05 Julho 2024
Quando a imprensa enfoca a corrida presidencial ao governo dos Estados Unidos as notícias e análises ficam restritas a dois candidatos: Joe Biden, concorrendo à reeleição, e o ex-presidente Donald Trump. Os dois candidatos polarizam, sem dúvida, o debate e as chances de vitória, mas o pleito americano, agendado para 5 de novembro, tem mais oito candidatos e candidatas na disputa.
A reportagem é de Edelberto Behs.
Robert F. Kennedy Jr., filho de Robert F. Kennedy assassinado em 1968, corre por fora numa candidatura independente. Ele defende a necessidade de parar o acúmulo de dívidas impagáveis para travar uma guerra após a outra e promete uma “solução diplomática” para o conflito Ucrânia-Rússia. Ele tem em Nicole Shanahan sua companheira de chapa.
O ativista político Cornel West concorre pelo Partido Popular junto com a professora e ativista do Black Lives Matter, Melina Abdullah. Ele se dispõe a “acabar com o domínio de ferro da classe dominante e garantir a verdadeira democracia”. Para ele, “nenhum partido político quer dizer a verdade sobre Wall Street, sobre a Ucrânia, sobre o Pentágono, sobre a Big Tech”.
Ainda sem um companheiro ou companheira de chapa, Jill Stein se apresenta como candidata pelo Partido Verde. Ela entende que o sistema político está quebrado, que o sistema bipartidário falhou e que está concorrendo à presidência para oferecer uma escolha melhor ao povo. A candidata defende “uma agenda pró-trabalhador, antiguerra e de emergência climática”.
Chase Oliver e Mike Maat disputam a presidência e a vice-presidência dos EUA pelo Partido Libertário. Um dos temas centrais da disputa Biden x Trump é a questão do aborto. Oliver entende que pode haver posições de boa fé em ambos os lados do debate. Mas ele quer “deixar essas decisões fora das mãos do governo” e que ela fique nas mãos das pessoas em consulta com seus médicos.
Rendall Terry, fundador do grupo pró-vida Operação Resgate, e o pastor Stephen Broden, fundador da National Black Pro-Life Coalition, quer “tornar o assassinato de crianças através do aborto a questão eleitoral número um na América”. Eles pretendem, na campanha, “mostrar a verdade sobre o aborto e para encorajar os eleitores a não votarem em Biden”.
Tem até candidatura pelo Partido Socialismo e Libertação, com Claudia de La Cruz e Karina Garcia, que defendem prioridades progressistas, como a eliminação da dívida estudantil e cuidados médicos gratuitos. Elas defendem a derrubada “da ditadura dos ricos”, e prometem, se eleitas, abolir o FBI, a NSA e a CIA.
Peter Sonski e Laura Onak buscam a presidência pelo Partido da Solidariedade Americana. Sonski defende o fim da pena capital, a clemência para as pessoas que estão no corredor da morte aguardando a execução, e identificou a satisfação “das necessidades das famílias” com um dos aspectos centrais da sua campanha.
O Partido da Proibição vem com as candidaturas de Michael Wood e John Pietrowski. Ele enfoca sua campanha no abuso do consumo de álcool, “uma droga que contribui para 140 mil mortes no nosso país todos os anos”. O partido admite que o cidadão beba em privado, mas ele não tem “direito de causar danos públicos”.
“Quando o comportamento privado tem consequências públicas, como beber e conduzir, ou o custo econômico de 250 bilhões de dólares associado ao consumo excessivo de álcool, isso torna-se uma preocupação governamental legítima”, define.
As dez candidaturas foram apresentadas pelo repórter Ryan Foley, do portal The Christian Post.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Disputa presidencial nos EUA vai além de Biden e Trump - Instituto Humanitas Unisinos - IHU