A grande maioria dos migrantes indocumentados contribui para o bem das comunidades em que vivem e trabalham, constatam os bispos mexicanos

Foto: Unicef/LeMoyn

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12 Junho 2025

A Conferência do Episcopado Mexicano, presidida por Dom Ramón Castro Castro, manifestou sua dor e preocupação diante da complicada situação provocada pelas redadas em massa para deter migrantes indocumentados e pelas manifestações que, em resposta, ocorreram em Los Angeles, Califórnia, e que se espalharam para outros lugares, como San Francisco, Califórnia, e Austin, Texas.

A informação é de Jimena Hernández, correspondente no México, publicada por Religión Digital, 11-06-2025.

Com dor e preocupação, a Igreja no México afirmou que acompanha com atenção os acontecimentos em Los Angeles, Califórnia, onde no último dia 6 de junho, durante redadas migratórias no centro da cidade, ao menos 44 pessoas foram presas. Isso levou o governo a declarar um “toque de recolher” das 20h até as 6h da manhã desta quarta-feira, 11 de junho.

Os bispos mexicanos se somaram às declarações de Dom José Gómez, arcebispo de Los Angeles, que comentou que, embora seja verdade que ninguém deseje a presença de criminosos em suas comunidades, é necessário distinguir que, embora alguns migrantes indocumentados cometam atos delituosos, nem todos os migrantes indocumentados são criminosos.

Por isso, afirmaram que essa necessária distinção torna possível superar confusões que levam a cometer erros, permite ver a realidade com clareza e tomar decisões adequadas em benefício de todos.

"Não deve haver diferenças entre o estrangeiro e vocês" (Nm 15, 16). "Dá aos forasteiros — comenta São Agostinho — o que receberás em tua pátria" (Sermão 86, 10).

E enfatizaram que, mais ainda, a grande maioria dos migrantes indocumentados contribui para o bem das comunidades em que vivem e trabalham.

Cabe destacar que o arcebispo Gómez pediu ao Congresso dos Estados Unidos que leve a sério a reforma do sistema migratório falho, que leva tantas pessoas a tentar cruzar as fronteiras ilegalmente, e que não é necessário que o governo implemente medidas de controle que provoquem medo e ansiedade entre os imigrantes comuns, trabalhadores e suas famílias.

Por sua vez, Dom Eugenio Lira Rugarcía, responsável pela Dimensão Episcopal de Pastoral da Mobilidade Humana, afirmou que a solução para a migração indocumentada requer múltiplas ações conjuntas. Entre elas, um sistema de imigração que permita fazer as coisas corretamente, sem ter que recorrer a outros caminhos que só acabam complicando a vida de todos.

“Daí a exortação do Papa Leão XIV: 'Ninguém pode se eximir de favorecer contextos em que se proteja a dignidade de cada pessoa... sejam estes cidadãos ou imigrantes' (Discurso ao corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé, 16 de maio de 2025)”.

O também bispo de Matamoros, Reynosa, região fronteiriça com os Estados Unidos, destacou que estão próximos de todas as pessoas de boa vontade, especialmente daquelas que estão sofrendo nesses momentos difíceis, e que é necessário pedir a intercessão de Santa Maria de Guadalupe para que ajude a compreender que todos somos irmãos e que juntos podemos construir um mundo melhor.

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