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No TikTok, Instagram, YouTube… masculinismo rima com ceticismo climático

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19 Abril 2024

Além das suas posturas misóginas, muitos influenciadores masculinistas também propagam ideias falsas sobre o aquecimento global. Porque amam demais os carros, a carne... e a dominação.

A reportagem é de Pauline Ferrari, publicada por Basta!, 17-04-2024. A tradução é do Cepat.

Em 27 de dezembro de 2023, Andrew Tate, ex-campeão de luta kickboxing e autoproclamado rei da masculinidade, postou um tuíte no qual se dirige diretamente à ativista ambiental Greta Thunberg: depois de se gabar de possuir 33 carros esportivos com motores poluentes, acrescenta: “Por favor, me dê seu endereço de e-mail para que eu possa enviar a lista completa da minha coleção de carros e as enormes emissões de cada um”.

A resposta de Greta Thunberg bombou na internet: “Sim, por favor, me esclareça. Envie toda a informação para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.” (Yes, please do enlighten me. Email me at Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.). A troca de mensagens reflete uma forma de ceticismo climático e de ativismo antiecológico difundido entre os chamados masculinistas, estes defensores da posição de domínio dos homens sobre as mulheres e as minorias de gênero.

A desinformação ligada ao aquecimento global nunca foi tão difundida: um estudo do CNRS de 2023 mostrou que no X, antigo Twitter, as contas céticas em relação ao clima estavam crescendo. De acordo com esta pesquisa, os céticos do clima representaram 30% das contas que falavam sobre o meio ambiente online.

“As populações mais reacionárias ou relutantes à ideia das mudanças climáticas, particularmente nos Estados Unidos, são os homens brancos conservadores, analisa Mathieu Colin, pesquisador da Cátedra da Unesco em prevenção da radicalização e do extremismo violento, especialista em radicalismos políticos e religiosos. Outros estudos mostram que se trata de pessoas que ocupam posições de poder bastante elevadas e que se beneficiam de um certo prestígio: há uma questão de preservação do poder no ato de negar a mudança climática”.

Negacionistas do clima e pró-QAnon

Portanto, não nos deve surpreender que os mais fervorosos defensores da masculinidade tradicional vejam a ecologia como uma perda de tempo, uma perda dos seus privilégios ou uma conspiração. “Para os masculinistas ou para a extrema-direita, há uma ordem social patriarcal branca a preservar, que tem dominado a sociedade ocidental e o planeta. Há, portanto, uma questão de salvaguarda das estruturas de poder e das tecnologias”, explica o pesquisador Mathieu Colin.

O estudo do CNRS de 2023 sobre contas céticas em relação ao clima abertas no X concentrou-se em particular num perfil, o do Elpis_R, com 25.000 seguidores. O homem espalha desinformação sobre o aquecimento global e as questões ambientais, ao mesmo tempo que mistura retóricas de movimentos conspiratórios americanos como o QAnon.

O Elpis apoia especialmente a teoria segundo de que a atual desregulação climática se deve aos ciclos naturais de aquecimento climático do planeta, normais e presentes desde o início da nossa era. Ele também defende a ideia de que as políticas climáticas seriam o resultado de um desejo de controle por parte dos governos e das multinacionais.

Esta desinformação lembra o ceticismo climático da extrema-direita. “São círculos que pensam que as mudanças climáticas são acima de tudo uma agenda globalista e representa uma total hipocrisia por parte dos seus líderes. Ou afirmam que os estudos do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas] ou da ONU se baseiam em ciência falsa, porque outros estudos os contradizem”, explica Mathieu Colin.

Leitura feminista do ceticismo climático

A estratégia retórica também funciona nos círculos masculinistas. Por exemplo, Andrew Tate não hesita em questionar o próprio princípio do aquecimento global, apontando a hipocrisia dos líderes que “compram casas à beira-mar”, quando a elevação das águas deveria engoli-las.

Tudo está associado a comentários conspiratórios. Andrew Tate afirma regularmente que as políticas climáticas são uma “criação da matrix” (uma teoria da conspiração inspirada no filme Matrix adotada pelos círculos de pensamento masculinistas, segundo o qual as pessoas são geralmente enganadas por “uma elite”). Para o kickboxer, as políticas climáticas seriam, portanto, uma ferramenta para controlar as populações.

