Proposta inclui requisitos para identificar os perigos do calor e a implementação de práticas como pausas para descanso, acesso à sombra e água e aclimatação.

A informação é publicada por ClimaInfo, 03-07-2024.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou medidas para proteger as comunidades do país do clima extremo. Entre as decisões estão planos para impor os primeiros padrões federais para proteger os trabalhadores dos EUA do estresse térmico.

“Ignorar a mudança climática é mortal, perigoso e irresponsável”, disse Biden na 3ª feira (2/7), após uma reunião sobre clima extremo no Centro de Operações de Emergência de Washington DC. “Esses eventos climáticos extremos alimentados pelo clima não afetam apenas a vida das pessoas. Eles também custam dinheiro e prejudicam a economia”, ressaltou o presidente, em fala destacada pela Bloomberg.

A proposta da Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA) do Departamento do Trabalho inclui requisitos para identificar perigos de calor; desenvolvimento de planos de resposta a doenças causadas pelo calor e emergências; treinamento de funcionários e supervisores; e implementação de padrões de práticas de trabalho, como pausas para descanso, acesso à sombra e água, e aclimatação ao calor para novos funcionários. A OSHA projeta que a regra afetaria cerca de 36 milhões de trabalhadores e reduziria substancialmente lesões, doenças e mortes relacionadas ao calor no local de trabalho.

A proposta de regulamentação surge enquanto uma onda de calor se instala na Califórnia esta semana e temperaturas recordes são esperadas para Portland, no Oregon, durante o fim de semana de 4 de julho. Isso segue uma onda de calor precoce no mês passado que fez grande parte do país “derreter”, lembra o New York Times.

No ano passado, o mais quente já registrado na história, houve 2.300 mortes relacionadas ao calor nos EUA, provavelmente subestimadas, enquanto visitas às salas de emergência por doenças relacionadas ao calor aumentaram.

Guardian, Washington Post, ABC, CBS, POLITICO e The Hill repercutiram a proposta.

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