• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Ravasi conta a revolução de Paulo. Artigo de Roberto Righetto

Mais Lidos

  • As primeiras reações ao Papa Leão XIV podem enganar ou distorcer a compreensão. Artigo de Michael Sean Winters

    LER MAIS
  • “Se a realidade se assemelha à guerra, extrema-direita e fundamentalismos ganham força porque o horizonte de direitos, proteção e cidadania cada vez mais parecem uma quimera para a maior parte das pessoas”, afirma o economista

    Vivemos num mundo de soma zero. Futuro incerto tende ao protecionismo, isolamento e novas guerras. Entrevista especial com Daniel Feldmann

    LER MAIS
  • Homilia do Papa Leão: a passagem do bastão entre duas angústias. Artigo de Antonio Spadaro

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

18 Outubro 2024

"O livro do Cardeal Ravasi é rico em referências à literatura, à arte e ao cinema, de Michelangelo a Caravaggio, de Werfel a Testori, de Tarkovsky a Rossellini, mas é, acima de tudo, uma homenagem geral à figura de Paulo, que permite reler a sua aventura completamente, sem separar a ação missionária do arcabouço intelectual", escreve Roberto Righetto, jornalista, em artigo publicado por Avvenire, 13-10-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A biografia escrita pelo cardeal, intitulada “Eu era um blasfemo, um perseguidor e um violento”, está repleta de referências à literatura, à arte e ao cinema.

“Paulo está aqui entre nós hoje. Ele demole revolucionariamente, com a simples força de sua mensagem religiosa, um tipo de sociedade fundada na violência de classe, no imperialismo, na escravidão": essa é uma das passagens do rascunho do roteiro que Pier Paolo Pasolini escreveu pensando em realizar um filme sobre São Paulo. Um projeto que nunca foi realizado - mas existe o livro publicado postumamente pela Garzanti em 1977 - que é assumido “quase como um pano de fundo para o nosso itinerário” no novo livro de Gianfranco Ravasi, Ero un blasfemo, un persecutore e un violento. Biografia di Paolo (Raffaello Cortina Editore, pág.194, 19,00 euros), nas livrarias a partir de amanhã. Aquele de Pasolini, para o biblista e cardeal, “é um convite para separar Paulo de um mosaico de abside, das páginas hagiográficas ou dos ensaios rigorosamente exegéticos para trazê-lo ao nosso presente secularizado”.

"Eu era um blasfemador, um perseguidor e uma pessoa violenta. Biografia de Paulo", de Gianfranco Ravasi (Editora Raffaello Cortina Editore, 2024).

O cineasta imaginou o Apóstolo dos Gentios imerso no mundo contemporâneo – estamos em 1967-68. Sua pregação acontece em Nova York, o centro do capitalismo e do poder político-econômico mundial, que tomou o lugar da Roma antiga, enquanto o coração religioso e cultural é Paris e não mais Jerusalém. Claro, adverte Ravasi, a pregação de Pasolini é também uma tomada de distância da Igreja da época, que, em sua opinião, estava muito ligada ao poder e esquecida do verdadeiro espírito do Evangelho. Em certo sentido, até mesmo a releitura filosófica da figura de Paulo realizada por vários pensadores contemporâneos, ente os quais Derrida, Foucault, Badiou, Zizek, Vattimo, Cacciari e Agamben, vai na direção do projeto de Ravasi. Foi Jaspers quem viu Paulo como um grande pensador digno de aparecer nos manuais de filosofia, enquanto Badiou e Zizek chegaram ao ponto de propor uma interpretação materialista de suas epístolas, uma releitura substancialmente neomarxista. Mas a filosofia de Paulo é uma filosofia que se torna antifilosofia, como se depreende do famoso Discurso no Areópago, no qual ele se confrontou com alguns pensadores gregos da época. Ravasi enfatiza a abundância de citações de autores gregos feitas por Paulo, mas enquanto o apóstolo foi ouvido quando explicou as características do Deus cristão (“Nele nos movemos, vivemos e existimos”), foi deixado sozinho quando começou a falar da ressurreição da carne. O encontro de Atenas terminou num fracasso para Paulo.

O livro do Cardeal Ravasi é rico em referências à literatura, à arte e ao cinema, de Michelangelo a Caravaggio, de Werfel a Testori, de Tarkovsky a Rossellini, mas é, acima de tudo, uma homenagem geral à figura de Paulo, que permite reler a sua aventura completamente, sem separar a ação missionária do arcabouço intelectual. Ele também destaca seus traços humanos totalmente característicos, tanto que um biblista refinado como Daniel Marguerat o interpreta como o “enfant terrible” do cristianismo. Por sua vez, João Crisóstomo escreveu que “Paulo invade tudo e transporta tudo para a verdade” e que “chegava em todos os lugares de repente, mais rápido que o vento. Governava o mundo inteiro como se fosse uma única casa ou um único navio”. Bossuet o exaltou como “alguém que não lisonjeia os ouvidos, mas vai direto ao coração”, enquanto Mario Luzi fala dele como “um homem que veio de uma crise planetária” e Derrida o enquadra com dois adjetivos: “Esse doce, terrível Paulo”.

