08 Setembro 2022
Em manifestação na área de exposições da 11ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) jovens pediram mais atenção à crise climática que se abate sobre o planeta. “Se queres justiça climática, digam ‘Amém’” foi o mote do protesto que reuniu pessoas de diferentes confissões, idades e procedências.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Canções e cartazes encheram o ambiente. “A crise climática não conhece raças, gênero, regiões, cores, posições sociais, nada disso. A crise afeta as pessoas que já são as mais vulneráveis”, declarou a zambiana Jessica Bwali, no discurso que proferiu no local.
A ideia da manifestação juvenil foi a de ampliar o chamado à justiça climática. “Quero que se dê prioridade ao assunto como questão fundamental da Assembleia. Os jovens querem que os dirigentes enfrentem a crise climática”, disse o zimbabuano Collins Shave.
Jovens instigaram o organismo ecumênico para que comunique de forma clara a respeito da crise climática, e pediram que sejam escutados e façam uso de seus dons em ações em defesa do clima.
Na conferência de imprensa, na segunda-feira, 5, a delegada da Igreja Ortodoxa Síria Malankara, Ruth Mathen, arrolou: a menos que os esforços dos jovens sejam mobilizados para uma mudança institucional, seus esforços para viver de forma sustentável, ética e consciente do consumo não terão impacto.
Ruth frisou, contudo, que a responsabilidade por uma justiça climática não é tarefa apenas dos jovens. “É tarefa de cada cidadão deste planeta”. Ao lado do secretário-geral de ACT Aliance, o brasileiro Rudelmar Buenos de Faria, a representante ortodoxa destacou o envolvimento do organismo ecumênico na abertura para as vozes dos jovens.
“O CMI é o principal ou o primeiro espaço onde posso compartilhar uma mesa com alguém tão sênior quanto o secretário-geral de ACT Aliance. Sou capaz de me sentar na mesma fileira que o primaz ou o chefe de uma igreja em particular. Esse espaço eu não encontraria em nenhum outro lugar quando jovem”, assinalou.
Na conferência de imprensa Rudelmar comentou o trabalho desenvolvido por ACT Aliance. Construir um futuro sustentável significa trabalhar juntos pela justiça, pelos direitos humanos e pela promoção da democracia. “Nós precisamos trabalhar juntos”, destacou.
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Jovens pedem mais empenho na defesa da justiça climática - Instituto Humanitas Unisinos - IHU