19 Mai 2023
Os presidentes Zelensky e Putin, separadamente, concordaram em conversar com os enviados especiais do Santo Padre para discutir e chegar a uma trégua. As questões preliminares são muito complexas e até agora os progressos parecem ser muito limitados. Nas últimas semanas, no entanto, alguns cenários importantes mudaram.
A reportagem é publicada por Il Sismógrafo, 18-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.
Desde que o Papa Francisco anunciou de surpresa a existência de uma "missão" de paz para pôr fim à guerra russa contra a Ucrânia, apenas 17 dias se passaram e não meses como se poderia pensar se levarmos em conta a evolução bastante vertiginosa da situação neste curto período de tempo. Em quase três semanas mudaram muitas coisas importantes, tanto na realidade do conflito no campo, como no leque de vias possíveis para a busca da paz hoje.
Muitas análises e hipóteses dos primeiros dias deste mês de maio já estão hoje superadas. A entrada em campo da China com um Enviado do mais alto nível, Li Hui, que já visitou Kiev, a renovação por dois meses do acordo sobre o trigo, a chegada de material bélico tecnologicamente superior, a visita de Zelensky à Itália para encontrar S. Matarella, G. Meloni e o Papa Francisco, uma etapa do estratégico tour europeu do Presidente ucraniano (Roma, Berlim, Paris e Londres), a enésima visita de Ursula von der Leyen a Kiev, são algumas das novidades que mudaram o panorama em relação a algumas semanas atrás.
Todos esses eventos recentes tornam ainda mais ilegível o enigma sobre a "missão" [da paz] anunciada pelo Santo Padre no avião que o levava de volta da Hungria para a Itália em 30 de abril.
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Cardeal Matteo Zuppi e arcebispo Claudio Gugerotti: eis a “missão” de paz do Papa para encontrar um acordo que permita a assinatura de uma trégua e o início de um diálogo entre a Ucrânia e a Rússia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU