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Na Cisjordânia em chamas, aldeias destruídas e colonos armados

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09 Novembro 2023

Abu Safi está sentado em uma das poucas pedras lisas da colina sobre Radeem. Com a mão direita ele se equilibra colocando-a na pedra, com a outra segura com firmeza o longo bastão de madeira, último bastião de sua mobilidade. O seu olhar está voltado para o vale, fixo como se olhasse para o vazio, na realidade Abu Safi observa a sua casa, ou melhor, o que resta dela desde que ele, palestino, foi expulso pelos colonos judeus após os ataques terroristas perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

A reportagem é de Francesco Semprini, publicada por La Stampa, 08-11-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Svietka caminha com pequenos passos na beira de outra colina, a de Eli, com a mão esquerda segura a xícara de chá com a qual acompanha a maior parte dos dias passados ​​como sentinela. A outra está perto da coronha da arma que está na cintura da calça jeans. É ela, juntamente com um punhado de voluntárias, a responsável pela segurança do assentamento israelense desde que os homens partiram para o front em resposta ao ataque do mês passado.

As imagens de Abu Safi e Svietka retratam duas faces do mesmo drama, mesmo que tal definição seja, por natureza, destinada a suscitar a ira de ambas as partes. Dos israelenses, vítimas de um ataque terrorista sem precedentes na sua história e de uma parte dos palestinos, ao mesmo tempo vítimas das retaliações dos israelenses e da corrupção e do extremismo de sua própria gente.

O idoso e a mulher são também duas faces da Cisjordânia, distantíssimas, pelo menos aparentemente.

Para entender melhor vamos analisar o terreno. Das áreas ao sul de Hebron. O nosso guia é Yehuda Shaul da Ofek, “o Centro Israelense para Assuntos Públicos foi instituído em 2020 como observatório independente dedicado a promover uma solução pacífica para o conflito israelense-palestino".

Filho de família judia da Cisjordânia, cinco irmãos e simpatias pela direita israelense. Três anos passados ​​na Infantaria combatendo, de 2001 a 2004, a longa onda das violências da Segunda Intifada. Depois a mudança de ritmo, após pendurar o uniforme camuflado, quebra o silêncio para contar "o que acontece aos palestinos nos territórios ao sul de Hebron". "Breaking the Silence", é a organização não governamental que criou em conjunto com outros veteranos das Forças de Defesa Israelense (IDF). Dezesseis anos depois fundou a Ofek. É Shaul quem nos apresenta Abu Safi que nos leva à Colina de Radeem, o pico mais alto de uma paisagem às vezes de aparência lunar que há séculos acolhe comunidades palestinas dedicadas à pastorícia. O idoso palestino nasceu em 1947, um ano antes do de fundação do Estado de Israel. As comunidades locais sempre tiveram problemas com os habitantes dos assentamentos, mas desde 7 de outubro a hipérbole dos acontecimentos tornou-se inexorável. A aldeia de Abu Safi, tal como outras, foi evacuada pelos colonos israelenses, os habitantes foram expulsos e forçados a deixar suas terras e casas. Algumas foram destruídas pelas escavadeiras das forças segurança dos assentamentos que desde aquele Shabat veem em cada casa um potencial esconderijo terrorista.

Abu Safi olha fixo para a casa perdida, “quando eu era pequeno morávamos nas pedreiras desta região, depois construímos casas para garantir uma vida melhor aos nossos filhos". Ele tem cerca de noventa netos, espalhados por diferentes áreas da Cisjordânia e além. "Pelo menos tenho a eles" Safi sussurra. A situação não é diferente daquela de Susia e At-Tuwani, onde os israelenses também estabeleceram postos avançados “contrários até à lei israelense”, diz Shaul. O clima de desconfiança é um traço vivo que sentimos na pele quando um dos colonos em traje camuflado nos avista na colina e pede reforços, chega a segurança dos colonos com balaclavas para cobrir o rosto carregando M-16 ou Tavor Sar.

Não são muito sutis, a ordem para parar é peremptória, o mais controlado é Abu Safi, que se levanta com dificuldade da pedra e é mandado embora com maus modos. Para nós a detenção continua por cerca de uma hora. "Vocês não podem vir aqui, é perigoso – diz um deles –. Agora estamos nós na mira. Depois serão vocês cristãos e assim por diante."

Palavras não muito diferentes das de Svietka, idade indecifrável, cabelos raspados nas laterais e coloridos no topo, a sempre presente pistola no cós da calça jeans. Pais russos, adolescência em Milwaukee, Wisconsin, depois a mudança para a Cisjordânia.

Ela é uma das sentinelas do assentamento israelense Eli, 30 quilômetros ao norte de Ramallah. No final de um trato de estrada que atravessa "os territórios ocupados" da Samaria onde aparecem visíveis nos lados as concentrações habitacionais palestinas. Não podemos deixar de notar o brinco com o pingente que reproduz as fronteiras de Israel, “aquelas do momento de máxima expansão”. Pertence à comunidade dos ortodoxos modernos, ortodoxos nacionalistas, aqueles que vivem pelo princípio de que a terra de Israel é sagrada e, portanto, devem controlar todas as suas partes.

“Vou atirar em qualquer um que tentar subir esta colina, porque senão será ele a eliminar a mim e à minha gente", diz, apontando para uma depressão onde o Hamas dita a lei. “Estas aldeias aqui em frente são financiadas e controladas completamente pelo ‘movimento terrorista’, por isso é importante explicar ao mundo por que estamos aqui noite e dia, não apenas para proteger a nossa casa, o nosso pedaço de terra, mas para defender a terra de Israel e a nação israelense."

Sentados ao lado de Svietka estão Nave e Tagel, três gerações ombro a ombro que vigiam todos os dias e todas as noites na colina de Eli. “Meu filho está lutando em Gaza, meu marido está na polícia e já não o vejo há algum tempo e estou aqui porque tive um chamado interior – diz Nave -. Nós não escolhemos isso, queríamos ser mães e avós, mulheres normais, mas eles nos forçaram a fazer isso e não iremos a nenhum outro lugar." “Somos leoas judias, agora nós também estamos na linha de frente, esta é a nossa linha de frente”, afirma Tagel, uma jovem estudante. “A ideologia doente do Holocausto não termina com os judeus. O que aconteceu aqui vai acontecer também entre vocês daqui a dois ou três anos, com os ciganos, com os cristãos. É por isso que o 7 de outubro foi um mini Holocausto. Até os terroristas não obterem a Sharia, não irão parar, exatamente como os nazistas fizeram, com a mesma ampla ideologia”, continua Svietka. “Os judeus têm uma missão, nós somos o povo eleito, isso não significa que sejamos os melhores, mas temos uma missão diferente dos outros. Trazer a luz e a melhoria para o mundo. É a missão do povo judeu”, afirma Svietka. Repetindo como um mantra o princípio messiânico “Tiqqun Olam”, ou seja, curar as chagas do mundo.

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