Ondas de calor colocam em risco os trabalhadores ao ar livre

Foto: EBC

Mais Lidos

  • A ideologia da Vergonha e o clero do Brasil. Artigo de William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • Juventude é atraída simbolicamente para a extrema-direita, afirma a cientista política

    Socialização política das juventudes é marcada mais por identidades e afetos do que por práticas deliberativas e cívicas. Entrevista especial com Patrícia Rocha

    LER MAIS
  • Que COP30 foi essa? Entre as mudanças climáticas e a gestão da barbárie. Artigo de Sérgio Barcellos e Gladson Fonseca

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

14 Mai 2022

 

Trabalhar ao ar livre durante períodos de calor extremo pode causar desconforto, estresse por calor ou doenças causadas pelo calor. Estudo explora os efeitos das ondas de calor do verão na saúde da força de trabalho em Las Vegas, Phoenix e Los Angeles.

 

A reportagem é do Desert Research Institute (DRI), publicada por EcoDebate, 13-05-2022. A tradução e edição são de Henrique Cortez.

 

Trabalhar ao ar livre durante períodos de calor extremo pode causar desconforto, estresse por calor ou doenças causadas pelo calor – todas as preocupações crescentes para pessoas que vivem e trabalham em cidades do sudoeste como Las Vegas, onde as temperaturas do verão aumentam a cada ano.

Mas você sabia que as trabalhadoras externas estão sofrendo impactos desproporcionais? Ou que trabalhadores externos mais experientes correm maior risco do que aqueles com menos anos de trabalho?

Em um novo estudo no International Journal of Environmental Science and Technology, cientistas do DRI, Nevada State College e do Guinn Center for Policy Priorities exploram a crescente ameaça que o calor extremo representa para a saúde da força de trabalho em três das cidades mais quentes da América do NorteLas Vegas, Los Angeles e Phoenix. Os resultados do estudo contêm descobertas importantes para trabalhadores ao ar livre, seus empregadores e formuladores de políticas em todo o sudoeste dos EUA.

Para avaliar a relação entre calor extremo e doenças não fatais relacionadas ao calor no local de trabalho, o estudo comparou dados sobre lesões e doenças ocupacionais para os anos de 2011-2018 com dados de índice de calor de Las Vegas, Los Angeles e Phoenix. Os dados do índice de calor combinam temperatura e umidade como uma medida de como as pessoas sentem o calor.

“Esperávamos ver uma correlação entre altas temperaturas e pessoas ficando doentes – e descobrimos que havia uma tendência muito clara na maioria dos casos”, disse o autor principal Erick Bandala, Ph.D., professor assistente de pesquisa de ciências ambientais na DRI. “Surpreendentemente, esse tipo de análise não havia sido feito no passado, e há algumas implicações sociais realmente interessantes para o que aprendemos”.

Primeiro, a equipe de pesquisa analisou as mudanças nos dados do índice de calor para as três cidades. Eles encontraram um aumento significativo no índice de calor em dois dos três locais (Phoenix e Las Vegas) durante o período do estudo, com valores médios de índice de calor para junho-agosto subindo de “extrema cautela” em 2012 para a faixa de “perigo” em 2018.

No mesmo período, dados do Bureau of Labor and Statistics mostraram que o número de lesões e doenças não fatais no local de trabalho relacionadas ao calor em cada um dos três estados aumentou de forma constante, passando de abaixo da média nacional em 2011 para acima da média nacional em 2018.

 

Referência:

Bandala, E.R., Brune, N. & Kebede, K. Assessing the effect of extreme heat on workforce health in the southwestern USA. Int. J. Environ. Sci. Technol. (2022). Disponível aqui.

 

 

Leia mais