19 Mai 2023
O enviado especial chinês para os Assuntos euroasiáticos, Li Hui: "A China está disposta a incentivar a comunidade internacional para formar o maior denominador comum para resolver a crise ucraniana".
A reportagem é de Davide Falcioni, publicada por Fanpage.it, 18-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.
Pequim não desiste da busca de uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia. De fato, o enviado especial chinês para Assuntos euroasiáticos, Li Hui, visitou Kiev ontem e anteontem, onde trocou opiniões com o presidente Volodymyr Zelensky, o ministro das Relações Exteriores Dmitro Kuleba e outros líderes sobre maneiras de pôr um fim à guerra por meio de uma solução política.
Mesmo não existindo uma "panaceia", Li exortou todas as partes a criar as condições para as conversas de paz, informou um comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, segundo o qual "a China está disposta a incentivar a comunidade internacional para formar o maior denominador comum para resolver a crise ucraniana".
O objetivo da China é "parar os combates, chegar a um cessar-fogo e restaurar a paz o mais rápido possível", informou o comunicado. Li Hui, enviado especial da China para os Assuntos eurasiáticos, visitou Kiev nos últimos dias: ex-embaixador na Rússia, em breve viajará também para a Polônia, França, Alemanha e, finalmente, para a Rússia. Li é o mais graduado oficial chinês a visitar a Ucrânia desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022: as relações bilaterais entre a China e a Ucrânia também foram discutidas com as autoridades de Kiev, como explica a Reuters, e ambos os lados concordaram em trabalhar para manter o respeito mútuo e continuar a avançar com uma cooperação mutuamente vantajosa.
No entanto, o caminho para uma trégua ainda é difícil. De fato, a Ucrânia reiterou ontem que não aceitaria propostas de cessão de território para a Rússia em um eventual plano de paz de Pequim, assim como não aceitaria um cessar-fogo baseado no congelamento das atuais posições do conflito, que considera muito favoráveis a Moscou. Kiev considera "importante" a "participação" da China nos esforços de paz, mas "não aceitará nenhuma proposta de paz que preveja uma cessão de território à Rússia ou um congelamento do conflito", reiterou o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, no final da conversa com o emissário chinês Li Hui.
Kuleba enfatizou ao enviado de Pequim a necessidade de "respeitar a integridade territorial" da Ucrânia, louvando ao mesmo tempo o papel "importante" da China. O ministro ucraniano "explicou em detalhes ao representante especial chinês os princípios de restauração de uma paz duradoura e justa, baseada no respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia", declarou o ministério num comunicado.
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O enviado chinês à Ucrânia: “Queremos chegar a uma trégua e restaurar a paz o mais rápido possível” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU