• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O legado litúrgico de Francisco. Abraçando a diversidade e a piedade popular

Mais Lidos

  • Ativistas e políticos de todo o mundo se dirigem ao Egito para desafiar o bloqueio israelense com a Marcha Global a Gaza

    LER MAIS
  • O mundo está entrando em uma nova era. Os países ricos adotarão uma política dupla: abandonar a globalização neoliberal internacionalmente e promover um projeto neoliberal internamente

    O que vem depois da globalização? Artigo de Branko Milanovic

    LER MAIS
  • “Israel não sobreviverá à destruição da Palestina”. Entrevista com Omri Boehm

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Solenidade de Pentecostes – O sopro do Espírito impulsiona para a missão. Comentário de Virma Barion

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

10 Junho 2025

"A resistência à liderança do Papa Francisco na liturgia ecoa o que vimos em outras frentes — como o cuidado com a criação, a valorização da humanidade dos migrantes e a solidariedade com os pobres. Será crucial, portanto, que o próximo papa retome essas questões de onde Francisco parou, com a mesma coragem e confiança que demonstrou".

O artigo é de Rita Ferrone, publicado por Commonweal, 26-05-2025.

Rita Ferrone é autora de vários livros sobre liturgia, incluindo o Guia Pastoral para o Desiderio Desideravi do Papa Francisco (Liturgical Press). Ela é colaboradora da Commonweal.

Eis o artigo.

O Papa Francisco não assumiu o papado com uma agenda litúrgica. No entanto, tornou-se um talentoso líder pastoral e guardião da liturgia da Igreja, tomando inúmeras decisões que afetariam o curso da renovação litúrgica em todo o mundo. Ele foi capaz de fazer isso porque possuía três convicções fundamentais sobre a liturgia: primeiro, que a liturgia é o lugar do encontro com o Cristo vivo, que verdadeiramente fala a todos; segundo, que as reformas litúrgicas do Vaticano II não foram uma interrupção da tradição, mas sua fiel continuação; terceiro, que a inculturação litúrgica e a piedade popular não deveriam ser vistas como uma ameaça à liturgia, mas sim como parceiras em seu florescimento. Essas convicções o auxiliaram no discernimento de questões críticas e forneceram uma base para uma ação tanto incremental quanto criativa. Aqui estão alguns exemplos.

Uma das primeiras diretrizes litúrgicas de Francisco foi mudar a rubrica do Missal que orientava quem poderia participar do ritual do lava-pés da Quinta-feira Santa. Graças a Francisco, as mulheres agora podem ser incluídas, não "extraoficialmente", mas com pleno direito. Isso pode parecer algo pequeno, mas como declaração simbólica, foi enorme. Ninguém sabia disso melhor do que o prefeito do Dicastério para o Culto Divino, o Cardeal Robert Sarah, que demorou meses para implementar a simples diretiva do papa. Em jogo nessa pequena mudança estava a questão de como vivenciamos o Cristo vivo na liturgia — o gesto litúrgico do lava-pés é uma encenação da Última Ceia ou uma expressão de serviço humilde? A decisão de Francisco abriu a ação de tal forma que esse ritual pudesse realmente falar a todos.

De forma semelhante, o motu proprio do Papa Francisco sobre a tradução litúrgica, Magnum principium, reverteu a visão estreita proposta por seus dois predecessores mais recentes de que o Vaticano era o melhor juiz de como a liturgia deveria ser traduzida para vários idiomas. Francisco devolveu o controle final às conferências episcopais locais, conforme determinado pelo Concílio Vaticano II. Embora essa decisão tenha vindo envolta em questões processuais, estava em jogo algo mais profundo: o "grande princípio" (magnum principium) da participação ativa que é central para a Constituição sobre a Sagrada Liturgia. Se a linguagem da liturgia deve ser um meio de encontro com Cristo ressuscitado, ela não deve impedir esse encontro com traduções que são estranhas e difíceis de ouvir na língua nativa, e as autoridades locais são as melhores juízas de como cumprir esse mandato.

Em sua carta apostólica sobre a formação litúrgica, Desiderio desideravi, o Papa Francisco expressou claramente sua convicção central sobre o encontro com Jesus vivo: “A fé cristã ou é um encontro com Ele vivo, ou não existe. A Liturgia nos garante a possibilidade de tal encontro” (DD, 10-11). Ele quis dizer isso não apenas em relação à presença de Cristo no pão e no vinho consagrados, mas em todos os aspectos da celebração.

Um dos pontos de tensão na Igreja desde o Concílio Vaticano II tem sido a reforma litúrgica, que foi acolhida pela maioria dos católicos, mas rejeitada pelos tradicionalistas. Na tentativa de reconciliar os católicos para quem a reforma litúrgica era um obstáculo, o Papa João Paulo II ofereceu concessões para o uso dos ritos mais antigos em circunstâncias limitadas. O Papa Bento XVI ampliou significativamente essas permissões. Em vez de promover a reconciliação, porém, a liberdade de usar os ritos mais antigos serviu para consolar e fortalecer os críticos mais intransigentes da reforma litúrgica e do próprio Vaticano II.

O Papa Francisco poderia ter continuado a condescender com aqueles que se opunham às reformas litúrgicas do Vaticano II, mas não o fez. Em vez disso, reconheceu que o uso dos ritos mais antigos estava aprofundando as divisões na Igreja e tomou medidas para restringi-los. Para Francisco, isso não era meramente uma questão de política; era uma questão de princípio. Em seu motu proprio Traditionis custodes (“Guardiões da Tradição”), ele reforçou sua convicção fundamental de que as reformas litúrgicas do Vaticano II não eram uma interrupção da tradição, mas sua fiel continuação. A tarefa em questão não era promover uma "exclusão" da reforma litúrgica, mas orientar toda a Igreja a compreender e abraçar a reforma de todo o coração. Desiderio desideravi desenvolveu esse tema, clamando por uma genuína formação litúrgica de todo o povo de Deus e oferecendo sugestões de reflexão que pudessem impulsionar o processo.

Uma das iniciativas mais bem-sucedidas do Concílio Vaticano II foi a recuperação da Palavra de Deus como elemento constitutivo de todas as celebrações litúrgicas. Novamente, como no caso da reforma litúrgica como um todo, Francisco percebeu esse desenvolvimento não como um esforço passado de valor ambíguo, mas como uma trajetória de renovação que continua e deve ser valorizada e promovida. Consequentemente, ele estabeleceu o Domingo da Palavra de Deus no calendário litúrgico e o vinculou a duas outras reformas que realizou: a admissão de mulheres ao ministério instituído de leitorado e a criação de um ministério instituído de catequista. Ele também instruiu o Dicastério para o Culto Divino a elaborar ritos públicos para admissão a esses ministérios instituídos, a serem presididos pelo bispo local. Francisco, como bispo de Roma, presidia esses ritos na Basílica de São Pedro todos os anos, no Domingo da Palavra de Deus.

A Constituição sobre a Sagrada Liturgia pedia reformas que incorporassem tanto a "sã tradição quanto o progresso legítimo". Quando o Papa Francisco admitiu mulheres aos ministérios instituídos de leitorado e acólito, os comentaristas invocaram apropriadamente o princípio da sã tradição e do progresso legítimo ao descrever o que ele havia feito. A tradição pode se desenvolver criativamente enquanto permanece fiel, como demonstrou a decisão de Francisco a respeito dos ministérios instituídos.

O papa fez mais pelo avanço da causa da inculturação litúrgica do que qualquer um de seus antecessores recentes. Com sua aprovação, iniciou-se o trabalho de elaboração de um rito amazônico, e foi concedida permissão oficial para adaptações litúrgicas à liturgia para o povo maia do México. A "Liturgia da Terra do Espírito Santo", celebrada por cinquenta anos entre os povos aborígenes da Austrália, mas nunca reconhecida em Roma, também avançou rumo ao reconhecimento oficial. Antes de Francisco, o último reconhecimento oficial de uma liturgia inculturada foi o Missal Romano do Zaire, aprovado em 1988.

No Vaticano II, a Constituição sobre a Sagrada Liturgia afirmou o compromisso da Igreja de considerar favoravelmente os elementos da cultura humana que são compatíveis com o Evangelho e abriu as portas para a admissão de tais expressões culturais na liturgia. Após algumas tentativas iniciais, no entanto, esse mandato do Vaticano II encontrou resistência por parte das autoridades centrais em Roma, e os desenvolvimentos estagnaram. O Papa Francisco, munido de um espírito missionário e da confiança nos efeitos benéficos da piedade popular na sustentação da fé católica, essencialmente convidou a Igreja a atravessar a porta que o Vaticano II abriu, com discernimento e cuidado, mas também com ousadia.

A discussão sobre a estatueta da Pachamama no Sínodo da Amazônia em 2019 ilustra a desenvoltura de Francisco em suas relações com a piedade popular e a diversidade cultural. Ele abençoou uma representação de arte popular de uma mulher amazônica grávida que a delegação amazônica no Sínodo identificou como uma imagem da Virgem Maria. A obra de arte escandalizou os católicos tradicionalistas, mas não alarmou Francisco nem um pouco. Em vez disso, ele se escandalizava com a reação hostil deles à expressão de fé dos amazônicos. Claramente, Francisco acreditava que a piedade popular não deveria ser vista como uma ameaça à liturgia, mas como parceira em seu florescimento.

Qual a posição da Igreja atualmente em relação a essas questões litúrgicas? As decisões de Francisco em relação à liturgia, em alguns casos, estão consagradas no direito canônico, mas os ajustes de atitude necessários para tornar essas conquistas duradouras ainda estão em andamento. Os bispos americanos não têm pressa em admitir mulheres nos ministérios instituídos e têm resistido a revisitar suas problemáticas traduções litúrgicas, embora algumas outras conferências de língua inglesa tenham pedido uma reavaliação abrangente. Os católicos tradicionalistas aguardam, esperando que o próximo papa reverta as limitações de Francisco à celebração dos ritos mais antigos, e os oponentes da inculturação permanecem céticos. A resistência à liderança do Papa Francisco na liturgia ecoa o que vimos em outras frentes — como o cuidado com a criação, a valorização da humanidade dos migrantes e a solidariedade com os pobres. Será crucial, portanto, que o próximo papa retome essas questões de onde Francisco parou, com a mesma coragem e confiança que demonstrou.

Leia mais

  • O grande legado de Francisco. Artigo de Manuel Joaquim R. dos Santos
  • Um pastor: “Papa Francisco tocou milhões de pessoas, católicas e não católicas”
  • Vaticanista brasileira se emociona ao anunciar que os pobres e sem-teto serão os primeiros a prestar homenagem ao Papa antes de ele ser sepultado
  • O mundo em tempos de guerra perde um defensor da paz. Artigo de Stefano Stefanini
  • Poderosos e pobres juntos para se despedir de Francisco. “Em nome da paz”
  • “Graças a ele, abrimos os olhos também para a dor dos outros”. Entrevista com Safran Foer
  • O cansaço do corpo e a força de Pedro. Artigo de Enzo Bianchi
  • Francisco: o papa que denunciou a "cultura machista". Artigo de Nina Lemos
  • O legado brasileiro do Papa Francisco. Artigo de Philipp Lichterbeck
  • Dom Ivo Lorscheiter e o Papa Francisco: aproximações e esperança! Artigo de Thiago Alves Torres
  • Papa Francisco: uma ruptura instauradora na Igreja: Michel de Certeau e a leitura do seu papado. Artigo de Angelo Ricordi
  • O Papa Francisco segundo um pastor. X - Tuitadas
  • Lula, ouça o papa Francisco! X - Tuitadas
  • Francisco. Símbolo de unidade e esperança, demonstrando graça e bondade para com as pessoas ao redor do mundo. X - Tuitadas
  • Os frutos maduros da Laudato Si'
  • Líderes católicos se reúnem para compreender melhor “Fratelli Tutti”
  • “Fratelli tutti”, mais que um documento. O manifesto de uma época
  • "Evangelii Gaudium", a agenda missionária do pontificado. Artigo de Paolo Trianni
  • A ousada peregrinação do Papa e os quatro princípios de 'Evangelii Gaudium'. Artigo de Victor Gaetan
  • “Procurem colocar em curso, sinodalmente, um aprofundamento da ‘Evangelii Gaudium’”, pede Francisco à Igreja italiana
  • O privilégio à caridade: as grandes novidades da Evangelii gaudium. Artigo de Arturo Paoli'
  • Por uma ecologia integral, social, humana e o poder de cuidar e matar
  • Uma ecologia integral rumo à paz, o alerta do Papa. Artigo de Paolo Rodari
  • Papa Francisco revela aos reitores latino-americanos o título da “segunda parte” da Laudato Si’: Laudate Deum
  • 'Dilexit nos'. Uma breve reflexão para você poder contemplar ainda mais O Sagrado Coração de Jesus através da nova Encíclica do Papa Francisco. Artigo de Orlando Polidoro Junior
  • “Amou-nos”, a encíclica sobre o Sagrado Coração de Jesus
  • Sagrado Coração de Jesus, uma devoção "absolutamente necessária para salvar a fé da precisão dogmática"
  • Mensagem de Francisco à 6ªSSB: Desde 1991, caminho para uma “Igreja em Saída”
  • Papa Francisco envia mensagem em vídeo aos participantes do 15º Intereclesial das CEBs: “Sejam Igreja em saída e nunca escondida"
  • O Papa aos futuros padres: sejam sempre sinal de uma Igreja em saída
  • CELAM: uma Igreja sinodal em saída para as periferias
  • Primeira mensagem do Papa após deixar o hospital para vítimas de abuso: "Que a proteção se torne uma linguagem universal"
  • "Universidade que tenha o cheiro de carne e de povo". Discurso do papa Francisco à Pontifícia Universidade Gregoriana
  • "Esta economia mata. Precisamos e queremos uma mudança de estruturas", afirma o Papa Francisco
  • O Papa Francisco denuncia a "cultura do descarte" e as "tentações populistas" em um discurso em Trieste
  • Papa Francisco no G7: “A inteligência artificial é um instrumento fascinante e tremendo”
  • Papa Francisco: “Somos todos responsáveis pela missão da Igreja”. O vídeo do Papa

Notícias relacionadas

  • Vaticano criará comissão para acompanhar a construção das novas igrejas

    Uma equipe para dizer "alto lá!" às igrejas-garagens, a essas arquiteturas atrevidas que correm o risco de desnaturalizar muitos[...]

    LER MAIS
  • João Goulart e um projeto de nação interrompido. Entrevista especial com Oswaldo Munteal

    LER MAIS
  • Não me ''re-Concílio''. Uma viagem entre os católicos tradicionalistas

    "Fundamentalismo" – uma cunhagem do início do século XX do cristianismo batista do Sul dos EUA, que reivindicava a defesa dos [...]

    LER MAIS
  • Por que não se reconciliam? A pesquisa de uma revista jesuíta

    Uma aprofundada investigação da revista dos jesuítas italianos Popoli reconstrói a aversão dos católicos tradicionalistas ao[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados