• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A campanha de extermínio de Israel chega à maior cidade de Gaza: "Não se esqueçam de nós"

Foto: Wikimedia Commons | United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees in the Near East

Mais Lidos

  • O caso das 'freiras em fuga' na Áustria destaca a difícil situação das religiosas envelhecidas e em declínio

    LER MAIS
  • ‘O Tempo e o Vento’ narra as contradições e potencialidades de uma terra ao sul do Brasil que tem, desde sua origem, uma grande interferência das oligarquias rurais

    Erico Verissimo: um liberal humanista que narrou o nascimento de um território. Entrevista especial com Sergius Gonzaga

    LER MAIS
  • Centrão fecha acordo sigiloso com ministros do STF que rejeita anistia ampla mas garante domiciliar a Bolsonaro, afirma Folha

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    23º Domingo do Tempo Comum – Ano C – Seguir Jesus um caminho exigente

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

17 Setembro 2025

Na Cidade de Gaza, o último núcleo urbano da Faixa, viviam cerca de um milhão de palestinos. Agora, dezenas de milhares estão fugindo, mas não têm para onde ir.

A informação é de Francesca Cicardi, publicada por El Salto, 17-09-2025.

O morador de Gaza Nemr Khatib, 25 anos, usou o Instagram na noite de segunda-feira para transmitir ao vivo os intensos ataques do exército israelense à Cidade de Gaza, capital da Faixa e último centro urbano habitado. "Rezem por nós, amigos", escreveu ele em um vídeo filmado de sua casa, onde se ouviam os disparos. O mundo ainda não sabia, mas era o início da ofensiva terrestre de Israel, o que foi confirmado horas depois pelo governo de Benjamin Netanyahu. "O mundo está observando, mas nós realmente precisamos de seu apoio e de sua voz. Não se esqueçam de nós."

Israel lança sua ofensiva final na capital da Faixa: "Gaza está em chamas"

Por terra e ar, o exército israelense lançou o ataque final à Cidade de Gaza, embora cerca de um milhão de palestinos, como Nemr, permaneçam lá sem ter para onde ir. Os bombardeios se intensificaram entre a noite de segunda e a manhã de terça-feira, e os tanques avançaram dos subúrbios, onde as tropas terrestres haviam entrado cerca de três semanas antes.

Desde então, as forças israelenses vêm cercando a cidade, empurrando seus habitantes para o oeste com canhões e ameaças. Na semana anterior, o exército israelense ordenou a evacuação de toda a cidade, alertando os moradores de que o tempo para escapar e se proteger estava acabando. No entanto, muitos sabem que nenhum lugar na Faixa é seguro e que, se partirem, provavelmente não poderão retornar.

Segundo o primeiro-ministro israelense, 400 mil pessoas já deixaram a Cidade de Gaza, o que representa mais de um terço dos residentes e deslocados que viviam lá antes do início da ofensiva em agosto. Contudo, as agências da ONU registraram o deslocamento de cerca de 190 mil palestinos do norte para o sul da Faixa desde meados de agosto, sendo 48 mil deles entre o domingo, 14, e a segunda-feira, 15 de setembro.

"Uma campanha sem precedentes desde a Nakba"

"O que estamos testemunhando hoje na Cidade de Gaza é uma campanha de aniquilação, deslocamento e apagamento sem precedentes desde a Nakba", disse a pesquisadora da Forensic Architecture, Julia Nueno Guitart, em referência à expulsão de cerca de 750 mil palestinos de suas casas e aldeias após a criação do Estado de Israel em 1948.

"Em 1948, as forças sionistas costumavam deixar uma única rota de fuga para as aldeias palestinas sitiadas, a fim de forçar e controlar a fuga. Dessa forma, as comunidades se fragmentavam em 'ilhas' cada vez menores, enquanto os vestígios das aldeias eram sistematicamente apagados para impedir qualquer retorno. Hoje, as mesmas táticas se repetem: dispersar a população em territórios fragmentados e manter aberto o ciclo de deslocamento permanente", acrescentou Nueno Guitart.

O exército deu instruções à população da Cidade de Gaza para que saísse pela estrada Al Rashid, ao longo da costa do Mediterrâneo, a única rota de fuga do norte para o sul, que está congestionada. Na quarta-feira, anunciou uma segunda rota que passa pelo leste da cidade, que estará aberta apenas por 48 horas e é de difícil acesso para os civis que vêm do oeste. Eles só podem ir para os acampamentos de deslocados nas áreas central e sul do território, que já estão superlotados e onde não há espaço ou recursos para os recém-chegados.

