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Catolicismo e homofobia em tempos de Francisco: uma no cravo, outra na ferradura? Artigo de Jorge Alexandre Alves

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30 Mai 2024

"Infelizmente, são muitas as histórias de clérigos que levam uma vida dupla, às vezes escandalosamente dupla! Indistintamente se alguém é bi, homo, hétero, pansexual ou não-binário. Muitas vezes associamos de forma preconceituosa os abusos e a vida dupla à condição homoafetiva. Nos esquecemos ou ignoramos o belo sermão de dom Antônio Carlos Cruz, recentemente nomeado bispo de Petrolina, quando afirmou que ser homossexual é também um dom divino", escreve Jorge Alexandre Alves sociólogo, professor do IFRJ e integra o Movimento Fé e Política no Rio de Janeiro em artigo enviado ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Eis o artigo.

Uma declaração envolvendo o Papa Francisco a respeito da presença de homossexuais nos seminários católicos causou enorme polêmica. O uso de uma expressão inadequada e sua posterior divulgação na imprensa acontece logo após uma entrevista espetacular que havia sido dada para uma importante rede de tevê norte-americana.

Resta saber o que ficará no imaginário católico. De toda forma, o vazamento da conversa do Pontífice com o episcopado italiano traz ao centro do debate na Igreja uma série de questões muito delicadas. Por exemplo, até que ponto uma pessoa casta é somente aquela que não faz sexo? Castidade e vida celibatária são sinônimos?

Ao mesmo tempo, é necessário pôr o dedo na ferida e dizer as coisas às claras: Não se pode admitir no seminário (que aliás, precisa deixar de ser essa instituição presa ao mundo tridentino) gente, não importando sua opção afetiva, que leve uma vida dupla e promíscua. Simples assim.

Infelizmente, o Papa usou uma expressão preconceituosa demais em um ambiente cheio de inimigos. Para piorar, havia uma gravação em vídeo. Prato cheio que seus opositores não se furtariam em capitalizar.

Os que levam vida dupla (não raro praticam abusos ou protegem abusadores) se aproveitaram, bem como os adversários do magistério de Francisco. Os primeiros jogam uma cortina de fumaça em suas contradições e hipocrisias; os últimos – ainda que homofóbicos – tentam deixar Francisco em maus lençóis com a comunidade LGBTQIA+, cujas relações com a Igreja não são tranquilas.

O celibato obrigatório vinculado ao ministério ordenado, nas condições atuais do catolicismo, pouco contribui para o bem da Igreja e para a construção do Reino. Deveria ser uma opção, uma vez que vocação sacerdotal e vocação celibatária são duas coisas distintas. 

E mesmo quem vive o celibato precisa ter passado por um ambiente saudável de formação para desenvolver de forma sadia sua sexualidade, na opção de vida que escolheu. Se isso não acontecer, há o forte risco de quem abraça a vida celibatária virar uma pessoa psiquicamente frágil ou de jogar suas neuroses em cima de outros.

Hoje, parte dos seminários se tornaram lugares de castração por um lado; e de abusos e assédio, por outro. Este modelo de formação sacerdotal, tanto do ponto de vista da construção da subjetividade, quanto do ponto de vista pedagógico e acadêmico se tornou obsoleto e desvinculado do mundo atual.

Talvez fosse possível ter alguma forma de voto celibatário temporário para os padres seculares (cinco, dez anos talvez), e depois a pessoa estaria livre para decidir sobre essa dimensão de sua vida. Celibato só deveria ser regra obrigatória na vida religiosa, pela própria dinâmica que esse estilo de vida exige.

Apesar de toda a complexidade descrita, isso não deveria servir de justificativa para que clérigos levem vida dupla. Enquanto mudanças necessárias e urgentes não acontecem, esta é a disciplina atual na Igreja. Em tese, ninguém é obrigado a seguir o caminho do sacerdócio ou é forçado a entrar no seminário.

Por outro lado, sabemos que a vida concreta possui mais complexidades, e nem tudo pode ser analisado de forma maniqueísta. Muitos meninos e rapazes entram ainda hoje para os seminários para ter uma oportunidade na vida.

Às vezes, é uma chance de fugir da fome e de ter uma boa formação. Sabemos que isso tem efeitos discutíveis, mas não podemos desconsiderar esse dado. Estamos falando de seres humanos.

Em segundo lugar, não são poucas as pessoas homoafetivas que enxergam na carreira eclesiástica uma chance de não sofrer violência nem preconceito ao longo da vida. O sacerdócio é fuga e esconderijo. A questão é o que se faz depois com as  pulsões e com o desejo. Não é uma situação fácil!

Como já foi dito, sendo um lugar onde a sexualidade é sublimada e o ambiente é castrador, cria-se o caldo de cultura propício para que uma sexualidade reprimida e uma psiquê atormentada produzam tantas pessoas com patologias da alma ou que se tornam predadoras sexuais. A equação abusado/reprimido è abusador/castrador não é algo incomum nos ambientes eclesiais.

Infelizmente, são muitas as histórias de clérigos que levam uma vida dupla, às vezes escandalosamente dupla! Indistintamente se alguém é bi, homo, hétero, pansexual ou não-binário. Muitas vezes associamos de forma preconceituosa os abusos e a vida dupla à condição homoafetiva. Nos esquecemos ou ignoramos o belo sermão de dom Antônio Carlos Cruz, recentemente nomeado bispo de Petrolina, quando afirmou que ser homossexual é também um dom divino.

Pondo mais uma vez o dedo na ferida, essa contradição não é uma peculiaridade do campo conservador. Nem um problema apenas dos padres. No laicato, essas contradições também estão presentes.

Por fim, é lamentável o vazamento, da forma como se deu, dessa fala inoportuna do Papa. Sendo ele quem é, deveria ser mais prudente. Tem muita gente querendo derrubá-lo não por razões nobres mas porque a eclesiologia de Francisco desnuda as contradições de quem a ele se opõe.

Como a censura que existia em tempos outros de inverno eclesial já não se sustenta, temas incômodos são trazidos ao debate público. A Igreja triunfante e impoluta de pontificados anteriores se mostra hoje como peregrina e sujeita a erros, apesar do fundamentalismo cristão dos nossos dias. O Papa também erra.

O nosso "Chicão" lamentavelmente "garoteou bonito" neste episódio, para usar uma gíria bem carioca. Vai precisar de muito cuidado para que a emenda não fique pior que o soneto... Simplesmente pedir desculpas já é um bom começo.

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