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25 Março 2023

Os nacionalismos tornaram-se obsoletos não graças a democracias virtuosas, mas porque não há mais nações no sentido de “Deus, pátria, família”, não há mais uniformidade de línguas e de sangue; as políticas identitárias são fatores certos de guerra, como no Donbass ou no Curdistão, e a última alternativa à mestiçagem são os genocídios, como ocorreu com os índios americanos, os armênios, os judeus e ocorre agora com o povo dos migrantes.

A opinião é de Raniero La Valle, jornalista e ex-senador italiano, em artigo publicado por Chiesa di Tutti, Chiesa dei Poveri, 18-03-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

A direita do governo [italiano] tem razão ao dizer que houve tragédias marítimas muito mais graves em termos do número de mortes e de resgates fracassados antes da tragédia de Cutro e sob a responsabilidade de outros governos. Mas os fenômenos não se medem por peso. Entre causas e efeitos, quase nunca a conta fecha.

A guerra na Ucrânia é menor do que muitas outras guerras passadas e em curso, mas seus efeitos sobre a história do mundo serão incomensuravelmente maiores, a partir da sabotagem do Conselho de Segurança que Putin não poderia alcançar graças ao ultraje do mandado de prisão internacional emitido contra ele, que efetivamente o proíbe de fazer isso.

O massacre de Cutro e o imediatamente replicado na costa da Líbia têm isso de diferente dos outros, já que seu impacto na opinião pública e a convulsão que produziram na consciência, no pensamento e nos atos de todos, desde as pessoas da costa ao presidente da República, das forças políticas às páginas dos jornais, do Parlamento às programações televisivas, foram tais que todo o problema das migrações mudou de natureza desde então, e todos os diagnósticos, palavras, respostas políticas, contramedidas que foram propostos até agora se tornaram inadequados e impensáveis: do perverso pacto com os líbios aos portos fechados de Salvini, da perseguição às ONGs aos vãos apelos à Europa, das boas intenções de “ajudá-los na casa deles” à mítica e cínica ideia de “regular os fluxos” para ter braços para explorar e servos aptos aos trabalhos que os italianos desdenham de fazer.

O problema mudou justamente porque a única resposta que não se admitia, que parecia impossível e impronunciável para querer ficar no jogo do debate político e no mercado eleitoral tornou-se a única adequada e também a única verdadeira, ou seja, aquela que inevitavelmente prevalecerá no longo prazo: a abertura das fronteiras, o caminho aberto aos êxodos coletivos, os fornecedores do serviço de transporte não mais execráveis como “traficantes de pessoas”, o reconhecimento e o efetivo exercício do “ius migrandi” e do direito de se enraizar por toda parte, que foi o primeiro direito humano universal atribuído pelo Ocidente e teorizado por Francisco de Vitória no alvorecer da modernidade para legitimar a substituição étnica dos espanhóis pelos índios “descobertos” na América.

A “substituição étnica” é precisamente a abominação que Giorgia Meloni prometeu veementemente evitar em sua campanha eleitoral, talvez o pior de seus compromissos que lhe valeram o mandato de governar que lhe foi conferido por eleitores rarefeitos.

Hoje, para dizer “tenho a consciência tranquila” após o naufrágio do Cutro, a primeira-ministra não pode mais trocar as migrações pela invasão, invocar a “defesa das fronteiras” e o bloqueio naval, prometer defender a integridade da nação ousando a hipérbole da prisão dos contrabandistas em todo o orbe terrestre e aquático. O mundo em que fascistas e não fascistas ainda podiam dizer essas coisas não existe mais, não é o mundo real.

Os nacionalismos tornaram-se obsoletos não graças a democracias virtuosas, mas porque não há mais nações no sentido de “Deus, pátria, família”, não há mais uniformidade de línguas e de sangue; as políticas identitárias são fatores certos de guerra, como no Donbass ou no Curdistão, e a última alternativa à mestiçagem são os genocídios, como ocorreu com os índios americanos, os armênios, os judeus e ocorre agora com o povo dos migrantes.

A substituição étnica é a modalidade por meio da qual se formou o mundo que conhecemos e por meio do qual se conformará o mundo que virá, do qual ignoramos tudo como nunca na história. Não conseguimos sequer imaginar o mundo das próximas décadas: os mares que se elevam, o clima que entrou em colapso, a inteligência artificial, o ser humano robotizado, as migrações em massa (59.965.888 calculados há 10 anos; hoje mais de 100 milhões), a era do pós-teísmo, o resultado da “competição estratégica” planejada por Biden entre Estados Unidos, Rússia e China, o fim que terá o planejado Império Americano fará, desde que a guerra mundial e atômica não se atravesse no caminho.

Se quisermos continuar habitando o mundo como ele é, devemos governar seus processos, não interditá-los e derrubá-los com titanismos e violência. Sem substituição étnica, não haveria a América que amamos ou, melhor, as duas Américas, nem mesmo a Europa, e a Lombardia dos lombardos, e os anglos evangelizados pelo Papa Gregório, e nem mesmo o cristianismo (“Yo soy cristiana”) que foi disseminado entre “os gentios” e hibridizou e converteu suas histórias.

Hoje, não seria possível deixar que o Papa Francisco escrevesse uma encíclica como a Fratelli tutti, se os irmãos não pudessem se encontrar, intercambiar-se, acolher-se mutuamente, viver juntos além das diferenças de línguas, religiões, territórios e culturas, assim como não se poderia pensar em um mundo recomposto em sua unidade e salvaguardada por um ordenamento constitucional para toda a Terra, sem que o pluralismo e o intercâmbio entre os povos sejam reconhecidos e preservados na “harmonia das diferenças”.

Este ano de 2023 pode ser o ano da virada se, como escreveu o jesuíta Felice Scalia, recordando Italo Calvino, soubermos “buscar e saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno”. Abrir as portas e o coração aos migrantes é removê-los do inferno, primeiramente, e depois nós também.

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