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Como "red pills" saíram do meme e viraram ideologia política

Foto: Tim Marshall/Unsplash

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06 Setembro 2025

Questões estruturais, como a falta de debate nas escolas, amplificaram subcultura na qual homens reivindicam uma condição de vítimas e promovem misoginia online.

A reportagem é de Andreas Noll, publicada por DW, 03-09-2025.

Em Matrix, filme de 1999 que virou um clássico da ficção científica, o personagem Neo é obrigado a tomar uma decisão. O membro da resistência Morpheus lhe apresenta duas pílulas. Se Neo engolir a azul, tudo permanecerá igual — uma vida confortável em um mundo de fantasia. Se ele engolir a pílula vermelha, verá a "verdadeira realidade"— um mundo distópico no qual os humanos são escravizados por máquinas. Neo escolhe a pílula vermelha, que traz conhecimento, mas também dor, perda e luta.

A metáfora da pílula se consagrou especialmente em fóruns online voltados para homens, no início dos anos 2000. Primeiro entre os autoproclamados "artistas da sedução", que propagavam técnicas questionáveis de conquista de mulheres, e depois entre movimentos masculinistas, calcados no argumento de que as mulheres estão cada vez mais privilegiadas na sociedade, em detrimento dos homens.

Essas arenas digitais que disseminam misoginia, teorias da conspiração e ideais de autoaperfeiçoamento foram chamadas de "machosfera". Afirmações comuns nessas plataformas incluem a de que o feminismo tomou conta da sociedade para manter os homens oprimidos, ou que os papéis de gênero são determinados biologicamente – as mulheres supostamente "programadas" para desejar homens dominantes e fisicamente superiores, mesmo quando as desvalorizam ou tentam controlá-las.

Uma exportação dos EUA

Os Estados Unidos são considerados o centro ideológico dessa subcultura. Foi lá que os fóruns red pill (pílula vermelha) deram origem à cultura incel, termo que significa "celibatário involuntário" e se refere a comunidades digitais de homens que se identificam com o rótulo e se sentem discriminados pelas mulheres.

Suas atividades têm sido foco de pesquisas desde pelo menos 2014, quando ocorreu um massacre em Isla Vista, na Califórnia, que deixou seis mortos, além do autor das facadas e disparos. Ele deixou um manifesto e vídeos nos quais descrevia sua misoginia e ódio por homens sexualmente bem-sucedidos. Muitos desses temas, desde reclamações sobre a superficialidade das mulheres até a autorrepresentação como incels, continuam associados à cena red pill.

Figuras como Andrew Tate mostram o quanto essa subcultura veio à tona. O ex-kickboxer britânico-americano conquistou milhões de seguidores nas redes sociais com suas reflexões sobre a dominância masculina (ele também enfrenta acusações de tráfico humano e estupro). O termo "red pill" saiu da bolha de influencers e coaches masculinistas e está na boca de todos, desde celebridades como Elon Musk e Kenye West até comentaristas conservadores da emissora Fox News.

Divulgação digital

Os mecanismos das próprias plataformas de mídia social desempenham um papel crucial nessa tendência. Os algoritmos usados pelo YouTube e TikTok recompensam conteúdos provocativos, incluindo retórica antifeminista. Muitos influenciadores red pill exploram deliberadamente esse sistema, combinando dicas de autoaperfeiçoamento com mensagens misóginas, o que lhes permite ampliar o alcance entre o público jovem.

Na Alemanha, por exemplo, esses conceitos ganharam visibilidade no YouTube e no Instagram por volta de 2019. Influenciadores de fitness e negócios adotaram termos e argumentos da red pill — muitas vezes sob o pretexto de autoaperfeiçoamento e conselhos para alcançar o sucesso.

O Estudo sobre Autoritarismo de Leipzig 2024, pesquisa realizada na cidade alemã, aponta para uma prevalência crescente de atitudes antifeministas. De acordo com o estudo, um quarto da sociedade alemã tem uma visão de mundo consistentemente antifeminista. Tais atitudes muitas vezes formam uma ponte para meios extremistas que compartilham uma ideologia antifeminista.

Apelo mundial

A ideologia red pill tornou-se um fenômeno global. No Brasil, o influenciador Thiago Schutz, conhecido como "coach do Campari", conquistou centenas de milhares de seguidores aconselhando homens a "se darem valor" e se relacionar apenas com mulheres abaixo dos 30 e sem filhos, por exemplo. Ele se tornou ainda mais conhecido após ter sido denunciado por fazer ameaças de morte contra uma atriz que publicou vídeos de humor satirizando frases ditas pelo coach.

Pesquisadores apontam para questões estruturais que podem ter contribuído para sua ascensão. Desde 2010, os debates sobre igualdade de gênero no Brasil se tornaram cada vez mais politizados e foram excluídos das escolas, ficando a cargo de influenciadores explorar o tema, muitas vezes associando conteúdos red pill a valores morais tradicionais.

Conceitos culturalmente adaptáveis

O movimento red pill também provou ser diversificado e regionalmente adaptável. A pesquisadora Vildan Aytekin, da Universidade de Bielefeld, na Alemanha, tem acompanhado os incels muçulmanos conhecidos como "mincels". Nas sociedades muçulmanas, as hierarquias de atratividade influenciadas pelo Ocidente são substituídas por conceitos de "espiritualidade e masculinidade", explica.

A feminilidade é idealizada, não para criar igualdade, mas para legitimar papéis tradicionais com base religiosa. "As causas de muitas das frustrações expressas na esfera incel são atribuídas aqui a um estilo de vida ocidental 'equivocado', fortemente influenciado pelo hedonismo e pelo niilismo", disse Aytekin.

Um estudo de 2022 publicado por Sahar Ghumkhor e Hizer Mir na revista ReOrient também descreve como surgiu uma machosfera muçulmana. Entre os exemplos estão figuras como o pregador online Daniel Haqiqatjou e o autor Nabeel Aziz, que flertam com termos como "Sharia branca". Eles combinam narrativas antifeministas com argumentos religiosos, uma mistura de subculturas ocidentais e correntes tradicionalistas do Islã.

Alimentando a insegurança masculina

Mas qual é realmente a relevância do movimento red pill? Limitado principalmente a fóruns online, seu alcance é provavelmente relativamente pequeno. Mas os códigos e memes se infiltraram na cultura dominante, diz Brigitte Temel, que pesquisa incels e a machosfera no Instituto de Pesquisa de Conflitos de Viena.

"Muitos jovens estão familiarizados com os termos", diz ela, acrescentando que centros de aconselhamento austríacos especializados em seitas também estão relatando uma necessidade crescente nessa área. Ainda assim, continua sendo difícil medir de forma qualitativa a influência do movimento.

Estudos sugerem que o movimento não está ganhando novos seguidores, mas sim reunindo e amplificando ressentimentos já existentes. A metáfora da pílula vermelha fornece uma narrativa simples que traduz frustrações pessoais em uma verdade social aparentemente maior. Além do componente ideológico, os interesses econômicos também desempenham um papel importante para influenciadores e coaches, como explica Temel: "Eles tiram dinheiro do bolso de homens inseguros".

Leia mais

  • Misoginia online dos jovens-machos ressentidos. Artigo de Nuria Alabao
  • A “crise da masculinidade” é um mito persistente. Entrevista com Francis Dupuis-Déri 
  • Masculinidades tóxicas. Artigo de Sara Giorgini
  • A “crise da masculinidade” é um mito persistente. Entrevista com Francis Dupuis-Déri
  • ‘Homens são aprisionados por ideia de masculinidade inatingível’, afirma antropóloga
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  • Misoginia na internet vira negócio lucrativo
  • “Eles querem homens dominantes”: a misoginia ultraliberal online por trás de ‘Adolescência’ que os adultos ignoram
  • Masculinidades frágeis e inseguras. Artigo de Carolina Pulido
  • É preciso repensar o universo masculino. Entrevista com Marzia Ceschia
  • O machismo é de esquerda e direita. Artigo de Mar Centenera
  • Guerra e masculinidade. Artigo de Paola Cavallari
  • “Nossas definições de masculinidade fazem os homens sentirem que fracassaram”. Entrevista com Sarah Blaffer Hrdy

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