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Paolo Dall'Oglio. Dez anos depois. Sinto falta de seu grito pela dignidade humana. Entrevista com Jacques Mourad

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31 Julho 2023

Nascido na Síria, em Aleppo, 55 anos, Jacques Mourad está entre as maiores testemunhas do cristianismo do Oriente Médio contemporâneo e da história de Paolo Dall'Oglio. Na segunda metade dos anos 1980 participou das primeiras atividades do padre Dall'Oglio que preparavam o nascimento da comunidade de Deir Mar Musa, no deserto sírio. Em 1991, foi seu primeiro parceiro de vida monástica. Ele é, portanto, considerado o cofundador de Deir Mar Musa. Também envolvido na revolução síria e na guerra civil, foi sequestrado em 21 de maio de 2015, mas conseguiu fugir no dia 10 de outubro. Ele contou sua experiência no livro Un monaco in ostaggio (Effatà, 2019).

A entrevista é de Marco Ventura, publicada por La Lettura, 30-07-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Batizado na igreja sírio-católica, uma das antigas igrejas orientais em comunhão com Roma, mas titulares de uma particular autonomia garantida por um próprio direito canônico, em março passado foi ordenado arcebispo sírio-católico de Homs. Trata-se de um reconhecimento extraordinário para uma comunidade que, liderada pelo padre Dall'Oglio, não poupou críticas a um cristianismo médio-oriental frequentemente cúmplice de regimes ditatoriais em troca de proteção contra a hostilidade das massas sunitas.

Jacques Mourad veio a Roma para participar com a comunidade de monjas e monges de Deir Mar Musa e a família de Paolo Dall'Oglio das celebrações do décimo aniversário de seu desaparecimento. "La Lettura” encontrou-se com ele na Biblioteca Europeia na Via Savoia. O diálogo foi em italiano.

Eis a entrevista. 

Como você gostaria de se lembrar do Padre Dall'Oglio?

Como um mensageiro. Seu desaparecimento é uma mensagem para o mundo. Para acordar o mundo.

A verdade sobre seu destino parece distante.

É a injustiça do nosso tempo. Conseguimos chegar à Lua, até Netuno, ao Sol, a construir outra terra, mas não conseguimos encontrar nenhuma notícia sobre Padre Paolo, assim como sobre muitos outros desaparecidos.

Tantas perguntas sem resposta.

O que aconteceu? Onde? Ele está morto ou vivo? Pelo menos, para a família, para nós.

Falta vontade?

Não é falta de vontade. Se eu quero comer pão, vou trabalhar para ganhar dinheiro para comprá-lo. Existe um caminho a seguir para realizar o meu desejo. Mas não existe esse desejo.

De parte de quem? Quem não tem esse desejo?

De parte de todos. Todos. Todos nós somos todos responsáveis pela justiça. Se temos esse desejo, essa sede, nós podemos realizá-lo. Isso falta. A justiça é um desejo de alto nível da humanidade. Jesus deu a vida por isso. E nós não entendíamos. Padre Paolo repetiu o mesmo princípio.

Você quer dizer o mesmo princípio de Jesus?

Porque o Padre Paolo obedeceu à vontade de Deus. Por amor a Deus seguiu o modelo, o exemplo absoluto de Jesus.

Até o sacrifício?

Ele estava ciente do que estava fazendo. Ir para tentar se encontrar com os chefes do ISIS. Não era por um interesse qualquer. Era para dar a sua vida. Ele tem consciência de sua vocação.

É difícil de entender.

Só aqueles que conhecem o Padre Paolo podem aceitar essas palavras e entender essa vocação. Para aqueles que não o conhecem, o que padre Paolo fez é uma loucura total. Alguém que se coloca em perigo não é normal. Não é lógico.

Mas aquele encontro também poderia ter terminado de forma diferente.

Certo. Ele esperava poder levar a paz. Para converter aqueles do ISIS. Para não seguir em frente com a violência, com a guerra.

Existem várias hipóteses sobre o que pode ter acontecido.

Muitas histórias surgiram ao longo dos anos de busca. Mas não sei se de testemunhas de uma verdade ou de uma imaginação ou mesmo de interesses pessoais. No final, não conseguimos encontrar uma verdade.

Nem uma única palavra de verdade. A dor por isso é infinita. Para a família e para todos aqueles conheceram e amaram o Padre Paolo. Oferecemos essa dor, eu posso falar também pela família, como uma oração concreta e profunda pela paz na Síria e no Oriente Médio.

Vocês estão unidos com a família, você e a comunidade?

Claro. Sim. Estamos no mesmo barco da dor, como diz o Papa Francisco. O mesmo barco que sente falta do padre Paolo.

Do que você mais sente falta dele?

Seu grito pela dignidade humana. Porque hoje a pessoa humana não vale nada. Tem valor o que produz, o que gera dinheiro. Não o amor, não a liberdade, não a justiça.

Sente falta de seu grito de denúncia.

Sim.

E o que você sente de mais presente dele?

Ele. Ele está presente. Graças ao amor que deu a tantos. Por exemplo, quando vim para a Itália e na Europa depois de 2016 encontrei muitas pessoas que falaram do encontro com o Padre Paolo e de como influenciou as suas vidas.

Influenciou também a Igreja Católica?

Ele está presente na Igreja Católica. Esse espírito, esse ensinamento, essa luta do Papa Francisco sobretudo pela amizade e pela fraternidade com os muçulmanos concretiza o que o padre Paolo queria. Ele levou a mensagem da Igreja quando decidiu ir ao encontro do mundo muçulmano. E sinto que a Igreja leva continuamente a sua mensagem.

Padre Paolo levou a mensagem da Igreja e agora a Igreja leva a mensagem do padre Paolo.

Sim. Quer dizer, o que conforta o seu coração onde quer que ele esteja é isso. Que a sua oferta, o seu sacrifício deu muitos frutos. Essa é a mensagem mais importante para nós, hoje.

Você realmente quer dizer o seu coração, o coração do padre Paolo?

Sim, o seu coração. Para mim, o padre Paolo está sempre vivo. Mesmo que ele esteja fisicamente morto, ele está vivo.

Porque o homem de Deus não morre. Um mártir está vivo.

Você também foi sequestrado.

Sim, durante quatro meses e 20 dias. Para mim, o que o padre Paolo viveu não é distante. Eu sinto todos os dias o que ele passou.

Você foi sequestrado pelo ISIS?

Sim, sim.

E depois foi solto...

Não, eu fugi. Graças à ajuda de um muçulmano, um amigo. E isso é muito importante, para mim e para todos nós.

A opinião pública ocidental é muito cética sobre a possibilidade de boas relações entre cristãos e muçulmanos.

Realmente precisamos libertar nossos corações de julgamentos e generalizações. Nós não podemos viver com essa mentalidade. Cada homem é único. Não podemos dizer todos os cristãos, todos os muçulmanos. O homem tem um valor total. Não somos grupos, somos pessoas.

Então, sem generalizar, o padre Paolo encontrou escuta entre os muçulmanos?

Certo. Para muitos muçulmanos, o Padre Paolo representa uma voz de reconciliação. No final dos encontros inter-religiosos de Mar Musa os participantes não queriam se separar. Cristãos e muçulmanos, sunitas, alauítas (confissão de origem xiita concentrada na Síria, ndr) e xiitas. Para o mundo eles são inimigos que travam guerras. Mas em Mar Musa haviam tocado a beleza do diálogo, da amizade e da fraternidade.

Uma experiência que transforma.

É por isso que o Papa Francisco insiste. Somos responsáveis pela fraternidade. Precisamos trabalhar para essa fraternidade.

O que significou ser eleito bispo? Porque na vossa Igreja os bispos são eleitos, certo?

Sim.

Essa eleição também é fruto do Padre Paolo?

Para mim, sim, claro. Porque a Igreja precisa de testemunhos vividos. A importância não é o cargo, a função. A importância é o homem a serviço da Igreja e da humanidade. Então, para mim, ser bispo é útil para servir a Igreja, para testemunhar o amor de Jesus por todos, especialmente neste tempo, no meio do mundo muçulmano radicalizado.

Uma tarefa difícil.

Precisamos lutar, afirmar que o caminho para mudar o mundo é a fraternidade. Mas também é verdade que nem toda a Igreja acolheu essa mensagem do Papa Francisco com responsabilidade. E isso não é bom diante de Jesus, que pregava por uma Igreja unida.

Quantos fiéis de sua Igreja permanecem na Síria hoje?

Cerca de 5 mil famílias. Em nossa diocese temos 2 mil e 27 famílias, quase 9 mil pessoas.

Como você quer concluir?

Espero que este mundo não perca a bússola, que não perca o princípio.

Reprodução da capa da obra de Jacques Mourad, lançada em 2019 

 

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