A pesquisadora da Forensic Architecture explica que as áreas para onde o exército israelense orientou os moradores da Cidade de Gaza a se realocarem representam "apenas 7,4 quilômetros quadrados, menos da metade do espaço já saturado que abriga a população deslocada" de outras partes da Faixa (cerca de 2 milhões de habitantes de Gaza estão deslocados, quase toda a população).

Além disso, as áreas designadas como "seguras" são separadas, "o que contribui para fragmentar ainda mais as comunidades". Nueno Guitart acrescenta que dois terços dessas áreas estão em zonas às quais os civis palestinos não podem acessar — cerca de 88% da Faixa. Nelas, "a ameaça de violência militar persiste, e muitas são inabitáveis devido às suas próprias condições físicas, entre dunas, estufas e um antigo aterro sanitário".

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou que o espaço para os deslocados no sul da Faixa "está lotado de pessoas, os serviços para toda a população são muito limitados e não há espaço físico para acomodar o quase um milhão de pessoas que vivem na Cidade de Gaza". A coordenadora de emergências do MSF em Gaza, Esperanza Santos, disse em um comunicado que, nos últimos dias, cada vez mais pessoas partiram, mas não sabem para onde ir. Santos lembrou que ainda há muitas pessoas na Cidade de Gaza e que sua situação lá é "terrível".

Os depoimentos de Nemr Khatib

Diretamente da Cidade de Gaza, Nemr Khatib contou que eles sofrem há semanas com os bombardeios e as ameaças de Israel. "O bairro onde moro foi ameaçado, e muitos moradores fugiram, mas continuo preso aqui porque não há abrigo no sul. Minha família tem sete membros, e não posso morar em uma barraca porque minha mãe tem lúpus, uma doença crônica; qualquer movimento errado pode colocar a vida dela em perigo."

No entanto, após a ordem de evacuação de toda a Cidade de Gaza há uma semana, a família de Nemr percebeu que precisava sair, pois suas vidas estavam em perigo. "A decisão foi muito difícil. Meu coração estava apegado à minha casa e às minhas memórias", explica o jovem, que nesta terça-feira ainda está na Cidade de Gaza porque não conseguiu encontrar uma maneira segura de transferir sua família.

Nemr enviou uma mensagem ao mundo em um texto: "Nós, palestinos, sonhamos com liberdade, paz e uma vida digna, como qualquer outro ser humano. Espero que o mundo veja nosso verdadeiro sofrimento e entenda que não somos números ou notícias passageiras. Somos seres humanos, temos nossos sonhos, nossas famílias, nossas memórias e merecemos viver com segurança." A família dele é originária de Al Majdal, uma cidade palestina ocupada em 1948, próxima à atual cidade israelense de Ashkelon, ao norte de Gaza.

O último núcleo urbano habitado

Após quase dois anos de ofensiva na Faixa de Gaza – que resultou na morte de cerca de 65 mil palestinos –, o exército israelense se prepara para invadir e assumir o controle do último núcleo habitado com aparência de cidade na Faixa, depois de ter esvaziado e destruído as localidades de Rafah e Jan Yunis, no sul do enclave costeiro. A relatora especial das Nações Unidas para os direitos humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, Francesca Albanese, denunciou na segunda-feira que Israel estava tornando a Cidade de Gaza "inabitável".

"Por quê?", perguntou Albanese. "Este é o último pedaço de Gaza que precisa se tornar inabitável antes de avançar a limpeza étnica desse pedaço de terra", afirmou.

O passo anterior para tornar a Cidade de Gaza inabitável foi impedir a chegada de ajuda humanitária e de praticamente qualquer produto, o que causou fome nesta área da Faixa, conforme declarado há menos de um mês pelo principal organismo internacional de segurança alimentar, apoiado pela ONU. Em seu relatório, o organismo também alertou que entre meados de agosto e o final de setembro de 2025 as condições piorariam, "com uma expansão da fome" em direção ao centro e ao sul do enclave, para onde o exército agora está direcionando os moradores da cidade.

Da Forensic Architecture, Nueno Guitart explica que "a população está sendo deslocada para as áreas onde estão os centros de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza (GHF)", uma entidade administrada por uma empresa americana e apoiada por Israel para a distribuição de alimentos na Faixa, muito criticada pelas Nações Unidas e por organizações humanitárias independentes.

Desde que a GHF começou a operar no final de maio até 1º de agosto, a Forensic Architecture documentou 58 incidentes de ataques a civis nos centros de distribuição ou em seus arredores. Segundo as autoridades de saúde de Gaza, cerca de 2.500 pessoas perderam a vida ao tentar obter ajuda humanitária desde maio.

A justificativa de Israel

Israel justificou a invasão da Cidade de Gaza e o deslocamento de sua população para o sul dizendo que a cidade é "o último bastião" do grupo palestino Hamas. Após anunciar o início da operação terrestre, o porta-voz do exército, Effie Defrin, voltou a pedir que os civis se "distanciem das zonas de combate" e se dirijam a "áreas mais seguras", acusando o Hamas de bloquear a saída dos civis pela rota Al Rashid.

"Nas últimas semanas, as Forças de Defesa de Israel ampliaram seus esforços humanitários em Gaza, estabelecendo uma zona humanitária no sul. Essa área oferece maior acesso a alimentos, água, assistência médica e abrigo", disse ele em uma declaração à imprensa. Ele também observou que "assumir o controle da cidade e de seus centros de gravidade levará vários meses, e vários meses mais até que seja completamente destruída."

O chefe do exército, Eyal Zamir – que inicialmente se opôs ao plano de Benjamin Netanyahu de invadir e ocupar a Cidade de Gaza –, afirmou nesta terça-feira que seus homens têm várias missões: "intensificar os golpes contra o Hamas" com o objetivo de garantir "o retorno de todos os reféns para casa e o desmantelamento das capacidades militares e governamentais do Hamas". Os altos comandantes militares alertaram que essa operação pode colocar em perigo os 48 reféns que permanecem nas mãos das milícias palestinas (dos quais, acredita-se que apenas 20 ainda estejam vivos).

As famílias dos reféns, que há semanas pressionam o governo de Netanyahu para que cancele os planos de conquistar a Cidade de Gaza, lamentaram o início do ataque terrestre. Na tarde desta terça-feira, eles protestaram perto da residência do primeiro-ministro, acusando-o de abandonar os reféns à própria sorte, e anunciaram um acampamento no local em Jerusalém. Netanyahu ignorou tanto a cidadania israelense quanto seus parceiros internacionais, muitos dos quais pediram que ele não prosseguisse com o ataque à Cidade de Gaza, mas ele continua a ter o apoio de seu maior aliado: Donald Trump.

Leia mais

  • Israel lança ofensiva final na capital de Gaza: "Gaza está queimando"
  • O que é a Nakba palestina?
  • Centenas de tanques ao redor da Cidade de Gaza: prontos para a invasão
  • Rastreando os atiradores fantasmas: como uma unidade israelense massacrou uma família desarmada em Gaza
  • Parolin: "Estamos à beira do desastre; a escalada é assustadora." A Flotilha? "Ainda bem que estamos ajudando Gaza"
  • Testemunho da Cidade de Gaza: "Edifícios estão desabando ao nosso redor, nosso mundo está acabando". Artigo de Kholoud Jarada
  • Netanyahu dedica um trecho da orla a Trump: "Ele ama nossas praias, até mesmo as de Gaza"
  • "Os EUA afundam o direito internacional. Assim Gaza morre entre ilegalidade e barbárie." Entrevista com Luis Moreno Ocampo
  • "A carestia de Gaza abriu os olhos de uma parte de Israel". Entrevista com Anna Foa
  • "Netanyahu quer tomar Gaza para redesenhar as fronteiras do país”. Entrevista com Joshua Landis
  • Israel matou 2% da população infantil de Gaza, em média, uma criança a cada hora
  • Plano de Netanyahu para esvaziar a Cidade de Gaza: 60 mil soldados para um milhão de deslocados
  • Israel convoca 60 mil reservistas para tomar Cidade de Gaza
  • Palestinos que permanecem na Cidade de Gaza: "Estamos todos mortos aqui. É só uma questão de tempo"

Notícias relacionadas

  • Desastres naturais levam 24 milhões de pessoas por ano a situações de pobreza

    LER MAIS
  • Refugiados: quanto mais a política for restritiva, mais incentivará os “mercadores de carne humana”. Entrevista especial com Paolo Parise

    LER MAIS
  • Moradores do leste de Alepo enfrentam horror, frio e fome

    LER MAIS
  • "Tive que fazer um parto no meio do mar": Por dentro de um resgate de refugiados na Itália

    Foram sete horas debaixo de chuva e 551 migrantes resgatados em uma operação de alto risco no mar. A BBC Brasil acompanhou na se[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados