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Fulgurados pelo mistério do “falar calando”

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31 Julho 2020

"Até um não-cristão declarado, pouco espiritual, como Bertrand Russell, escrevia um ensaio sobre Misticismo e Lógica, onde afirmava que "os maiores filósofos sentiram a necessidade tanto da ciência quanto da mística", escreve o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 19-07-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Editado por Francesco Zambon,
La mistica cristiana
vol. I, Mondadori, Meridiani, Milano, páginas 1.613, € 80

Mística cristã. Francesco Zambon organizou o primeiro dos três Meridianos planejados sobre o tema. Apresentadas as tradições greco-tardia, bizantina, siríaca e armênia até os textos medievais em latim e italiano “Como quem, lançando-se ao mar em um barquinho, é tomado por uma tremenda angústia ao confiar um pequeno pedaço de madeira à imensidão das ondas, também nós sofremos ao ousar entrar em um oceano tão vasto de mistérios”. Essa imagem poderia expressar a emoção que se sente ao iniciar a navegação textual proposta pelo primeiro volume de mais de 1.600 páginas que pertences a um tríptico - engastado nos Clássicos do espírito, seção dos Meridianos da Mondadori - dedicado à mística.

Um dos primeiros autores a vir ao nosso encontro é o autor das linhas citadas, o escritor cristão Orígenes, nascido em Alexandria no Egito por volta de 185 e falecido em Tiro depois de 250. O símbolo do oceano, que se expande desmedidamente e é marcado por litorais móveis, também é adotado por outro místico, o espanhol Luis de León, do século XVI, que em uma de suas páginas, com encantado assombro poético, confessava: "En Diós se descubren nuevos mares cuanto mas se navega". Para erigir a imponente arquitetura do tríptico, são convocados um grupo de estudiosos corajosos, liderados por um especialista de alto calibre intelectual como o veneziano Francesco Zambon, 1949, que ensinou filologia românica nas universidades de Pádua e Trento. Devemos a ele o mapa da trilogia e, acima de tudo, desse mar tão vasto quanto o da mística. A leitura de sua introdução geral é, portanto, fundamental, destinada a comprimir a fluidez e a incandescência dessa matéria no molde restrito de um ensaio.

Já a palavra "mística", com sua matriz grega myein, "calar fechando os lábios", contém em si um oxímoro, o falar calando, já que "o que caracteriza a linguagem a mística é o esforço constante de ir além dos limites da língua normal”, até afundar em apofatismo e, portanto, no silêncio. Lembrava um místico persa, Farid ed-Din 'Attar, que viveu entre 1136 e 1230, que "a doutrina da oração e da contemplação consiste em dez capítulos: falar pouco é o argumento do primeiro; calar é o dos outros nove”. Que se trate de um silêncio "branco", ou seja, síntese de todas as cores brilhantes das palavras, é confirmado justamente pelas páginas do volume, cheias de quase setenta presenças que variam da mística greco-tardia e bizantina, embrenham-se pelas sendas elevadas das tradições siríaca e armênia e se estendem no amplo vale da espiritualidade latina (a partir de Ambrósio e Agostinho) e italiana medieval.

E nesse último capítulo se apresentam rostos conhecidos por muitos, de Jacopone de Todi a Clara de Assis, de Ângela de Foligno a Catarina de Siena. O olhar nos tomos sucessivos do tríptico se estenderá à mística alemã e flamenga, moderna francesa e italiana (tema do segundo volume) e finalmente abordará as tradições ibérica, inglesa e norte-americana, russa e sueca.

Portanto, o uso da metáfora do mar é legítimo, também porque as ondas que o povoam podem ser não apenas móveis, como é óbvio, mas também lamacentas ou variegadas, com iridescências até marcadas pela heterodoxia (basta pensar no gnosticismo ou em Giordano Bruno). É uma tarefa difícil navegar por essas ondas, a partir da própria definição de mística, tanto é verdade que um dos estudiosos mais conhecidos desse fenômeno, Elémire Zolla, com seus sete volumes dos Mistici di Occidente (Rizzoli 1976-80), reproposto em dois volumes pela Adelphi, em 1997, se abandonava a uma espécie de nebulosa vaga e até indecifrável, declarando que a mística seria "repetição, em uma civilização não mais coral, da experiência iniciática". A deriva ideológica é a de considerar a mística um banho no irracional ou, pior, a queda na degeneração vulgar (a "mística fascista" ...).

Já uma palavra irmã como "mistério", bem conhecida no Novo Testamento, onde ocorre 28 vezes, supõe simultaneamente um segredo e uma revelação, manifestando assim a dialética implícita também na palavra irmã "mística". É o conhecimento de um projeto oculto da mente divina que as Escrituras revelam em uma transparência ainda "confusa, como em um espelho ..., de modo imperfeito", para usar o léxico paulino. Mas é também uma participação vital naquele projeto transcendente através do "mistério-sacramento", em particular a Eucaristia.

É também, mais amplamente, a relação pessoal e a união com Deus. E, finalmente, chegamos a um conceito global como o do "corpo místico" de Cristo que é a Igreja. Dito isto, porém, é preciso reiterar que a costa daquele mar se desgasta e mistério-mística "ultrapassam o âmbito da literatura religiosa, para designar qualquer tipo de hermenêutica que busca significados ocultos ou secretos".

Até um não-cristão declarado, pouco espiritual, como Bertrand Russell, escrevia um ensaio sobre Misticismo e Lógica, onde afirmava que "os maiores filósofos sentiram a necessidade tanto da ciência quanto da mística". E é recente, por exemplo, o estudo de Gabriele Guerra sobre o fundador do Cabaret Voltaire, Hugo Ball (1886-1927), suspenso na corda bamba "entre dada e mística", como diz o subtítulo de sua obra (L’acrobata d’avanguardia, ed. Quodlibet).

Zambon, embora ciente do esforço para identificar uma gramática dessa realidade, exercício a ser enfrentado por figuras de grande prestígio a que ele recorre frequentemente (apenas para exemplificar Michel de Certeau, Giovanni Pozzi ou Henri Bremond), em sua introdução, oferece uma visão geral desse horizonte tão repleto de luz e fremente de paixão (o eros místico está completo no êxtase de Santa Teresa de Bernini), mas também marcado pela teologia negativa. Portanto, não hesita em entrar também na epistemologia subjacente, a cuja decifração se dedicam não apenas os mais autorizados, como os teólogos, mas também os historiadores da religião, filósofos, antropólogos, psicólogos, psicanalistas (Jung e James ensinam).

De fato, à ontologia de uma presença transcendente divina se associa uma variegada subjetividade. Nessa linha, se colocam em contraponto a teologia e a experiência, o teórico e a experiência, a união com Deus e o ascetismo, as estruturas comuns e as coordenadas culturais, religiosas e geográficas diferentes. Reportando-se ao ensaio Mystics de William Harmless, publicado em 2007 pela Oxford University Press, Zambon considera "como sugestão mais realista aquela de considerar a mística, de maneira mais simples e modesta, como um macroconceito" sob cujo manto frequentemente se agrupam uma miríade de significados e componentes (por analogia basta pensar nos conceitos de "Deus", "rito", "Escritura", "profecia" e assim por diante).

Ele penetra com perspicácia também naquele âmbito aparentemente contraditório ao qual acenamos acima, isto é, na linguagem e na língua mística. Aliás, não hesita em decifrar as características da própria poesia mística como uma passagem para o inefável e aplica à questão uma surpreendente análise conduzida por María Zambrano em Poesia e filosofia (1939). De fato, essa pensadora extraordinária invadia o território da mística citando o Cântico espiritual de João da Cruz e espreitava a noite do inexpressável, tópos clássico da mística, agarrando-se a um dos “delírios” da Estação no inferno de Rimbaud: “Escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível, fixava vertigens”.

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