Situação humanitária em Gaza compromete segurança de Israel

Foto: UNRWA

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21 Março 2024

Várias centenas de antigos generais e outros altos cargos da segurança israelenses acabam de alertar para os riscos que representa para a segurança de Israel a situação humanitária em Gaza, a cada dia mais insustentável.

A reportagem é publicada por 7MARGENS, 20-03-2024.

Organizados num movimento já com dez anos de vida, designado Comandantes para a Segurança de Israel (CIS na sigla inglesa), os subscritores de uma carta dirigida ao gabinete de guerra e, entretanto, divulgada em inglês, mostram-se também preocupados com as consequências que a situação em Gaza pode ter para as relações com os parceiros israelenses ocidentais e árabes.

Os mais de 500 antigos generais e oficiais superiores do exército israelense, dos serviços secretos (Mossad, Shin Bet) e da polícia enviaram a carta ao primeiro-ministro e ao ministro israelense da Defesa, na qual, sem questionar a guerra e o modo como ela tem sido levada a cabo, põem a tônica no “aumento significativo” da ajuda humanitária, no seu transporte e no “número de pontos de passagem dedicados, assegurando ao mesmo tempo que a distribuição é sustentada para os dois milhões de não combatentes”.

Para o jornal francês La Croix, que publicou uma notícia sobre este assunto, a recomendação do CIS está em contradição com a opinião majoritária israelense. “Segundo uma sondagem realizada pela cadeia de televisão Channel 12 no fim de janeiro, 72% dos israelenses consideram que o enclave palestino não deve receber ajuda humanitária enquanto não forem libertados os cerca de 130 reféns ainda detidos pelo Hamas”, escreve aquele jornal.

O CIS teme “danos irreparáveis” se o governo israelense não alterar a sua abordagem à situação em Gaza. Alerta, nomeadamente, para o fato do que designa por “avareza humanitária” de Israel já ter levado à suspensão do fornecimento de armas por governos de países europeus como a Bélgica, Espanha e Itália.

O movimento Comandantes pela Segurança de Israel define-se como um movimento apartidário que defende o princípio de “dois estados para dois povos”, que deve levar a acordos com os palestinos e a “acordos de segurança política com o mundo árabe”.

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