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Chade. País de refúgio para milhares de sudaneses que fogem da guerra civil

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02 Outubro 2024

A guerra civil que assola o Sudão desde abril de 2023 provocou o deslocamento de quase 8 milhões de habitantes para outras regiões ou para países vizinhos, como o Chade. Este país, um dos mais pobres do mundo, acolhe 640 mil refugiados sudaneses.

A reportagem é de Martin Bertrand, publicada por La Vie, 30-09-2024. A tradução é do Cepat.

Na região de Ouaddai (leste do Chade), o acampamento Aboutengue surge finalmente depois de duas horas de viagem por longas e esburacadas estradas de terra ocre que atravessam a natureza subsaariana. Fundado às pressas pelas Nações Unidas em junho de 2023, no meio do nada, este imenso campo acolhe 53 mil refugiados. Justapostos entre si, pequenos lotes, cercados por galhos, acomodam cada um uma família. As casas são básicas, construídas em madeira e cobertas com lona. Alguns refugiados cultivam sorgo ali, cujas folhas verdes brilhantes contrastam com o monocromia terna do campo.

É impossível não ficar impressionado com o grande número de crianças que aqui brincam ruidosamente sob o olhar distante das mães. No final de um beco, abre-se um interlúdio caloroso: em círculo, os jovens viram-se e batem palmas ao ritmo de canções que parecem saber de cor. Esta é a entrada para o espaço Amigo da Criança ali instalado pela Handicap International (HI). Os menores desenham enquanto os adolescentes participam de esportes coletivos. “No início, a maioria era tímida, isolada, deprimida ou agressiva. Organizamos esses jogos para que eles tentem esquecer um pouco dos acontecimentos traumáticos que vivenciaram. Também acolhemos crianças com deficiência para que possam fortalecer suas habilidades físicas e motoras”, explica Nestor Sainkam, encarregado do apoio psicossocial.

Abusos no Sudão

Muitas organizações não governamentais (ONGs) estão presentes neste acampamento. No espaço HI, cerca de quarenta pessoas aguardam silenciosamente pela sessão de fisioterapia. Eric Ndiramiye, o responsável pelos programas de reabilitação, coloca gesso na perna de uma mulher. “Ela sofreu uma fratura exposta na tíbia enquanto fugia do Sudão. O ferimento dela foi quase reparado, mas ela tropeçou anteontem e seu osso quebrou novamente”, explica ele, com a radiografia da paciente à sua frente.

Enquanto nos labirintos do campo as mulheres e as crianças são a maioria, aqui são principalmente os homens que procuram tratamento. Um deles, Moussa, de 40 anos e pai de dois filhos, é natural da cidade sudanesa de El-Geneina, capital de Darfur Ocidental. Tendo chegado ao Chade em junho de 2023, viveu no centro do conflito durante um mês e meio. “No início da guerra, os projéteis começaram a cair por toda parte, conta. Quando voltava para casa, cinco guerreiros me atacaram. Um deles queria me executar. Enquanto eles discutiam entre si, ele pegou sua arma e atirou em meu braço esquerdo”. Assim que os seus agressores partiram, Moussa, deitado no chão, espalhou o sangue da ferida no corpo para se fingir de morto.

“Outros guerreiros passaram na minha frente e me chutaram. Eu não me mexi. Pensando que eu estava morto, eles acabaram indo embora. Fiquei assim até o anoitecer”. Depois de voltar para a sua casa, tomou a decisão de deixar o país. Recolhido na fronteira por um veículo dos Médicos Sem Fronteiras que vasculhava a zona, recebeu tratamento antes de ser levado ao hospital de Adré, cidade chadiana situada na fronteira, hoje receptáculo de uma crise que a ultrapassa em muito.

Um conflito violento

No vizinho Sudão, desde abril de 2023, dois grupos se confrontam numa guerra civil que está devastado a região de Darfur. De um lado, as Forças Armadas Sudanesas (SAF), cujo líder, Abdel Fattah al-Burhan, lidera o país desde o golpe da junta militar em 2021. Do outro lado, as Forças de Apoio Rápido (RSF), criadas em 2013 para lutar durante a primeira guerra de Darfur e cujo líder, Mohamed Hamdan Dogolo, aspira a tomar o poder.

“É um conflito que todos os atores não previram, ou pelo menos o seu ressurgimento nesta nova forma”, admite Xavier Créach, vice-diretor regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). “Na minha opinião, este conflito é caracterizado sobretudo por um nível extraordinário de violação dos direitos humanos. Falamos muito da guerra, dos diferentes grupos armados que se enfrentam... Mas não falamos o suficiente das vítimas civis e da violência sistemática que foi implementada contra certas minorias e da atrocidade dos crimes cometidos. Depois de 29 anos de missão, não consigo me acostumar com essas tragédias humanas, com as mulheres que contam como viram seus maridos e filhos queimados vivos em suas casas, com os estupros, com os ataques a civis que tentam fugir”.

Nos arredores da cidade de Adré, uma imensa paisagem de casernas improvisadas feitas de ramos e lonas gastas estende-se agora até perder de vista. Neste campo, mais de 250 mil refugiados instalaram-se espontaneamente. Segundo o direito internacional, não é um campo, apenas um ponto de trânsito. Portanto, não há investimentos de longo prazo por parte das autoridades, o que é o caso nos outros campos. “É uma favela superlotada”, admite Eric Ndiramiye, que trabalha no local com as equipes da HI. “Os refugiados só devem ficar aqui no máximo um mês para cumprir os procedimentos relativos à sua chegada, antes de partirem para um verdadeiro campo. Portanto, praticamente não há apoio e alguns refugiados podem passar três ou quatro meses sem receber alimentos”.

Atmosfera de aldeia

Grande parte dos refugiados está aqui instalada há mais de um ano e recusa-se a sair: “A vida aqui é mais animada porque os refugiados estão perto da cidade. Eles podem trabalhar, desenvolver pequenos negócios e ganhar alguns centavos”, explica uma das responsáveis humanitárias presentes no local. É verdade que existe um ambiente de aldeia. Desde o início da manhã, acontece um mercado barulhento onde os homens transportam mercadorias enquanto as mulheres montam barracas no chão para vender alimentos. Bem ao lado, em silêncio, cerca de uma centena de pessoas, sobretudo mulheres, crianças e alguns idosos, esperam pacientemente debaixo de chuva em frente às tendas das autoridades para se registrarem. Elas chegaram do Sudão durante a noite.

Como acontece com muitos outros refugiados, Fadila também está tentando reconstruir a sua vida. A sua jornada reflete as provações vividas por muitas famílias que fugiram da violência no Sudão. Instalada no acampamento Farchana, ela mora aqui com os quatro filhos. Em sua moradia de 10 metros quadrados com piso de terra batida são colocados tapetes e cobertores. À entrada, uma lareira apagada rodeada por algumas panelas e frigideiras. É difícil não notar a prótese colocada num canto da cabana que agora substitui a perna esquerda.

“Os rebeldes invadiram a nossa casa e mataram todos os homens, inclusive o meu marido e o irmão dele. Com as crianças, fugimos para os vizinhos, mas eles voltaram e machucaram minha perna. Levada ao hospital, fui submetida a uma cirurgia antes de os rebeldes atacarem novamente, atirando em pacientes e funcionários. Tivemos que fugir para um acampamento militar fora da cidade. Meu filho me carregou em sua pequena bicicleta, mas no caminho meus ferimentos pioraram. Finalmente decidimos cruzar a fronteira. Os rebeldes nos perseguiram, matando aqueles que fugiram. Nas costas de um burro acabei atravessando a fronteira e cheguei a Adré onde fui internada”. Transferida para Abéché, capital da região, e diante do péssimo estado da perna, foi amputada.

Salvar a juventude

Para as ONG que apoiam estes refugiados, a questão do financiamento torna-se cada dia mais aguda. “Nestas condições, é difícil garantir a segurança alimentar, o fornecimento de água, a instalação de novos acampamentos, enquanto os primeiros acampamentos consolidados pelo ACNUR estão todos lotados”, confidencia Romain Pinart, coordenador do projeto Médicos Sem Fronteiras que, no auge da crise, montou um hospital inteiro para atender as emergências.

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