02 Novembro 2024
Nos dias 18 e 19 de novembro, o Brasil recebe chefes de Estado para a Cúpula dos Líderes do G20, grupo que o Brasil preside em 2024 e que deve discutir políticas e cooperações de abrangência global.
A reportagem é de Camila Bezerra, publicada por Jornal GGN, 30-10-2024.
Mas, estimulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pela primeira vez os movimentos sociais e civis terão a oportunidade de contribuir com a pauta dos líderes mundiais, a partir do G20 Social, processo inédito coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), em que representantes da sociedade civil terão a oportunidade de contribuir com a pauta debatida pelos líderes mundiais.
O G20 Social será realizado entre os dias 14 e 16 de novembro, a partir de uma ampla participação popular e de diversos grupos sociais e de engajamento. Ao final do encontro, será elaborado um documento posteriormente entregue na Cúpula dos Chefes de Estado.
Para marcar a liderança brasileira, Lula elegeu três temas prioritários para as discussões no G20: Combate à Fome e à Desigualdade; Sustentabilidade, Mudanças do Clima e transição justa e Reforma da Governança Global.
E, além dos 13 grupos de engajamento que vão participar presencialmente das discussões, qualquer cidadão pode enviar suas contribuições por meio de consulta pública até as 22h de 31 de outubro [clique neste link].
“Nós teremos a oportunidade de debater como os movimentos sociais organizados, a sociedade civil brasileira e os convidados internacionais esses três grandes temas. São temas que o presidente Lula escolheu por serem temas que normalmente são colocados debaixo do tapete nesses grandes encontros com líderes mundiais”, afirma Renato Simões, secretário nacional de Participação Social.
Um dos assuntos que deve entrar na pauta do G20 Social é a reforma da governança global, uma vez que as grandes instituições já não asseguram a paz. “O presidente Lula já verbalizou isso na última assembleia geral da ONU [Organização das Nações Unidas], mas também estamos colocando as propostas da sociedade civil, como a taxação dos super ricos. O presidente Lula também tem defendido, os ministros da fazenda tão caminhando para essa ideia e é uma bandeira histórica dos movimentos sociais organizados a taxação dos super ricos, das movimentações financeiras dos bilionários mundiais, que não pagam um centavo de imposto sobre as movimentações”, continua Simões.
A realização do G20 Social faz parte de um processo iniciado ainda no início do ano, quando grupos de engajamento tiveram o apoio da União para mobilizar e organizar debates, a fim de prepará-los para, pela primeira vez, dialogar com as linhas tradicionais da Cúpula de Líderes, composta pela Geopolítica, comanda por ministros de Relações Exteriores, e a Econômica, chefiada por ministros da Fazenda.
Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).
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Governo convoca movimentos sociais e civis para contribuir com debate dos líderes do G20 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU