A Flotilha Global Sumud soa o alarme: "Estamos sob ataque"

Foto: Flotilha Global Sumud | Reprodução

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24 Setembro 2025

Às 00h30 do dia 24 de setembro, ativistas da Flotilha Global Sumud soaram o alarme em suas contas de mídia social, citando o que parece ser um ataque das Forças Armadas israelenses contra navios com destino a Gaza, tentando escapar do bloqueio marítimo imposto pelo regime de Tel Aviv à população palestina, que marcará dois anos de genocídio em outubro.

A reportagem é de Pablo Elorduy, publicada por El Salto, 24-09-2025.

A organização relata que nove navios foram atacados por drones que supostamente lançaram algum tipo de substância tóxica sobre eles. Ao longo da noite, até 13 explosões também foram ouvidas, e as comunicações foram ocasionalmente interrompidas. O ataque ocorreu na costa da ilha de Creta, na Grécia.

Os participantes da flotilha vêm alertando há vários dias sobre a presença de drones sobrevoando a região e também relataram a queda de objetos de drones ou aeronaves sobre pelo menos 10 embarcações, o que teria causado danos às embarcações. A tripulação ativou os protocolos de segurança. A organização confirmou que não há vítimas.

"Guerra psicológica"

Lucía Muñoz Dalda, vereadora de Palma e coordenadora do Podemos nas Ilhas Baleares, foi uma das pessoas que emitiu o alerta máximo nas redes sociais. "Todos os olhos voltados para a flotilha. Acabamos de ouvir um impacto. Temos visto drones a noite toda, mais de quinze drones voando baixo. Tudo aponta para ameaças, parte de uma guerra psicológica", explicou a política maiorquina.

Uma mensagem semelhante foi publicada à 1h, horário da Espanha, na conta de imprensa da Flotilha Global Sumud, explicando que explosões estão ocorrendo, drones não identificados estão sobrevoando e há interferência nas comunicações. Essa conta também publicou um vídeo da explosão de uma bomba sonora gravada pelo barco Spectre. "Essas táticas não nos impedirão de cumprir nossa missão de entregar ajuda a Gaza e romper o cerco ilegal. Qualquer tentativa de nos intimidar apenas fortalece nosso compromisso", denunciou a conta desse movimento global.

Desde a sua partida de Barcelona, ​​a Flotilha Sumud Global tem relatado um aumento nos ataques de drones em águas internacionais, o que comprova essas tentativas de sabotagem. Esses ataques se intensificaram na noite de 24 de setembro, segundo a flotilha, que enfrenta pressão crescente à medida que se aproxima do território bloqueado por Israel.

Campanha de difamação contra a Flotilha

Enquanto isso, Israel intensificou sua campanha de difamação contra os participantes da flotilha nos últimos dias. Nas redes sociais, contas sionistas continuam a se referir à flotilha como "flotilha do Hamas" e afirmam que ela planeja tomar medidas violentas. "Esta campanha de desinformação tenta justificar preventivamente uma ação militar contra uma missão humanitária não violenta liderada por civis", afirma a organização.

Este último ataque israelense à flotilha ocorre após a organização da flotilha ter rejeitado uma oferta feita por Netanyahu para deixar a ajuda humanitária transportada pelos navios no porto de Ashkelon, controlado por Israel, abandonando assim seu plano de chegar a Gaza. A organização da flotilha já deixou claro sua rejeição à proposta e garantiu que não interromperá seus planos de chegar ao enclave.

Ativistas também pediram pressão sobre os governos para garantir que a flotilha chegue ao seu destino com os navios intactos e a tripulação sã e salva. A Relatora Especial das Nações Unidas para a Palestina, Francesca Albanese, reagiu: "A Flotilha Global Sumud foi atacada sete vezes em um curto período de tempo! Embarcações atingidas por bombas sonoras, sinalizadores explosivos e pulverizadas com produtos químicos suspeitos. Rádios bloqueados, chamadas de socorro bloqueadas. Atenção internacional imediata e proteção necessárias! Tirem as mãos da flotilha!", escreveu ela nas redes sociais.

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