o maior. Depois de ouvi-los, Jesus sentou-se e disse-lhes: "Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos". Essa é a grande lição que o Mestre quis transmitir: a autoridade na comunidade cristã não se mede pelo poder, mas pelo serviço.

E o próprio Jesus encarnou isso radicalmente. Ao entrar em Jerusalém, não o fez montado num cavalo de guerra nem escoltado por guardas, mas sim num humilde jumento, símbolo de mansidão e paz. O contraste com a pompa que frequentemente paira ao redor do papado é evidente. Enquanto Jesus avançava entre a multidão vestido como o povo, os papas herdaram séculos de símbolos imperiais: tronos, mitras bordadas a ouro, anéis de poder e cerimônias em que o esplendor substitui a simplicidade. Até mesmo as cadeiras gestatórias e as vestes luxuosas, embora hoje mais discretas, continuam a evocar uma imagem de distância. Tudo isso cria uma dolorosa contradição com o espírito do Evangelho.

O teólogo José María Castillo expressou isso com lucidez: "A Igreja, em vez de reproduzir a fraternidade igualitária de Jesus, reproduziu as estruturas do Império. E assim, quanto mais poder acumulou, mais se distanciou do Reino de Deus. Não se trata de uma crítica às pessoas, mas a uma cultura eclesial que confunde autoridade com poder e dignidade com pompa. A verdadeira autoridade cristã — aquela que convence e transforma — nasce apenas do testemunho.

Um exemplo luminoso desse testemunho foi Nicolás Castellanos, Bispo de Palência, que renunciou ao seu cargo episcopal para viver entre os pobres do planalto boliviano. Lá, fundou a organização "Homens Novos" e dedicou seus últimos anos à educação, à moradia e à dignidade dos mais desfavorecidos. Morreu pobre entre os pobres, assim como o Mestre vivera. Castellanos compreendeu que o Evangelho não se prega a partir dos palácios episcopais, mas no barro dos bairros marginalizados. Sua vida demonstra que se pode ser pastor sem trono, sem mitra, sem poder. E que justamente aí, nessa renúncia, reside a força do Evangelho.

A Igreja primitiva compreendeu bem isso. Não havia títulos nem palácios, mas comunidades que partilhavam o pão e os bens, nas quais todos se chamavam de irmãos. Mas, ao longo dos séculos, especialmente desde Constantino, a Igreja foi gradualmente se transformando em uma instituição poderosa, estruturada como um império espiritual com suas hierarquias e privilégios. O "Vigário de Cristo" tornou-se, na prática, uma figura de autoridade que refletia mais o poder de César do que a pobreza do carpinteiro de Nazaré.

O Papa Francisco tentou inverter essa lógica. Ele rejeitou carros de luxo, tronos dourados e os apartamentos papais, preferindo viver na residência de Santa Marta. Seu exemplo visava lembrar que o poder, quando não posto a serviço, degenera em vaidade. E que a Igreja só será credível quando se assemelhar ao Jesus do jumento, não ao do palácio. Portanto, quando Leão XIV reivindica o título de "Vigário de Cristo" com um toque de restauração, o gesto não é neutro. Em um mundo em busca de autenticidade, a Igreja não precisa de mais títulos, mas de mais testemunhas. Não precisa de mais símbolos de poder, mas de mais vidas como a de Nicolás Castellanos, que se despojou de tudo para ser livre para servir.

O Evangelho de Mateus (20,28) resume com simplicidade a que deveria ser a identidade de cada discípulo e de cada Igreja: "o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos". Essa é a verdadeira grandeza. No dia em que a Igreja acreditar novamente nessas palavras, talvez não precisará mais de títulos para lembrar quem a fundou. Porque somente uma Igreja pobre, humilde e voltada para o serviço pode ser verdadeiramente a Igreja de Cristo. Todo o resto — os nomes, as pompas, os tronos — são ecos do passado, vestígios de um poder que não salva. O que salva, o que convence, o que leva a se apaixonar é o amor que se torna serviço.

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