O argumento é partilhado por certos influenciadores franceses da extrema-direita com conotações virilistas, como o youtuber Papacito, apelido de Ugo Gil Jimenez. Ele foi julgado em fevereiro por “provocar o ódio” (o julgamento foi adiado para o dia 26 de abril). Num vídeo veiculado no TikTok, Papacito questiona a ideia do aquecimento global antes de afirmar que “de qualquer forma haverá um passe climático [...] as populações estão completamente domesticadas, então agora tudo pode acontecer”.

Em 2018, a pesquisadora Cara Daggett, professora de Ciência Política na Virginia Tech University, nos Estados Unidos, propôs uma leitura feminista do ceticismo climático, por meio do termo “petromasculinidade”: a produção e o consumo de combustíveis fósseis seriam elementos centrais da identidade masculina dominante, particularmente mobilizada na extrema-direita. [1]

Nas produções de masculinistas no YouTube, X, Instagram e TikTok, as ligações entre masculinidade e consumo de energia fóssil são perceptíveis. Em Andrew Tate ou o francês que se diz “coach de sedução” Alex Hitchens, os modelos de masculinidade apresentados se sucedem e se parecem: roupas luxuosas, charutos, carros esportivos e sucesso financeiro.

“Quando você tem poder, você tem total confiança em mantê-lo. Existe uma obsessão em torno da preservação do poder financeiro e do poder associado”, observa Carine Pionett, pesquisadora independente especializada em estudos de gênero e de ecologia política.

Outra questão preocupa muitos defensores da masculinidade tradicional: o consumo de carne. Em 2022, as ambientalistas eleitas Sandrine Rousseau e Marine Tondelier foram vítimas de assédio cibernético em massa depois de recordarem que comer carne teve um impacto no planeta. “Existe de fato uma ligação entre o patriarcado e a pressão sobre os recursos naturais. Há comportamentos virilistas que têm maior impacto no planeta e que também fazem mal à vida em sociedade”, afirmou Marine Tondelier, provocando uma onda de comentários e respostas insultuosas em forma de fotos de bifes em churrascos.

“Comer carne, para os movimentos masculinistas, torna-se quase um ato identitário para salvaguardar a masculinidade. Porque o consumo de carne está intrinsecamente ligado à ideia da masculinidade”, observa o pesquisador Mathieu Colin. Nos círculos masculinistas, não hesitam em chamar os homens pró-feministas de “homens-soja”, e zombam abertamente dos homens vegetarianos ou veganos, alegando que o consumo de carne vermelha aumentaria os níveis de testosterona.

Uma ecologia misógina e xenófoba

“A extrema-direita também se baseia na ideia de glorificar a masculinidade como uma glorificação da figura do guerreiro”, lembra Mathieu Colin. Assim, estas nebulosas por vezes heterogêneas consideram que teremos que lutar contra a ideologia dominante, a do progressismo e a triagem dos seus resíduos. No entanto, vimos florescer nos últimos anos um discurso online sobre a ecologia entre os ativistas masculinistas da direita e da extrema-direita.

O ex-diretor da Frente Nacional da Juventude, notório antifeminista, Julien Rochedy, fala sobre ser ecologista em vídeos publicados no YouTube ou no Instagram. Ele defende a ideia de que a ecologia não deve ser deixada para a esquerda.

“Na extrema-direita francesa existe a ideia de preservar o território como preservação da identidade francesa, mas também das tradições”, explica o pesquisador Mathieu Colin. Na sua pesquisa interessou-se pelo ecofascismo, que joga com um imaginário de natureza mitológica e glorificada, “com uma ligação orgânica entre a terra, um território, um povo e uma raça”.

Neste imaginário, desenvolvido por parte da alt-right (direita alternativa) estadunidense, a preservação do território nacional é feita em detrimento de outras populações consideradas inferiores, que deveriam ser expulsas ou mesmo eliminadas. Esta ideologia não se limita aos Estados Unidos.

Na França, o Tenesoun, um grupo ultradireitista herdeiro do Bastion Social, movimento neofascista dissolvido em 2019 pelo governo, pretende hoje fazer “ecologia no terreno” [2] e é ativo nos mercados.

Nestes grupos neofascistas, “está presente a ideia de um forte binarismo de gênero, com um homem que é a mão armada da civilização, e uma mulher protetora do lar que permite que a raça se perpetue”, analisa Mathieu Colin. Mesmo quando se enfeitam de verde, os grupelhos masculinistas e de extrema-direita não escondem a sua xenofobia nem a sua misoginia.

Notas

[1] Ver o livro de Cara Daggett. Pétromasculinité: du mythe fossile patriarcal aux systèmes énergétiques féministes, Wildproject, 2023.

[2] Ler também a pesquisa Mediapart.

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