No livro, no qual Ravasi toma claramente distância da improvável definição atribuída a Paulo como fundador ou inventor do cristianismo, como aconteceu em Nietzsche, Renan e Gramsci até um livro mais recente de Augias, são examinadas as 13 cartas atribuídas a ele, assim como os Atos dos Apóstolos, em cuja segunda parte Paulo é protagonista. Não podemos resumir aqui todas as trilhas de trabalho do cardeal, mas podemos focar a atenção em alguns temas relevantes que são destacados. Por exemplo, a originalidade cristã, “aliás, sua força provocativa contra as duas culturas dominantes”, a judaica e a grega. Trata-se de “um cristianismo cosmopolita, transfronteiriço, intercultural, interétnico e até mesmo interclassista e intersexual”.

Por exemplo, sobre a escravidão e a relação entre homem e mulher, se algumas de suas frases estão indubitavelmente ligadas à cultura da época, que no império romano via os escravos serem tranquilamente aceitos e a mulher submissa, Paulo realiza uma verdadeira revolução, como escreve na primeira Epístola aos Coríntios e naquela a Filemon. E aos Gálatas diz: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”.

Outras questões repicam aqui e ali, desde a relação entre corpo e alma, na qual é derrubada a ideia da imortalidade da alma, própria da cultura grega, em favor do novo conceito da ressurreição da carne, até o discurso escatológico. Aos Tessalonicenses, permeados por sugestões apocalípticas, o Apóstolo sugere que não caiam na tentação de fazer previsões sobre o fim do mundo. Na Segunda Carta, há também a famosa e misteriosa referência ao katéchon, a força que se opõe ao triunfo da iniquidade.

Para Ravasi, “é a própria vontade divina que governa a história e controla o mal”. Por fim, não se pode deixar de enfatizar também o poder poético de Paulo, como emerge do maravilhoso hino à caridade na Primeira Carta aos Coríntios, que o cineasta polonês Kieslowski coloca como selo de seu filme A Liberdade é Azul com Juliette Binoche, ou daquele sobre a kènosis contido na Carta aos Filipenses, com a visão grandiosa da paixão, morte e ressurreição de Jesus, que de certa forma revive na epístola aos Colossenses, que “introduz um novo perfil de Cristo - observa Ravasi - como Senhor cósmico no qual tudo subsiste, tudo é reconciliado e redimido”.

Leia mais

  • Centenário de Pier Paolo Pasolini. A fidelidade evangélica de um ateu
  • “A fé e nós. Não existe mais o grande ateísmo, nem a grande profecia”. Entrevista com Gianfranco Ravasi
  • Pedro e Paulo, apóstolos dos gentios? E nós?
  • O Evangelho segundo Pasolini: a obra-prima sagrada. Artigo de Antonio Spadaro
  • Pier Paolo Pasolini – Um trágico moderno e sua nostalgia do sagrado. Revista IHU On-Line, Nº. 504
  • Cinema e transcendência. Um debate. Revista IHU On-Line, Nº. 412
  • Pasolini e Glauber: a imagem do pobre e a ação do capitalismo
  • Pasolini e a nostalgia do sagrado. Entrevista especial com Massimo Pampaloni
  • Dois contra o mundo: Pasolini e Betti
  • Madre Teresa, Pier Paolo Pasolini e o reconhecimento da santidade. Artigo de Angelo Comastri
  • ‘Althusser e Pasolini: Filosofia, Marxismo e Filme’. Entrevista com Agon Hamza
  • Pasolini e o catolicismo: a história de um combate
  • São Paulo em Atenas entre ágora e areópago
  • São Paulo, o futuro do cristianismo. Entrevista com Daniel Marguerat
  • São Paulo anuncia a salvação: as pinturas de Caravaggio e Michelangelo. Artigo de Gianfranco Ravasi
  • A crise: Paulo e os Coríntios. Artigo de Roberto Mela
  • O bilhete de São Paulo a Filemon
  • Carta aos Gálatas: contexto, conteúdo e relação com os atuais tradicionalistas de igreja
  • 2ª Carta aos Coríntios: apostolado na medida de Deus. Artigo de Roberto Mela
  • Os complexos caminhos da liberdade: O filme Bleu, de Kieslowski. Artigo de Faustino Teixeira

Notícias relacionadas

  • Martini: cardeal de três cidades. Artigo de Gianfranco Ravasi

    O grande mérito do ensino e da obra do cardeal Carlo Maria Martini está precisamente em ter se assentado nas encruzilhadas da [...]

    LER MAIS
  • Quando os papas visitam os presos

    Duas são as imagens-símbolo dos papas nas prisões: João XXIII que conta aos detentos do Regina Coeli sobre um parente seu que [...]

    LER MAIS
  • Ravasi, o cibercardeal: ''Assim levamos a fé à rede''

    Ravasi, ministro da Cultura do Vaticano, usa redes sociais, abriu um blog, fala com o administrador do Google e explica por que a[...]

    LER MAIS
  • Pagãos no templo. Artigo de Gianfranco Ravasi

    Se você está no "átrio", você é sempre um externo, quase um marginalizado. O "átrio" é, na realidade, um espaço livre, ond[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados