11 Janeiro 2025
Em postagem natalina, o escritor, apresentador de televisão, montanhista e biólogo britânico Edward Michael Grylls, conhecido como Bear Grylls, 50 anos, afirmou que Maria, mãe de Jesus, é uma “refugiada palestina”. Depois de uma saraivada de críticas, ele alterou o post, denominando-a apenas como “refugiada”.
A reportagem é de Edelberto Behs.
Na postagem, no Twitter, Grylls descreveu Maria como uma “jovem, pobre e sem dúvida aterrorizada garota palestina”. A Campanha Contra o Antissemitismo respondeu de imediato, lembrando que Maria “era uma mulher judia da Judeia, sob domínio romano”.
Chamá-la de refugiada palestina, continua a contestação, “não apenas impõe uma terminologia moderna à história antiga, mas erradica completamente sua identidade judaica. É um absurdo histórico. Se você quer honrar a história dela, conte-a corretamente”.
Em artigo de opinião para o The Telegraph, o escritor George Chesterton admoestou que chamar Jesus de palestino ignora realidades históricas, uma vez que Palestina era um termo romano usado após rebeliões judaicas. Jesus nasceu na Judeia durante um censo romano, não como refugiado.
Igualar um homem judeu de 2000 anos atrás com uma identidade política que não existia, “esse o cerne do problema”, destaca o escritor.
“Eu me referi a esta área como Palestina, conforme os mapas que você encontrará na maioria das Bíblias”, repostou Grylls. “Os estudiosos sempre vão e voltam debatendo a tecnicalidade das datas exatas em que várias regiões se tornaram conhecidas por seus nomes, mas neste caso estou simplesmente preparando o cenário para a Maior História já contada. Eu me refiro à Palestina como a área geral em que Maria viveu. Não estou me referindo à sua nacionalidade ou etnia”, agregou.
Em entrevista passada para o portal The Christian Post, Grylls descreveu a fé como uma “jornada”, destacando que fé e dúvida são dois lados da mesma moeda. “Tenho muitas dúvidas, muitas lutas e muitos dias acho que é tudo loucura. Mas, apesar de tudo, sinto que Cristo tem sido uma luz para um caminho escuro e força para um corpo falho. ... Eu realmente preciso Dele todos os dias. É assim que eu meio que encaro a vida”.
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