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O moedor de carne da JBS no Brasil: 7 acidentes de trabalho por dia

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11 Dezembro 2020

Entre julho de 2018 e março de 2020, a empresa respondeu sozinha por 20% dos casos registrados nas cidades em que atua.

A reportagem é de Marcos Hermanson Pomar, publicada por O Joio e O Trigo, 10-12-2020.

Com receita líquida global de R$ 204 bilhões em 2019, a empresa goiana JBS – fundada em 1953, na cidade de Anápolis – é a quarta maior empresa do ramo de alimentos no planeta.

Seus tentáculos se estendem pelos cinco continentes habitados e suas operações reúnem 240 mil “colaboradores” espalhados por 400 unidades de frigoríficos, centros de distribuição, fábricas de processados e escritórios comerciais.

Mas não se faz um omelete sem quebrar alguns ovos, e não é sem alguns percalços que se constrói um império tão grande no ramo da carne. No caso da JBS, o “inconveniente” é o lesionamento e o adoecimento sistemático dos trabalhadores na ponta da cadeia.

São eles que permanecem longas horas em ambientes frios, executando movimentos repetitivos e recebendo pouco – muitas vezes o equivalente a um salário mínimo – para matar, desmembrar, desossar e separar as carnes que vão chegar às gôndolas do Brasil e do exterior.

Com a ajuda de dados disponibilizados pelo Ministério da Agricultura e pelo INSS, O Joio e O Trigo fez uma estimativa do número de acidentes de trabalho em cidades brasileiras com frigoríficos da JBS.

Utilizamos a base de dados de comunicações de acidentes de trabalho (CATs) do INSS e a lista de frigoríficos de inspeção federal, fornecida via Lei de Acesso à Informação pelo Ministério da Agricultura.

Os dados de acidentes de trabalho não discriminam a empresa do trabalhador lesionado, mas mostram o setor econômico em que ele trabalhava e a cidade em que o lesionamento ocorreu. A lista de frigoríficos de inspeção federal, por sua vez, fornece uma relação atualizada das cidades com frigoríficos da JBS.

Cruzando esses dados, pudemos estimar o número de acidentes de trabalho ocorridos nas dependências da corporação.

Ficaram de fora da estimativa os acidentes ocorridos em 11 cidades que tinham outros frigoríficos de inspeção federal concorrentes, já que seria impossível saber em qual frigorífico o acidente listado havia ocorrido.

Foram mantidas na estimativa, no entanto, cidades que têm frigoríficos concorrentes pequenos, de inspeção estadual e municipal, por conta do número reduzido de funcionários nesses estabelecimentos.

Os resultados impressionam: entre julho de 2018 e março de 2020 – período de abrangência dos dados públicos de CATs do INSS, os frigoríficos da JBS em 32 cidades do país emitiram 4.677 comunicações de acidentes de trabalho.

São sete acidentes de trabalho por dia, em média, e 18% do total de casos registrados nesses municípios no mesmo período.

Fraturas, queimaduras, amputações e eletrocuções

A maioria dos empregados que sofreram acidentes tinha entre 20 e 29 anos (42%), seguidos por seus colegas na faixa de 30 a 39 (28%) e 40 a 49 anos (15%). Homens representam 77% do total de casos.

O funcionário mais velho a se acidentar foi um homem de 75 anos, lesionado no trajeto ao trabalho no mês de agosto de 2018, no município de Andradina (SP), a terra do Rei do Gado.

Nesse período de 22 meses, foram 72 funcionárias e funcionários idosos envolvidos em algum tipo de acidente de trabalho – 1,5% do total.

Dentre os 4.677 registros houve sete mortes. Duas em Vilhena (RO), e uma em cada um dos seguintes municípios: Santana do Araguaia (PA), Alta Floresta (MT), Juara (MT), Passo Fundo (RS) e Andradina (SP).

Os acidentes se concentram na região Centro-Oeste (54%), seguida por Sudeste (16%), Norte (15%) e Sul (10%), o que condiz com a distribuição espacial da JBS.

As partes do corpo atingidas com maior frequência, segundo os registros, são dedos (1.197), mãos (448), pés (385) e antebraço (282). As lesões mais frequentes são cortes e lacerações (1.831), contusões (900), escoriações (362) e queimaduras (347). 

(Fonte: O Joio e O Trigo)

Nessa categoria – “natureza da lesão” – a tabela do INSS registra cinco trabalhadores da empresa goiana infectados por “doença contagiosa”, todos no município de Alta Floresta (MT), entre setembro e outubro de 2018.

Os dados fazem referência a um surto de brucelose – zoonose transmitida pelo boi que, em seus quadros mais graves, pode afetar sistema nervoso central, coração, ossos, articulações, fígado e aparelho digestivo. O episódio rendeu à JBS condenação por danos morais coletivos e multa no valor de R$ 1 milhão.

Nesse mesmo período analisado pela reportagem, os frigoríficos da empresa foram palco de 242 fraturas, 87 queimaduras químicas, 16 amputações e 11 eletrocuções. 

(Fonte: O Joio e O Trigo)

O que diz a JBS

Em nota enviada ao Joio, a empresa afirmou: “A JBS lamenta profundamente incidentes com nossos times e reforça que o bem-estar e a integridade de seus colaboradores são seus compromissos inabaláveis. Dessa forma, a companhia trabalha com o propósito de reduzir riscos e oferecer condições de trabalho seguras a todos. A empresa reitera que investiu globalmente mais de R$ 900 milhões nos últimos anos em ações e programas internos para garantir a segurança dos seus colaboradores, atuando tanto na prevenção como na correção de procedimentos.”

Epidemia anterior à do coronavírus

Desde o início da pandemia do novo coronavírus os frigoríficos estão sob os holofotes por terem atuado como interiorizadores da Covid-19.

A combinação de ambientes propícios com medidas frouxas de proteção foi perfeita para que o patógeno se espalhasse entre funcionários e deles para as cidades do entorno.

Mas o problema é anterior. Características específicas do trabalho no setor fazem com que ele seja um dos mais problemáticos em termos de acidentes de trabalho e afastamentos previdenciários.

Linhas de produção cada vez mais rápidas e cortes de carne sempre mais específicos – para atender a demandas do mercado interno e externo – cobram seu preço.

Não à toa a atividade é a única no país com uma norma regulamentadora específica, criada pelo antigo Ministério do Trabalho em 2013, com o objetivo de frear a epidemia de acidentes.

O Joio já mostrou que, em 2019, as cidades pequenas com frigoríficos de inspeção federal registraram taxas de acidente de trabalho 70% acima da média nacional e 212% acima JBS analisados por esta reportagem estão instalados em municípios pequenos, de até 50 mil habitantes.

Juntas, essas cidades contaram 7,8 acidentes de trabalho para cada mil habitantes entre julho de 2018 e março de 2020. O número é 110% maior do que a média nacional e 280% maior do que a média dos municípios pequenos.

 

Leia mais

  • O trabalho nos frigoríficos: escravidão local e global? Artigo de Leandro Inácio Walter. Cadernos IHU ideias, Nº. 238
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