• O prelado considera que a Igreja tem “um problema de identidade” com esta questão que, admite, “é preciso continuar a debater”, mas “com toda a Igreja e com o Santo Padre”.
  
  
• As palavras do arcebispo de Berlim surgem poucos dias depois do último encontro entre os responsáveis ​​do episcopado alemão e da Cúria Romana, a propósito do polêmico Caminho Sinodal.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 01-04-2024.

O fato de as mulheres, mais da metade da população católica mundial, não poderem exercer o sacerdócio “torna difícil a proclamação da mensagem cristã ”, segundo o arcebispo de Berlim, Dom Heiner Koch. Em declarações à Rundfunk Berlin-Brandenburg (RBB) recolhidas por Katholisch, o prelado insiste na necessidade de “continuar a debater” o assunto, mas sempre “com toda a Igreja e com o Santo Padre”.

“Não ser admitido no sacerdócio ordenado é muito doloroso para muitas pessoas e também torna difícil proclamar a mensagem cristã”, disse Koch, admitindo que nesta questão a Igreja “tem um problema de credibilidade”.

As palavras do arcebispo de Berlim surgem poucos dias depois do mais recente encontro entre os responsáveis ​​do episcopado alemão e da Cúria Romana, a propósito do polêmico Caminho Sinodal. O que ficou claro é que qualquer reflexão sobre esta e outras questões não será feita separadamente, mas “com toda a Igreja e com o Santo Padre”, esclarece o bispo.

Para Koch, existem argumentos teológicos, psicológicos e históricos para não admitir mulheres ao sacerdócio, por isso a Igreja deve debater “como pesá-las”, sabendo que muitos membros da Igreja, também em Berlim, são contra estas aberturas.

“Queremos discutir mais o assunto, mas trilharemos este caminho com toda a Igreja e com o Santo Padre”, concluiu o arcebispo. Em Berlim, por exemplo, meia dúzia de mulheres ocupam cargos de gestão na diocese ou na Caritas.

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